Capítulo 22

466 38 6
                                    

Chego em casa e tudo está em silêncio. Ando até o estúdio de Dastan e não me preocupo em bater, e entro em seu estúdio. Dastan está sentado à sua mesa e falando ao telefone. Ele olha para cima com surpresa e feições aborrecidas, mas a irritação no rosto desaparece quando ele vê que sou eu.

— Então você não pode melhorá-lo ainda mais? — Ele diz, continuando sua conversa no telefone, embora ele não tirasse os olhos de mim.

Sem hesitar, eu ando em torno de sua mesa, e ele se transforma na cadeira, de frente para mim, franzindo a testa. Eu posso dizer que ele está pensando "o que ela quer?" Quando eu me arrasto para o seu colo, as sobrancelhas dele sobem com a surpresa. Coloco os braços em volta do seu pescoço e o abraço. Cautelosamente, ele coloca o braço em volta de mim.

— Hum... Tike, Horan. Pode esperar um momento? — Ele cobre o telefone em seu ombro. — Ami, o que há de errado?

Sacudo a cabeça. Derrubo meu queixo para cima, ele olha nos meus olhos. Eu puxo minha cabeça livre de seu abraço, coloco-a sob o seu queixo, e enrosco-me em seu colo. Confuso, ele envolve seu braço livre mas firmemente em torno de mim e beija o topo da minha cabeça.

— Me avisa se casou souber de alguma novidade Horan. Chuckriá. — Dastan desliga.

— Qual é o problema dessa vez? — Pergunto.

— O relatório que veio de Darfur sobre os seus envios de navios com carga alimentícia não é bom. Eles não podem garantir a segurança do embarque ou da manutenção da tripulação, e o Departamento de Estado não está disposto a aprovar a ajuda sem o apoio da ONG.

— Nahim não quero que qualquer tripulação seja posta em risco. — O aviso.

Havia tempos que minha tentativa de mandar alimentos ao Sudão estava dando erro. Havia pessoas que necessitam urgentemente dessa carga, e eu tenho que fazer algo por eles.

— Poderíamos tentar e contratar mercenários. — Diz ele.

— Nahim, cancele.

— Mas o custo... — Ele protesta.

— Bem, nós vamos lançá-los de paraquedas então.

— Imaginei que você diria isso, Ami. Tenho um plano em andamento. Isso será caro. Nesse meio tempo, os containers podem ir de Rotterdam e podemos pegá-los lá. Tike... É isso aí.

— Tike he...Bom.

— Atchá Sra. Sundrani, parece que você não é apenas uma figura decorativa, mas é útil e com um coração enorme, também. — Os olhos de Dastan se iluminam com diversão perversa. Eu sei que ele está provocando.

— Decorativa? — Eu zombo, provocando-o de volta.

— Atchá muito. — Ele diz calmamente, pressionando um beijo suave e doce nos meus lábios.

— Você é muito mais decorativo do que eu, Sr. Sundrani.

Ele sorri e me beija com mais força, enrolando minha longa trança em seu pulso e envolvendo os braços em volta de mim. Quando me afasto para respirar, meu coração está acelerado.

— Com fome? — Ele pergunta.

— Nahim, não.

— Eu estou.

— De quê?

— Bem, na verdade, estou com fome de comida, Sra. Sundrani.

— Eu vou fazer alguma coisa. — Eu rio.

— Eu amo esse som.

— De minhas palavras?

— De seu riso. — Ele beija o meu cabelo, então eu levanto.

Caminhos Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora