Capítulo 23

490 33 8
                                    


Quando eu acordo, o sol está brilhando. Dastan não está à vista. Eu me estico e sorrio. Levanto e vou para o banheiro. Abrindo a porta, encontro Dastan dentro se barbeando, nu, exceto por uma toalha enrolada na cintura. Ele se vira e sorri, não se perturbando por eu estar interrompendo-o. Eu descobri que ele nunca tranca a porta se ele for a única pessoa no local; não tenho a menor ideia do porquê ele faz isso e nem quero saber.

— Bom dia, senhora Sundrani. — Ele diz, irradiando seu bom humor.

— Bom dia mesmo. — Eu sorrio de volta, enquanto o vejo se barbear.

Amo vê-lo se barbeando. Levanta o queixo e corta por baixo, com passagens rápidas e deliberadas. Sem perceber começo a imitar seus movimentos. Puxando meu lábio superior para baixo, assim como ele faz, para raspar o bigode. Ele se vira e sorri para mim, metade de seu rosto ainda está coberto de creme barbear.

— Aproveitando o show? — Ele pergunta.

Oh, Dastan, eu poderia olhar para você por horas.

— É um dos meus favoritos de todos os tempos. — Murmuro, e ele se inclina e beija-me depressa, o seu creme de barbear, suja o meu rosto.

— Sente-se. — Eu murmuro.

Ele me encara, sem entender. Empurro-o suavemente em direção ao solitário banquinho branco no banheiro. Perplexo, ele se senta, e eu tomo a navalha dele.

— Ami. — Adverte ele, quando percebe a minha intenção. Eu me inclino para baixo e beijo-o.

— Cabeça para trás. — Eu sussurro.

Ele hesita. Ele me olha com descrença, cauteloso e divertido.

— Você sabe que você está fazendo? — Ele pergunta, em voz baixa.

Sacudo a cabeça lentamente, deliberadamente, tentando parecer tão séria quanto possível. Ele fecha os olhos e balança a cabeça, em seguida, inclina a cabeça para trás, em sinal de rendição. Atchá, ele vai me deixar fazer a barba dele. Timidamente eu deslizo minha mão no cabelo úmido em sua testa, segurando firmemente. Ele fecha os olhos e aperta seus lábios, enquanto ele inala. Muito delicadamente, eu passo a navalha no seu rosto, começando pelo seu pescoço para o queixo, revelando um caminho de pele abaixo da espuma. Dastan exala.

— Você achou que eu ia te machucar?

— Eu nunca sei o que você vai fazer, Ami, mas nahim, não intencionalmente.

Eu corro a navalha no seu pescoço de novo, abrindo um caminho mais amplo na espuma.

— Nunca iria machucá-lo intencionalmente, Dastan.

Ele abre os olhos e os braços fecham em volta de mim, enquanto eu gentilmente arrasto a navalha pelo seu rosto, do fundo até a sua costeleta.

— Atchá eu sei. — Ele diz, inclinando o rosto para que eu possa raspar o resto de sua bochecha. Duas passadas mais e eu terminei.

— Tudo feito, e nem uma gota de sangue derramado. — Sorrio orgulhosamente.

Ele passa a mão pela minha perna, sob a minha camisola, para a minha coxa e me puxa para o seu colo, para que eu monte nele. Eu me firmo com as mãos em seus braços. Ele é realmente muito musculoso.

— O que eu sinto por você me assusta. — Eu sussurro.

Ele me tranquiliza.

— Eu também, querida. — Ele diz suavemente.

— E se você me deixar? — O pensamento é horrível.

— Eu não vou a lugar nenhum. Eu não acho que poderia superar a sua perda, Amish.

Caminhos Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora