Capítulo 7

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Tudo está em silêncio, as luzes estão apagadas. Estou muito cômoda e aquecida nesta cama. Que bom... Abro meus olhos, por um momento estou tranquila e serena, desfrutando do ambiente, que não conheço. Não tenho nenhuma ideia de onde estou. O travesseiro da cama tem a forma de um sol enorme. Parece-me estranhamente familiar. O quarto é grande e está luxuosamente decorado em tons marrons, dourados e bege.

Pouco a pouco, as imagens fragmentadas da noite começam a me torturar. A bebedeira.

— OH, não, a bebedeira.

A ligação.

— OH, não, a ligação, meu vômito. — OH, não, eu vomitei...

Morro de vergonha. Não recordo como cheguei aqui. Estou vestindo uma camisola de seda e calcinha.

Observo uma mesinha do quarto. Há um copo de suco de laranja e dois comprimidos. Ibuprofeno. Levanto-me da cama e tomo os comprimidos. A verdade é que não me sinto tão mal, certamente estou muito melhor do que mereço. O suco de laranja está delicioso. Tira-me a sede e me refresca.

Ouço uns golpes na porta. Meu coração bate tão forte e minha voz quase não sai por minha boca, mas mesmo assim, Dastan abre a porta e entra.

Ele está impecavel, trajando seu terno preto, cabelo recém lavados. Seu perfume delicioso exala pelo quarto. Eu respiro profundamente e fecho os olhos. Sinto- me como uma menina de dois anos.

— Namastê. Bom dia, Amish. Como se sente?

— Melhor do que mereço — Eu murmuro.

Levanto o olhar para ele. Ele larga uma bolsa grande, de uma loja de roupas, em um divã. Seus impenetráveis olhos negros me olham fixamente. Não tenho nem ideia do que está pensando, como sempre. Ele sabe esconder o que pensa e o que sente.

— Como cheguei até aqui? — Pergunto-lhe em voz baixa, constrangida.

Ele senta-se num lado da cama. Está tão perto de mim que poderia tocá-lo, poderia cheirá-lo. Minha nossa... Seu cheiro é um coquetel embriagador, muito melhor que as margaritas, agora sei por experiência.

— Depois que você desmaiou não quis pôr em perigo o tapete de pele de meu carro te levando para a sua casa, assim te trouxe para este local. — Respondeu-me sem se alterar.

— Você me colocou na cama?

— Tike he, sim. — Ele respondeu-me impassível.

— Voltei a vomitar? — pergunto-lhe em voz mais baixa.

— Nahim, não.

— Tirou-me a roupa? — Eu sussurro com a boca seca, de vergonha, mas não posso terminar a frase. Eu olho para as minhas mãos.

— Are Baguandi! Nahim, não. Você estava inconsciente Amish, seria um erro se eu fizesse isso. Pedi para que uma camareira a ajudasse. — Ele me responde.

— Sinto muito.

Seus lábios esboçam um sorriso zombador.

— Foi uma noite muito divertida. Demorarei para esquecê-la.

Eu também...

OH, ele estava rindo de mim, e muito... Eu não lhe pedi que viesse me buscar. Não entendo por que tenho que acabar me sentindo como a vilã do filme.

— Jantou ontem?

Seu tom é acusador. Nego com a cabeça. Que grande pecado cometi agora? Ele tem a mandíbula tensa, mas seu rosto segue impassível.

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