É início da noite, quando Dastan, une as mãos ainda nas minhas, nos conduz para o carro. À medida que nos aproximamos de casa, ele começa a irradiar tensão até que se torna palpável. Enquanto dirige, ele observa as calçadas e vielas laterais, os olhos correndo por toda parte, e sei que ele está procurando por Jade. Eu começo a procurar, também. Cada jovem morena é uma suspeita, mas não a vejo.
Quando ele vai para a garagem, sua boca se converte em uma linha tensa e triste. Eu me pergunto por que nós viemos para cá, se ele está tão desconfiado e nervoso. Payne está na garagem, patrulhando. O Audi sujo se foi. Ele chega a abrir a minha porta quando Dastan pula ao lado do SUV.
— Namastê Payne. — Murmuro minha saudação.
— Namastê Sra. Sundrani. — Ele acena com a cabeça. — Sr. Sundrani.
— Nenhum sinal? — Dastan pergunta.
— Nahim, senhor.
Dastan agarra a minha mão, e andamos até o hal de entrada. Eu sei que seu cérebro está trabalhando, ele está distraído. Uma vez que estamos lá dentro, se vira para mim.
— Você não tem permissão para sair daqui sozinha. Você entende? — Ele diz.
— Tike he. — Continuo a manter a calma. Mas sua atitude me faz sorrir.
Eu quero abraçá-lo agora. Este homem, todo dominador e curto comigo. Este é o seu mecanismo de defesa. Ele está estressado com Jade, ele me ama, e ele quer me proteger.
— Are, o que há de tão engraçado? — Ele murmura, uma pitada de diversão em sua expressão.
— Você.
— Eu? Por que eu sou engraçado? — Ele faz beicinho.
Ele fazendo beicinho é.. . quente.
— Nahim não faz isso.
— Por quê? — Ele está ainda mais divertido.
— Porque ele tem o mesmo efeito em mim que eu tenho em você quando eu faço isso. — Eu mordo meu lábio deliberadamente.
Ele levanta as sobrancelhas, surpreso e contente ao mesmo tempo.
— Sério? — Ele faz careta novamente e se inclina para me dar um beijo rápido e casto.
Eu levanto os meus lábios ao encontro do seu, e no nanosegundo que nossos lábios se tocam, a natureza do beijo muda, fogo se espalha pelas minhas veias a partir deste ponto de contato íntimo, dirigindo-me a ele. De repente, meus dedos estão enrolados em seu cabelo enquanto ele me agarra e empurra-me contra a parede, com as mãos emoldurando meu rosto, segurando-me os lábios, com as nossas línguas batendo uma na outra. E eu não sei se é o confinamento da entrada de casa fazendo tudo muito mais real, mas eu sinto a sua necessidade, sua ansiedade, sua paixão. Eu o quero, aqui, agora. Dastan arrasta o rosto do meu, seus quadris ainda prendendo-me à parede, sua ereção cavando em mim.
— Uau. — Ele murmura ofegante.
— Uau. — Eu me espelho nele, arrastando uma lufada de boas-vindas em meus pulmões.
Ele olha para mim, os olhos brilhando.
— O que você me faz, Ami. — Ele traça o meu lábio inferior com o polegar.
Pelo canto do olho, Cipriano passa para trás para que ele não fique mais na minha linha de visão. Eu chego e beijo Dastan no canto da boca bem esculpida.
— O que você me faz, marido.
Ele recua e leva minha mão, seus olhos escuros agora, com capuz.
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Caminhos Do Amor
RomanceQuando o amor acenar, siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes. Debulha-o até deixá-lo nu. Transforma-o, livrando-o de sua palha. Tritura-o,até torná-lo branco. Amassa-o, até deixá-lo macio; E, então,submete ao fogo para que se transfor...