Capítulo 72

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Apenas existe dor. Minha cabeça, meu peito... muita dor. Minhas costas... Meus braços... Dói... Dores e palavras sussurradas na escuridão.

Onde eu estou?

Embora eu tente, eu não posso abrir os meus olhos. As palavras sussurradas tornam-se mais claras. . . uma luz na escuridão.

— Suas costelas estão machucadas, Sr. Sundrani, e ela teve uma fratura no crânio, mas seus sinais vitais estão estáveis e fortes.

— Are... Por que ela ainda está inconsciente?

— A Sra. Sundrani teve uma contusão séria na cabeça. Mas sua atividade cerebral está normal, e ela não tem inchaço cerebral. Ela vai acordar quando estiver pronta. Basta lhe dar algum tempo.

— E o bebê? — As palavras estão angustiadas, sem fôlego.

— Está ótimo, Sr. Sundrani.

— Atchá! Graças aos Deuses. — As palavras são uma ladainha. . . uma oração.

Oh Krishna. O meu bebê . . .o pequeno Blip. Claro. Meu pequeno Blip.

Tento em vão mover minha mão para minha barriga. Nada se move, nada responde.

— E o bebê? . . . Atchá! graças aos Deuses.

O pequeno Blip está a salvo.

— E o bebê? . . . Atchá! graças aos Deuses.

Está tudo bem com o bebê.

Oh, graças aos Deuses.

Eu relaxo, e inconsciência me chama mais uma vez, me afastando da dor.

****

Tudo é pesado e dolorido: membros, cabeça, pálpebras, nada se move. Meus olhos e boca estão fechados com determinação, indispostos a abrir, deixando-me cega, muda e dolorida. Quando emerjo da neblina, meu consciente está instável, uma sirene sedutora toca ao longe. Sons tornam-se vozes.

— Nahim! Eu não vou deixá-la.

Dastan! Ele está aqui. . . Quero despertar. Sua voz é um sussurro tenso e angustiado.

— Dastan, você deveria dormir.

— Nahim baldi. Eu quero estar aqui quando ela acordar.

— Eu vou ficar aqui com ela. É o mínimo que posso fazer depois que ela salvou a minha neta.

Aysha!

— Como está a pequena Lakshmi?

— Esteve assustada, mas se acalmou assim que encontrou Ella. — Dastan diz.

— Baguan Kelie... me dói tanto vê-la deitada nessa cama... — Shankar lamenta.

— Todos nós pensamos que Eccles estava fora do jogo. E a minha louca, e estúpida esposa... Por que ela não me contou? — A voz de Dastan está cheia de angústia.

— Are Dastan, acalme-se. Amish é uma mulher cheia de vida. Ela foi incrivelmente valente.

— Valente, obstinada, teimosa e estúpida. — Sua voz se desequilibra.

— Are, nahim... — Shankar murmura. — Não seja tão duro com ela, ou contigo, filho. . . É melhor você voltar com sua mamadi. E depois... já são três da manhã, Dastan... Você realmente deve tentar dormir.

A névoa me toma novamente.

****

A neblina se vai, mas não tenho noção do tempo.

— Oh minha Ami... Minha Lakshmi. Quando ela deve acordar Dastan?

— Os médicos falara que a qualquer momento, sogr.

Papa! Ele está aqui. Eu luto contra a neblina. . . lutar. . . Mas eu sou levada por ela, novamente. E novamente apago. Não. . .

****

— Sr. Detetive, como você pode ver, minha esposa não está em condições de responder qualquer pergunta sua.

Dastan está com raiva.

— Ela é uma jovem obstinada, Sr. Sundrani.

— Eu mesmo deveria ter acabado com aquele filho da puta. Eu não consigo acreditar que. . .

A névoa me envolve mais uma vez, e ela está me puxando. Nahim, não!

****

Eu ouço vozes confusas.

— Are querido, você sempre pensa o pior de todos, inclusive de você. Sempre foi assim. Amish o ama muito, e é óbvio que você a ama.

— Atchá! Eu pensei sobre isso, e ela me demonstrou o quanto me amava, diversas vezes... Ao ponto de colocar sua própria vida em perigo.

— Tike, ela ama, querido.

— Are, mamadi, por que ela não acorda? — Sua voz treme. — Eu quase a perdi de novo.

Dastan! Está com a voz abafada... Com soluços. Não... Oh... a escuridão me envolve novamente.

****

Hmm. Sua barba suavemente raspa a palma da minha mão enquanto ele aperta meus dedos.

— Oh, bebê, por favor, volte para mim. Só acorde, eu sinto sua falta. Eu te amo. . .

Eu tento. Eu tento. Eu quero vê-lo. Mas meu corpo me desobedece, e durmo mais uma vez. 

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