Capítulo 13

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VOCÊS QUEREM ROMANCE OU SAFADEZA???

Já era noite quando a festa se esvaziou.

— Está esfriando. É melhor entrarmos. — Dastan estende-me a mão.

Eu encaro seus olhos negros e firmo a minha mão sobre a sua. Em poucos momentos estávamos em um vestíbulo totalmente branco. No meio havia uma mesa redonda de madeira escura com um enorme buquê de flores brancas. As paredes estavam cheias de quadros.

Abriu uma porta dupla, e o branco se prolongou por um amplo corredor que nos levou até a entrada de uma sala palaciana. É o salão principal, de teto muito alto. Qualificá-lo de "enorme" seria pouco. A parede do fundo era de cristal e dava em uma sacada com uma magnífica vista da cidade. À direita havia um imponente sofá em forma de "U" que permitiam sentar-se comodamente dez pessoas. Frente a ele, uma lareira ultramoderna de aço inoxidável... ou, possivelmente, de platina. O fogo aceso iluminava brandamente. À esquerda, junto à entrada, estava a área da cozinha. Toda branca, com as bancadas de madeira escura e um bar em que podiam sentar-se seis pessoas.

Junto à área da cozinha, em frente à parede de cristal, havia uma mesa de jantar rodeada de dezesseis cadeiras. E no fundo havia uma enorme prateleira com alguns instrumentos. Claro... certamente também tocava.

— Devo lhe oferecer um passeio pela casa?

— Tike he. Por favor. — Falei em voz baixa e entrecortada. Meu coração batia muito depressa.

Ele me dá um passeio pelo apartamento, mostrando-me as várias salas. Ele explica-me que tanto Cipriano, quanto a Sra. Suna sua governanta tem uma ala para si, uma cozinha, sala espaçosa e um quarto cada.

No térreo, a sala que me chama a atenção é o oposto da de seu estudo, uma sala de televisão com uma tela de plasma e também de grandes e variados consoles de jogos. É aconchegante.

Eu o sigo para fora da sala de televisão através da grande sala para o corredor principal após a despensa e uma impressionante adega e do próprio grande escritório bem equipado. Cipriano está lá quando entramos. Há espaço aqui para uma mesa de reuniões que acomoda até seis pessoas. Acima de uma mesa tem um banco de monitores. Eu não tinha ideia que o apartamento tinha CCTV. Parece acompanhar a varanda, escada, elevador de serviço e hall de entrada.

— Oi, Cipriano. Eu estou apenas dando um passeio com Amish.

Cipriano acena, mas não sorri. Quando eu sorri para ele, ele acena com a cabeça educadamente. Dastan agarra a minha mão mais uma vez e leva-me à uma grande sala. Esta é preenchida com livros. Uau, uma biblioteca, cada parede repleta do chão ao teto. No centro, está uma grande mesa de bilhar, iluminada por uma luminária longa da Tiffany, em forma de prisma.

— Você tem uma biblioteca. — Eu chio com reverência, sobrecarregada com emoção.

— Tike he, e posso fazer dela seu escritório se quiser.

Sorrio para ele.

— Chukriá. Eu adoraria.

Deixei que me levasse de volta para o corredor. Subimos ao andar de cima e viramos à direita. Passamos junto a várias portas até chegarmos à última. Do outro lado havia um dormitório com uma cama de casal. Tudo era branco... tudo: os móveis, as paredes, a roupa de cama.

Era limpa e fria, mas como uma vista preciosa de Mombai desde a janela de cristal.

— Este será seu quarto. Pode decorá-lo a seu gosto e ter aqui o que quiser.

— Meu quarto? — Pergunto sem poder dissimular meu tom horrorizado.

— Estou falando que não vou obrigá-la a nada, Amish.

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