CAPÍTULO 7 | UMA COLEÇÃO DE ARMAS

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P.O.V - Suri Kimura

Eu não era idiota, ou pelo menos, achava que não era. Organizar uma noite de filmes e séries seria a melhor maneira de fazer com que Bill dormisse primeiro para que eu fosse revirar um pouco suas coisas para descobrir mais sobre ele, e também, para ter a certeza de que eu não seria atacada enquanto dormia... sei lá, só por precaução, sabe?

- Já não está na hora de tu ir embora, o carrapato? - gritei da cozinha para Steve que ainda estava estirado no sofá.

Por incrível que pareça, eu não estava com medo de estar sozinha com dois caras estranhos que poderiam me prender, me matar ou simplesmente me meter medo, estranho...

- Qual é a sua? Eu vim visitar o meu amigo Bill, não você, sua invasora - disse retrucando.

- Escuta aqui garoto, invasora é a rapariga da tua avó! - falei me aproximando dele. - Essa casa aqui, também é minha!

Ele gargalhou sarcasticamente.

- Vocês são um saco em... - disse Bill revirando os olhos e indo em direção a cozinha pegando um saco de batatinhas nos ignorando.

- Ah mas nem que a vaca tussa, meu queridinho... - me aproximei dele e peguei as batatas da sua mão jogando de volta no armário e fechando-o. - Larga essa porcaria que eu já estou com o jantar quase pronto.

- Você tá me zoando, não é? - falou rindo e pondo a mão no armário para abrí-lo de novo.

Tranquei a porta com o pé antes que ele conseguisse abrir.

- Tô zoando não. Vai, chispa pra sala! - disse o empurrando dali.

- Eu não tô acreditando que isso está acontecendo... - disse pondo a mão sob a testa e caminhando de volta para o sofá.

- Você ainda tem aquela coleção de armas, Bill? - Steve perguntou.

An? Coleção? De armas? Como assim? Fiquei apenas escutando, cozinhando alguns cogumelos e fingindo não estar ouvindo.

- Tenho, por quê? - respondeu Bill.

Como assim ele tem armas em casa? Eu peguei meu celular e estava prestes a discar o número da polícia.

- Por que eu conheci um cara que está interessado em fazer aquele trabalhinho pra você...

Tá certo, eu me coloquei a discar o número.

- Eu vou ligar pra polícia! - falei levantando o celular a altura que eles pudessem ver o número. - Quem se aproximar de mim, morre!

- Mas o quê? - disse Bill estático.

- Como é que é? - exclamou Steve pasmo.

- É isso mesmo! Eu ouvi que tu tem armas Bill! Também ouvi que Steve achou um amiguinho pra fazer o trabalho sujo por ti - coloquei o número a chamar.

- Suri, você está louca? - falou Bill se levantando e vindo até mim. - Desliga isso!

- Não se aproxime! - peguei uma frigideira. - Alô? É da polícia?! - atenderam o telefonema, finalmente.

- Desliga isso garota! Steve estava brincando! - Bill parecia alterado.

Tapei o microfone do celular e me dirigi a Bill.

- Como eu vou saber que é brincadeira? - falei e ele se aproximou. - Não chegue perto de mim! - falei apontando a frigideira para ele e me encolhendo no canto da parede. - Socorro! - falei no celular.

- Pelo amor de Deus, Suri... - disse Bill enquanto Steve se matava rindo no sofá. De que aquele idiota estava achando graça? - Eu juro que Steve estava brincando! Desligue isso!

Um Completo EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora