Caminhos Do Amor

Capítulo 73

Eu tenho uma necessidade urgente de fazer xixi. Abro os olhos. Eu estou num ambiente limpo e esterilizado. Parece um quarto de hospital. É escuro, exceto por uma luz lateral. Tudo está silencioso. Minha cabeça e meu peito doem, mas mais do que isso, minha bexiga está estourando.

Preciso fazer xixi. Eu tento mexer meus membros. Olho meu braço direito, e percebo que uma intravenosa esta ligada no interior de meu cotovelo. Fecho os olhos rapidamente. Virando a cabeça, eu estou satisfeita que ele responde a minha vontade, eu abro meus olhos de novo.

Dastan está dormindo, sentado junto a mim, inclinado para minha cama com os braços cruzados. Eu me estico, grata mais uma vez que meu corpo responde, e eu corro meus dedos por seu cabelo macio.

Ele desperta com um pulo, minha mão cai debilmente sobre a cama.

— Oi. — Eu sussurro.

— Oh, Ami. — Sua voz esta sufocada e aliviada.

Ele agarra minha mão e aperta, firmemente e segura contra sua bochecha, tocando sua barba áspera.

— Eu preciso ir ao banheiro. — Eu sussurro.

Ele me encara por um momento.

— Tike.

Eu me esforço para sentar.

— Are Ami fique quieta. Vou chamar uma enfermeira.

Rapidamente ele fica em pé, alarmado. Indo para a porta.

— Por favor. — Eu sussurro. Por que sinto dor em todos os lugares? — Eu preciso me levantar.

Por Krishna, me sinto tão fraca.

— Você vai fazer o que eu disse pelo menos uma vez? — Ele diz exasperado.

— Eu realmente preciso fazer xixi. — Eu gemo.

Minha garganta e boca estão tão secas.

Uma enfermeira corre para dentro do quarto. Ela deve estar na casa dos cinquenta, mas seu cabelo é pintado de preto. Ela usa brincos de pérolas grandes.

— Sra. Sundrani, namastê, seja bem vinda. Vou chamar a Dra. Bartley para examinar você. Ela está acordada. — Ela vai a minha cama. — Meu nome é Noraint. Você sabe onde você está?

— Tike he, sim. Hospital. Preciso fazer xixi.

— Você tem um cateter.

O quê? Oh, isso é asqueroso. Olho ansiosamente para Dastan, então de volta para a enfermeira.

— Por favor. Eu quero me levantar.

— Sra. Sundrani.

— Por favor.

— Ami...— Alerta Dastan.

Eu me esforço para sentar-me mais uma vez.

— Atchá! Deixe-me tirar o cateter. Sr. Sundrani tenho a certeza que Sra. Sundrani gostaria de alguma privacidade. — Ela olha deliberadamente para Dastan, expulsando-o.

— Nahim... Eu não vou a lugar nenhum. — Ele olha para ela.

— Marido, por favor. — Eu sussurro, estendendo-me e agarrando sua mão. Brevemente ele aperta a minha, então me dá um olhar exasperado. — Por favor. — Eu imploro.

— Tike, tudo bem. — Ele concorda e passa a mão pelo cabelo. — Você tem dois minutos. — Ele sibila para a enfermeira, e ele se inclina e beija minha testa antes de virar nos calcanhares e sair do quarto.