Capítulo 9

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Ouvia gritos de risadas vindo do lado de fora da janela. Hoje é o Holi Day um festival realizado, que comemora a chegada da Primavera. Neste dia, as pessoas atiram tintas das mais diversas umas às outras, com muita, e música.

— Vou buscar mais pó de zim, me aguarde aqui. — Gritei para Ella e corri até a venda mais próxima.

Eu estava feliz, eufórica com toda a energia que esse dia transmite. Meu interior estava em festa e meu exterior fazia questão de demonstrar isso.

— Não demore. — Ela gritou de volta.

Corri até a venda mais próxima e me abasteci de diversas cores do pó de zim.

— Feliz Holi.

E então um corpo se aproximou tentando tocar meus pés. Olhei para baixo e lá estava Dastan todo colorido sorrindo, até mesmo nessa situação ele consegue permanecer bonito.

Eu revirei os olhos rindo da maneira que ele me saldou e dei uma leve pisada em sua mão, ele se levantou e ficou me olhando ainda rindo. Apenas retribui sorriso e sai correndo o deixando para trás.

Fui bombardeada algumas vezes por cores aleatórias o que me fez rir, olhei para trás algumas vezes e não consegui mais enxergar Dastan. Decido-me voltar a me encontrar com Ella.

— Are... Fugindo de alguém? — A voz grave soou ao meu ouvido e eu dei um pequeno pulo de susto.

Virei-me rapidamente para me deparar com Dastan Sundrani. Ele tinha um sorriso malicioso nos lábios. Olhei para sua mão e lá estava ele segurando o pó de tinta vermelha.

— Nahim... Você não ousaria. — Eu o desafiei.

— E por que não? — Seus olhos negros brilhavam provocantes.

Eu encarei sua mão mais uma vez, graças a meus reflexos eu conseguir me desviar do seu ataque.

— Ops, parece eu alguém errou. — Eu o provoco.

— Nahim, não tive sorte.

Eu o analisei por um tempo e como uma criança boba, saquei mais um pouco da minha tinta e a despejei na palma da mão. Dastan olhou desconfiado se preparando para o ataque.

Eu apenas peguei uma pequena quantidade entre os dedos livres e passei um pouco do pó pelo canto do meu rosto. Ele alivou a tensão dos seus olhos e sorriu divertido. Pegou um pouco da minha tinta e passou um pouco acima da sua cabeça marcando sua testa.

Eu o encaro perplexa. Ele usou a simbologia da marca do matrimonio.

O que será que ele quis dizer com isso? Meu subconsciente grita em alerta.

Tomada pela adrenalina eu o encarei e repeti seus gestos. Dastan me olha surpreso tentando compreender com o que eu acabei de fazer. Fiquei subitamente presa no olhar do estranho, sem conseguir esboçar qualquer reação. Até que para minha surpresa, ele passa as pontas dos dedos sobre sua boca.

Então era isso. Toda essa simbologia era um jogo. Eu mordo meu lábio. Dastan sorri para mim, os olhos brilhando maliciosamente. Aproximei-me a ponto de senti sua respiração fresca e ofegante, sou revestida por uma coragem e ousadia quando o agarro pelas correntes em seu pescoço e selo nossos lábios.

Luto para me controlar e me afasto repentinamente. Nossas respirações estão irregulares e misturadas. Seus olhos se abrem bastante com admiração e luxúria. É uma mistura inebriante.

Com um sorriso satisfatório nos lábios eu o deixo para trás, e me despeço com uma simples piscadela.

O som de Lahu Munh Lag Gaya começou a ecoar, me virei para o lado e vi os dançarinos a posto. Corri a para a roda e me juntei a eles saltitando para começar a coreografia.

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