Capítulo Quarenta e Seis.

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Em itálico são as palavras que ela fala enrolado ou errado.

Não precisa colocar o sal na borda assim. u.u

Boa leitura!

~•~

Minhas amadas férias chegaram e não poderiam ter vindo em pior momento. Agora não tenho com o que preencher a mente, me arrependo de ter trocado para esse mês.

Amanhã é dia 25 de dezembro, Natal. 

Hoje faz uma semana que Natsu estava pensando e a cada dia que passava, um pedaço da minha esperança quebrava e caía no chão. Por isso não gostava de "dar um tempo", só servia para criar expectativas. 

Se eu o vi? Sim, duas vezes, no dia seguinte ao pedido. Foi difícil não poder fazer nada e ganhar um simples cumprimento. Eu sinto falta dele, da sua voz, do seu toque e por causa disso, resolvi vir para a casa dos meus pais. Era difícil vê-lo e pensar que parecemos vizinhos comuns. Isso não queria dizer que deixei de esperar, comprei até uma bateria portátil só para garantir e nem no banheiro eu ia sem levar o aparelho. No final, não recebi ligação e nem visita.

— Lucy, larga esse celular. Se ele te ligar, você ouvirá o toque. – minha mãe disse bebendo café.

— Eu sei, mas e se não ouvir? Ele pode achar que não quero mais.

— Filha, você não é mais criança, sabe que se ele quiser, dará um jeito de falar contigo. 

— Nossa, pai, 'tá tentando me animar?

— Não, só quero que você distraia esses pensamentos.

— Eu sei, mas… Não, vocês estão certos. 

— Então, já sabe se fará alguma coisa nessas férias? Alguma festa, viagem…? – nós o encaramos. — O que foi?

— A sensibilidade mandou lembranças, Jude. – minha mãe. — Por que você não vem passar o natal na casa da sua tia? Seus primos vão, será animado e animação é o que você precisa agora.

Todos, menos eu, acreditam que ele não entra mais em contato.

— Não, eu vou passar com o pessoal do trabalho. Eles marcaram e eu aceitei.

— Ah, uma pena. Não passarei com meu bebê. – revirei os olhos e ela me abraçou forte.

Depois de arrumarmos o resto das coisas, meus pais saíram para a rodoviária e eu fiquei na casa deles. Quando deu 18 horas, resolvi voltar ao apartamento, se é para ficar sozinha, que seja no meu canto.

Sim, eu menti quando disse que passaria com os colegas. Só não estou no clima para festas, diversão e sei que também não serei uma boa companhia. 

Ao entrar no meu apartamento, tudo estava exatamente como eu decorei, mas de certa forma, as coisas pareciam diferentes. Faltava algo.

— Acho que vai ser o Natal mais triste que já passei. 

Andei até o banheiro e tomei um longo banho, bem demorado mesmo. Nem chorar eu consigo mais. Terminei, me sequei, vesti meu baby doll e sai do cômodo ouvindo minha barriga roncar.

Cheguei na cozinha, peguei um hambúrguer e fritei. Coloquei no pão com algumas outras coisas e fiz um x-tudo. Não é porque estou triste que vou passar fome.

Após o lanche, deitei na cama. Não queria assistir televisão, conversar ou ver alguém, só queria dormir. Aliás, eu queria sim ver alguém, mas essa pessoa não quer me ver. 

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora