Em itálico são as palavras que ela fala enrolado ou errado.Não precisa colocar o sal na borda assim. u.u
Boa leitura!
~•~
Minhas amadas férias chegaram e não poderiam ter vindo em pior momento. Agora não tenho com o que preencher a mente, me arrependo de ter trocado para esse mês.
Amanhã é dia 25 de dezembro, Natal.
Hoje faz uma semana que Natsu estava pensando e a cada dia que passava, um pedaço da minha esperança quebrava e caía no chão. Por isso não gostava de "dar um tempo", só servia para criar expectativas.
Se eu o vi? Sim, duas vezes, no dia seguinte ao pedido. Foi difícil não poder fazer nada e ganhar um simples cumprimento. Eu sinto falta dele, da sua voz, do seu toque e por causa disso, resolvi vir para a casa dos meus pais. Era difícil vê-lo e pensar que parecemos vizinhos comuns. Isso não queria dizer que deixei de esperar, comprei até uma bateria portátil só para garantir e nem no banheiro eu ia sem levar o aparelho. No final, não recebi ligação e nem visita.
— Lucy, larga esse celular. Se ele te ligar, você ouvirá o toque. – minha mãe disse bebendo café.
— Eu sei, mas e se não ouvir? Ele pode achar que não quero mais.
— Filha, você não é mais criança, sabe que se ele quiser, dará um jeito de falar contigo.
— Nossa, pai, 'tá tentando me animar?
— Não, só quero que você distraia esses pensamentos.
— Eu sei, mas… Não, vocês estão certos.
— Então, já sabe se fará alguma coisa nessas férias? Alguma festa, viagem…? – nós o encaramos. — O que foi?
— A sensibilidade mandou lembranças, Jude. – minha mãe. — Por que você não vem passar o natal na casa da sua tia? Seus primos vão, será animado e animação é o que você precisa agora.
Todos, menos eu, acreditam que ele não entra mais em contato.
— Não, eu vou passar com o pessoal do trabalho. Eles marcaram e eu aceitei.
— Ah, uma pena. Não passarei com meu bebê. – revirei os olhos e ela me abraçou forte.
Depois de arrumarmos o resto das coisas, meus pais saíram para a rodoviária e eu fiquei na casa deles. Quando deu 18 horas, resolvi voltar ao apartamento, se é para ficar sozinha, que seja no meu canto.
Sim, eu menti quando disse que passaria com os colegas. Só não estou no clima para festas, diversão e sei que também não serei uma boa companhia.
Ao entrar no meu apartamento, tudo estava exatamente como eu decorei, mas de certa forma, as coisas pareciam diferentes. Faltava algo.
— Acho que vai ser o Natal mais triste que já passei.
Andei até o banheiro e tomei um longo banho, bem demorado mesmo. Nem chorar eu consigo mais. Terminei, me sequei, vesti meu baby doll e sai do cômodo ouvindo minha barriga roncar.
Cheguei na cozinha, peguei um hambúrguer e fritei. Coloquei no pão com algumas outras coisas e fiz um x-tudo. Não é porque estou triste que vou passar fome.
Após o lanche, deitei na cama. Não queria assistir televisão, conversar ou ver alguém, só queria dormir. Aliás, eu queria sim ver alguém, mas essa pessoa não quer me ver.
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Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]
RomanceApós sofrer uma grande decepção, Lucy sentia-se perdida e decidiu fugir da atual realidade. Queria um recomeço e encontrou não só a si mesma, como também um belo bônus. [REESCREVENDO]