Capítulo 35

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Olá meus amores, desculpe a demora mas acabei ficando meio adoentada e meu trabalho foi pesado essa semana. Esse capitulo tem: música, imagens, todas as histórias contadas são sim reais, os mantras também são reais então está tudo tradicional, romântico, picante e com uma leve ação e mistério. Boa leitura, comente o que acharam. Amo vocês.

Eu não fazia ideia que organizar um casamento dava tanto trabalho e pelo fato de Ella não ser hinduísta isso fazia com que todos os detalhes da celebração fossem ainda mais minuciosos nos detalhes. O casamento será realizado no enorme templo regente a família Sundrani e estávamos no salão principal terminando de organizar os pequenos detalhes para a festa, a banda já se fazia presente desde então para alegrar o ambiente. Tínhamos dado a sorte de ser tudo na época ao senhor Rama e isso facilitava muita coisa.

— A celebração do seu casamento será realizada pela noite, já que Ravi é o filho mais novo e é próximo a celebração do Deus Rama o seu regente protetor. — Eu digo a Ella.

— Eu nem sei quem é Rama direito, Ami. É tanta coisa para processar — Ela diz um pouco frustrada.

— Are, acalme-se minha amiga você se acostumará com o tempo. — Eu a tento acalmar. — Rama, no hinduísmo, é considerado um dos avatares do deus Vishnu. A vida e a jornada de Rama são baseadas na aderência perfeita ao dharma. Pela honra do seu pai, Rama abandona a sua pretensão ao trono de Kosala para ficar em exílio por catorze anos na floresta. É o símbolo do grande homem, o perfeito filho, o perfeito marido, irmão, amigo e governante. Sua saga está descrita na epopeia literário-religiosa do Ramáiana, onde é relatado com detalhes seu casamento com Sita, e sua luta contra o demônio Ravana, o mais terrível demônio do mundo. Recebeu ajuda de Hanuman nesta empreitada. Are, você está sendo abençoada Ella, se casando próximo a festa do Deus Rama e da Deusa Sita.

— Uma vez Ravi me contou que a história de Rama e Sita e eu a achei incrível.

— Atchá eu também. — Lhe digo. — Rama e Sita um amor mais forte que a vida. Conta a história que o Rei dos Reis, Indra, certo dia, perdeu seus poderes e envelheceu. Para resolver o problema foi até Vishnu para se aconselhar. Vishnu disse então que deveriam agitar o poderoso oceano de leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a força. Como era uma tarefa difícil, na tentativa de mover a montanha mandara, para agitar o oceano, acabaram por acordar os demônios (Asuras), que quiseram também tomar o elixir. Com a ajuda dos Asuras conseguiram realizar a façanha. Mas todos se feriram muito, e receberam então preciosos 14 presentes para a humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir trazendo o elixir. Estava sentada sobre um lótus e era extremamente bela, encantando a todos. E Lakshmi escolheu Vishnu para ser seu consorte. Quando Vishnu atravessou suas reencarnações, Lakshmi reencarnou com ele. Quando Vishnu se tornou Rama, Lakshmi se tornou Sita. Rama é o herói mais importante da mitologia hindu. A história da busca de sua esposa Sita, que foi raptada pelo demônio Ravana, e conta-se por toda a Índia.

— Parece Romeu e Julieta. —Ela comenta e eu rio.

— Talvez seja nosso Romeu e Julieta hinduísta. — Eu brinco. — Há alguns detalhes a serem esclarecidos. — Ela me olha atentamente. — Você terá que usar sáris a partir de agora. Toda vez que um homem se aproximar você deverá esconder parte do seu rosto atrás do véu.

— Mas porque isso?

— Are baguandi... Você pertence a seu marido, somente ele deverá ser honrado admirar seu rosto. — Eu explico. — Você nunca deverá chamar o Ravi pelo nome na frente de outras pessoas, somente quando vocês estivem em um lugar particular. Você não poderá tomar suas decisões antes de consultar seu marido e pedir a ele permissão. O casamento é algo tão sagrado que vai além da vida Ella.

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