Capítulo 4

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A semana passou voando com os preparativos do casamento de Komal. A casa toda estava em alegria. A ornamentação estava impecável, assim como eu. Fitei o sari verde com busto dourado legitimo, usava brincos e colares de esmeralda diante do espelho. Realmente estava bom.

Eu não deixei de pensar em Dastan na última semana. Estas sensações que ele me causara, ainda estavam bem presentes na minha mente. A lembrança daquele cheiro inebriante e dos olhos negros sedutores pareciam ter se alojado em algum lugar da minha memória e recusavam-se a sair de lá. Às vezes até me visitavam durante o sono, o que me deixava profundamente irritada. Eu não devia me lembrar dele. Na certa, ele também já não se lembrava de mim.

Eu sabia que devia estar dando graças aos Deuses por isso, mas uma parte de mim, uma pequena parte desajuizada, desejava ardentemente revê-lo.

Assim que desci as escadas Komal estava lindo com seu traje de noivo. Fomos para fora de casa, Komal tinha que se encontrar com a noiva. Cavalos, Bandas, elefantes, dançarinos e os demais da família estava organizado para irmos ao local da celebração. A música alegrava a todos onde passávamos, alguns paparazzis estavam presentes, obviamente logo deve está aparecendo em todos os jornais e revistas.

Geralmente, o noivo chega montado em um cavalo branco e com um turbante na cabeça. Em alguns casos ele também porta uma espada e pode ser desafiado por algum familiar da noiva para uma luta. E assim estava Komal. Isso tudo para ver se o noivo está apto a defender a honra de sua noiva.

Nossa família foi anunciada assim que chegamos na casa da noiva, onde a cerimônia seria realizada. Os pais da noiva lavaram os pés de Komal antes da cerimônia enquanto os convidados dão boas-vindas ao casal. Os noivos ficam separados por uma cortina de seda durante a cerimônia, pois não podem se olhar. Só após falarem alguns mantras e a cortina que é chamada de Antarpat é retirada. Nossas famílias trocaram os presentes entre si e depois disso se deu início a toda celebração.

Juramentos foram feitos e tradições foram realizadas, tudo de acordo com o costume. Ao fim da celebração foi dada o início da grande festa. Como irmão do noivo dei início a dança. Estava tudo muito harmonioso e dançar me fazia sentir bem. Ao som de Master Kalandar, eu me sentia livre dançando em meio a todos, saldando os noivos e convidados. Assim que tinha terminado a minha apresentação fui abençoar os noivos e depois segui para a ala do banquete onde dava uma visão mais ampla do salão de festas.

— Champanhe, senhorita? — Uma mocinha morena de uniforme preto e sorriso simpático me ofereceu uma taça.

Sorri de volta para ela antes de aceitar sua oferta.

— Está fazendo um ótimo trabalho... — Procurei ler o pequeno crachá em sua blusa. — Durga. Chukriá.

A garota que devia ter aproximadamente uns vinte e dois anos, como eu, ficou surpresa com o meu elogio, mas depois sorriu.

— Atchá! A senhorita é muito gentil. — Ela retribuiu a minha simpatia e então saiu, deixando-me sozinha mais uma vez.

Então passei a estudar atentamente a arquitetura do salão, enquanto o comparava mentalmente com outras obras clássicas. Tudo havia sido muito bem projetado, concluí. Quem teria sido o arquiteto?

A decoração era impecável e o lustre de cristal foi o primeiro a atrair a minha atenção. Logo depois detive meus olhos nas mesas ornamentadas por vasos também de cristal com rosas das mais diversas cores. Sobre elas estavam também finas iguarias que eu nunca tinha visto. Foi então que escutei o som da risada de alguém e me virei automaticamente.

Observei então um grupo de pessoas, a certa distância de mim, proximo aos noivos, rindo todos ao mesmo tempo enquanto Komal fazia gestos com a mão, provavelmente contando uma piada.

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