Capítulo 37

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- Doutora isso vai machucar minha esposa! Ela não está acostumada com essas coisas, como dissemos ela era virgem e só teve eu de homem! Isso vai machucar ela e o bebê. - Teddy diz quase me matando de vergonha.

- Teddy! - Falo olhando pra ele de cara feia.

Estamos na médica e ela vai fazer um ultrassom transvaginal, estou na maca de pernas abertas e quando Teddy viu a médica pegando o equipamento pra fazer o exame já começou a surtar.

- Heloísa, ela vai enfiar aquele negócio em você! - Teddy diz exasperado.

- Aquilo é só o equipamento, sem ele não dá pra ver se o bebê tá bem! Deixa a doutora fazer o exame e para com esse drama, quem escuta você falando acha que nem transamos, afinal seu pau é bem mais grosso que aquele bastão. - Falo enquanto a médica nos olha de um jeito engraçado.

Teddy emite um som um agudo e começa a falar.

- Eu sou diferente, sou seu marido e só eu tenho esse tipo de intimidade com você, só eu! E agora vem esse negócio aí pra te machucar. - Teddy diz e quase dou risada.

- Você tá com ciúmes do bastão? - Pergunto não acreditando.

- Não! Claro que não, eu não estou com ciúmes de nada, só acho que isso é errado. - Teddy diz cruzando os braços.

- Sr. Mitchells o exame é indolor, não vai machucar a Heloísa nem o bebê, pode ficar tranquilo. - A Doutora explica pacientemente.

- Não liga doutora ele é meio doido. - Digo e a doutora assente, acho que não é o primeiro pai surtado que ela conhece.

- Vou ficar aqui olhando esse equipamento entrar em você, quero me certificar de que está tudo bem. - Teddy diz e reviro os olhos.

- Pode vir aqui do meu lado segurar a minha mão. Deixa a doutora fazer o trabalho dela, ou enquanto você olha minha vagina vai perder a primeira imagem do nosso bebê que vai aparecer na tela. Vem aqui ficar comigo, quero você bem pertinho na hora que o neném aparecer. - Digo e Teddy me olha indeciso.

Subo as sobrancelhas e falo quase em tom de ameaça.

- Mitchells, eu não vou repetir outra vez. - Dou o aviso e Teddy se dando por vencido vem para o meu lado.

- Porcaria de máquina. - Ele resmunga e pego sua mão.

- Sossega. - Digo e assim a doutora apaga a luz para começar o exame.

- Aquele pontinho é o bebê, ele tem o tamanho de um grão de arroz. - A Doutora diz parando a imagem e vemos o pontinho na tela.

- Um grão de arroz? - Teddy pergunta sem tirar os olhos da tela.

- Um feijãozinho. - Falo também olhando o pontinho.

- Sim, o bebê ainda é bem pequenino, mas já podemos escutar os batimentos cardíacos, vocês querem escutar? - Ela pergunta e sim, claro que queremos.

- Sim, por favor. - Peço curiosa.

Alguns segundos depois o som toma conta do ambiente.

- Que rápido! - Teddy diz com os olhos marejados.

- O som está perfeitamente normal e o ultrassom também, o bebê está se desenvolvendo como deveria e não vi nada de anormal. - A médica diz e fico aliviada.

Também me emociono e ficamos eu e Teddy olhando nosso feijãozinho pelo monitor.

A médica explica algumas coisas referentes ao bebê e logo o exame termina.

- Não tá doendo nada? Tem certeza. - Teddy pergunta preocupado enquanto me visto.

- Amor, tá tudo bem. - Digo me sentindo ótima.

O Outro LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora