Enfermaria

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Morrer era sempre uma sensação ruim. Depois de pular da torre mais alta do castelo, conseguia entender melhor o estado de Tom quando o joguei da janela, eu me sentia acabado, tudo doía. Eu já havia acordado dolorido e agora... Bem, tinha a sensação que não conseguiria levantar da cama por alguns dias, mas eu estava feliz, mal podia acreditar que Tom havia feito o pedido e era uma pena que ele tivesse que ir embora. Tentei me virar na cama para ver quem havia aberto a porta e me deparei com uma correria, só consegui ver um uniforme da lufa-lufa a primeira vista, mas logo reconheci a pessoa que era trazida: Cedric. Meu amigo foi colocado duas camas ao lado e ele não parecia muito bem, pelo que entendi tinha quebrado duas costelas e o braço.

— Potter? Está acordado? Como está se sentindo? — Madame Pomfrey voou para meu lado assim que percebeu uma movimentação minha — Fique aqui, preciso informar o diretor imediatamente — Ela começou a correr para a porta, mas então olhou para Cedric — Você também, não se mexa até eu voltar!

— Tá... — O lufano acenou com a mão e olhou para mim — Você não parece muito bem, aconteceu alguma coisa, Harry?

— Hãn... Eu tomei muita poção do sono... Acordei agora a pouco — falei a verdade, não fazia sentido omitir isso — Acho que ficaram preocupados. O que aconteceu com você?

— Caí das escadas... É estranho, senti como se alguém tivesse me empurrado, mas não tinha ninguém lá, sabe? — Um estalo na minha cabeça me avisou que talvez aquilo fosse obra de um ex lorde muito ciumento — Minhas costas estão horríveis...

— As minhas também... — suspirei e desviei o olhar, além de me sentir cansado, também me sentia constrangido de ter que ficar com a mais nova vítima de Tom.

— Hãn... Harry? — olhei para Cedric e ele corou — Tem... Hãn... Você está com uns chupões no pescoço.

— Ah... — levei a mão imediatamente para o pescoço, havia me esquecido que provavelmente eu estava com algumas marquinhas depois da noite anterior — Obrigado por avisar, seria estranho se Madame Pomfrey perguntasse algo sobre isso — "Ou meu padrinho... Ou Dumbledore" completei mentalmente e dei um jeito de ficar em uma posição onde elas não apareciam tanto.

— De nada — Nesse momento, Dumbledore entrou no lugar, ele estava acompanhado da Madame Pomfrey, de Sirius – Que parecia estar bravo – e de Severus Snape que estava descabelado por algum motivo.

— Harry, você está bem? — Foi a primeira coisa que o meu padrinho perguntou e, em resposta, Snape resmungou alguma coisa, que foi rebatida imediatamente pelo Black — Se você falar mais alguma coisa...

— Você o que? Vai voltar para Azkaban? Se for o caso então me faça esse favor — olhei a cena abismado, o que estava acontecendo com aqueles dois?

— Severus... — Dumbledore chamou, mas antes que alguém pudesse falar algo, Sirius agarrou meu professor pelo colarinho.

— Vai pro inferno — Eu conhecia muito bem o meu padrinho e sabia o que estava por vir, mas, antes que Sirius pudesse bater em Snape, Madame Pomfrey separou os dois com um feitiço.

— De novo não! Minha enfermaria não é lugar de fazer essas coisas! Se querem se matar, façam isso lá fora — olhei assustado para Cedric, que me devolveu o olhar por um momento. A enfermeira olhou para mim e suspirou — Como está se sentindo? Se estiver com dores fale agora, assim posso começar a medicá-lo.

— Hãn... Estou bem, acho — falei intercalando o olhar entre meu padrinho e Snape, os dois pareciam prestes a explodir de raiva.

— Então talvez queira começar se explicar por ter roubado poção do sono e depois feito toda essa palhaçada — Meu professor de poções ralhou e eu me encolhi, mas consegui ouvir de longe Sirius inspirando profundamente ao mesmo tempo que cerrava o punho.

Crawling - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora