CAPÍTULO 31 | LADO LOUCO

2.1K 215 49
                                    

P.O.V - Suri Kimura

Eu ainda estava esperando o Bill falar com a namoradinha dele.
Caramba, velho! Eu fiquei um tempão ali naquela sala de espera louca de sono e com fome e ele chamou ela? Raiva e ódio eram as piores emoções que me definiam naquele momento.
Logo que Becka entrou para ver Bill eu senti uma vontade muito grande de ir embora daquele lugar. Pensei bastante, mas ah, quer saber? Que se dane.
Me levantei e arrumei as minhas roupas que estavam amassadas por conta de ter adormecido naquela cadeira de espera horrível. Ia me dirigir em direção a saída do hospital quando vi a porta do quarto onde Bill estava se abrir. Era a Becka. Ela saiu de lá pisando duro, parecia estar furiosa. Eu não perderia aquele momento por nada.
Me aproximei dela...

- E aí? O que que foi? - falei levantando a sobrancelha direita e sorrindo. - Teu namorado te dispensou é?

- Isso não vai ficar assim, saiba que... - ela já ia dizendo toda vermelha e com os punhos cerrados quando eu a interrompi.

- Saiba que se tu não ficar longe do meu caminho, não são só palavras minhas que te atingirão, gestos e atos também - falei, dessa vez séria.

Ela bufou e em seguida saiu em direção a recepção do hospital.
Eu não sabia o que havia acontecido ali, dentro daquele quarto para que Becka saísse tão brava assim, mas isso, não diminuiu nem um pouco a raiva e a vontade que eu estava de arrancar os dentes do Bill.
Segui até o quarto e abri a porta. Bill focou seus olhos em mim. Eu não disse nada até fechar a porta e parar ao lado dele. Ele estava sentado na maca, vestindo sua camiseta preta.

- E aí... - falei sem querer dar o braço a torcer. - Como tu está?

Ele sorriu. Era o sorriso mais bonito que eu já tinha visto.

- Eu acho que estou bem... - disse ainda sorrindo e me olhando.

- Que bom... - falei e sorri também. Agora que eu sabia que ele já estava bem, poderia interrogá-lo. Mudei as minhas expressões e fiquei séria. - Por que ela primeiro?

Ele riu.

- Como é? - disse sem perder a pose de idiota.

- Tu quase perdeu os pés, não os ouvidos, não se faça de sonso comigo, Bill Skarsgård - expressei mexendo o dedo pra lá e pra cá.

- Eu juro... do que você está falando, Suri? - ele estava sério mas não bravo nem nada disso.

- Por que chamou a Becka primeiro? - exclamei e ele quis responder mas eu o interrompi. - Tu sabe quanto tempo eu fiquei te esperando sentada morrendo de fome e sono lá naquela cadeira dura pra caramba? - caminhava pra lá e pra cá expressando e deixando bem claro que eu estava muito brava. - Aquela rapariga chegou recém e tu quis ver ela primeiro? Fala sério, Bill...

Ele começou a gargalhar. Cara, era algum tipo de teste? Se fosse poderia parar ali mesmo porque eu estava a ponto de realmente arrancar seus dentes.

- Você é um amor... - ele ria como louco.

- Bill, se eu fosse tu, parava de rir se quisesse continuar com os dentinhos intactos... - sorri sarcasticamente. - De que porcaria tu está rindo, o idiota?

- Você está com ciúmes, Suri Kimura? - ele falou e aquilo me pegou de surpresa.

Será? Aquilo era ciúmes mesmo ou apenas o meu ego que havia sido machucado?

- O quê? Não! Para de ser convencido! - eu ri pra disfarçar, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- Eu aposto com você, que está com ciúmes... - disse com aquele sorriso medonho maroto.

- Ah é? Por que eu sentiria ciúmes de ti? Cai na real, Bill... tu não passa de um colega de quarto pra mim... - ri de novo tentando disfarçar a baita mentira que eu estava estampando no meu rosto.

- Se não é ciúmes... é o que então?

- É... ah... err... - o que eu iria inventar dessa vez?

Pensa Suri!

- Vamos, me explica... - disse com aquela cara de convencido erguendo as mangas da blusa e cruzando os braços logo depois.

 - disse com aquela cara de convencido erguendo as mangas da blusa e cruzando os braços logo depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Eu... é... o meu ego! Eu deveria ser escolhida primeiro porque eu sou melhor do que ela! - isso garota!

- Ah... o seu ego? - ele riu. Poxa, como ele conseguia me desconsertar daquele jeito? - O seu ego e sua autoestima são duas coisas altas em você, não acha? - ele disse erguendo a sobrancelha esquerda.

- Por que diz isso? - falei cruzando os braços.

- Você disse que é melhor do que a Becka...

- E eu sou, só tu não vê isso... - falei debochando.

- Você deve ter razão. Mas, está errada em duas coisas... - disse sorrindo.

Aquele sorriso que derrete a alma da gente por inteira.

- Eu não estou errada! - franzi o cenho. - Em que eu estou errada? - eu já estava cansando.

- Primeiro, eu sei que você é melhor do que ela, dez vezes melhor. É mais bonita, mais atraente, mexe mais comigo, do que a Becka... - eu arregalei os olhos. - E segundo... você sabe que está com ciúmes de mim, só não quer admitir...

Eu fiquei quieta e pensei por um instante. Cansei de mentir.
Me aproximei dele deixando nossos rostos bem perto um do outro...

- Por que carambas tu sempre está certo? E por que carambas tu me desestabiliza tanto?

O beijei. Já conhecia aquela sensação e sabia que aquela era uma das melhores da minha vida inteirinha.

[

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[...]

P.O.V - Bill Skarsgård

Suri me deixava louco sendo tão provocativa, sendo tão inocente, sendo tão disfarçada e sendo tão Suri. Ela me beijou e eu sabia que aquilo ia acontecer, se não fosse da parte dela, seria da minha.
Acariciei seu rosto com a minha mão e abracei sua cintura com o meu braço. Ela era tão pequena e eu a sentia tão frágil que parecia que se eu apertasse, quebrava. Aquilo me dava o sentimento de que eu queria protegê-la de tudo que quisesse fazer mal a ela.
Nela havia o cheiro de bebida alcoólica por conta da festa da madrugada passada, ela não havia bebido, mas estava no meio dos que beberam. Porém, aquilo não impedia que eu pudesse localizar o seu cheiro natural que me deixava louco e apaixonado.
Eu parei o beijo. Grudei a nossas testas e fiquei a ouvir sua respiração ofegante.

- Você é louca... - falei sorrindo.

- Tu não viu o meu lado louco ainda... - ela respondeu arrepiando cada parte do meu corpo.

Um Completo EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora