Êxtase

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"Sem saber porque, eu havia aparecido em um dos corredores de Hogwarts, minha visão parecia mais embaçada que o normal, mas logo me lembrei que provavelmente era porque eu estava sem óculos. Eu andei um pouco e vi a mesma poça do outro dia, quando eu e Tom havíamos nos beijado em baixo do visco. Dando mais uns passos, vi o Riddle no fim do corredor, andando apressado com alguns livros na mão, chamei por ele, que parou imediatamente e veio em minha direção com um sorrisinho nos lábios.

— Não achei que fosse querer me compensar tão cedo — Ele falou e eu me arrepiei dos pés a cabeça, mas sem entender muito bem o que eu estava fazendo, passei os braços ao redor do pescoço dele e o beijei.

Pareceu algo tão... Normal, apesar que por algum motivo eu não me sentia exatamente confortável com aquilo. De onde eu havia criado coragem para fazer aquilo de maneira tão espontânea? E por que Tom correspondeu de forma tão natural? Aquilo parecia estranho de alguma forma, mas não me impediu de continuar. Nós nos beijávamos com vontade, as mãos dele na minha cintura me apertavam contra ele e eu só sabia que queria mais daquilo. Quando fiz uma pausa para poder respirar, Tom começou a beijar meu pescoço e eu não pude evitar suspirar alto.

— Você parece um pouco aéreo, Harry, talvez tenham sido meus beijos que te deixaram sem chão — Ele falou provocante, corei e me afastei um pouco para poder olhar em seus olhos.

— Talvez... — disse continuando aquele joguinho, mas logo dei um jeito de não demonstrar tanto entusiasmo — Ou talvez eu esteja entediado.

— Entediado? Por acaso eu sou entediante? –—Sem lhe dar nenhuma resposta, apenas lancei um olhar desafiador — Ok... Venha comigo, prometo que ficar bem entretido daqui para frente.

O sorriso convencido de Tom me fez revirar os olhos, mesmo que por dentro eu tivesse sorrido também. Acompanhei ele de perto, com nossos ombros se tocando eventualmente, não sabia para onde estávamos indo, mas confiei nele para me conduzir. Quando o Riddle abriu a porta de uma das salas, entrei e só então percebi onde estávamos, ele passou por mim e se sentou na única cadeira do cômodo. 

— O que estamos fazendo no escritório de Snape? — perguntei olhando a sala e então detendo o olhar no sonserino a minha frente.

— Achei que ficaríamos mais confortáveis tendo onde sentar — Ele me lançou um sorriso divertido.

— Mas não tem outra cadeira aqui e... — Tom endireitou o corpo na cadeira de uma forma insinuando que... — Você só pode estar brincando.

— E por que eu estaria? Só estou pensando no seu bem estar... — Minha boca se abriu em choque pela cena, eu já não sabia o que pensar e muito menos o que fazer — Não vai se sentar? Eu prometo que não mordo.

Com passos vacilantes, cedi à provocação, me sentando no colo do ex lord das trevas. Minhas pernas estavam uma de cada lado dele e nossos corpos estavam o mais colados possível. Meu corpo inteiro parecia estar pegando fogo, já Tom agia com a mesma frieza de sempre, a diferença sendo visível somente na respiração mais curta que o normal e em seus olhos selvagens. Com toda a coragem que ainda tinha, toquei seu rosto antes de começar a beijá-lo com calma, eu tentava manter o controle, mas logo me agarrei a ele como se minha vida dependesse daquilo. As mãos dele em mim, nossas bocas, meu corpo tão perto do dele... Era uma sensação que me consumia, era a sensação de querer tanto algo que mesmo que aquilo te matasse você gostaria.

Ah... Tom — falei com uma voz que não parecia minha, soava tremula demais, necessitada demais.

Quase instantaneamente, Tom segurou minhas coxas com força e puxou para ele, meu corpo entendeu aquilo antes de meu cérebro processar, meu quadril começou a ir para frente e para trás roçando nele, me esfregando nele. Por um tempo tudo que conseguia ouvir era as nossas respirações ofegantes, curtas e quentes, tudo que meus olhos enxergavam e tudo que meu corpo conseguia sentir era ele. Tom.

Crawling - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora