CAPÍTULO 28 | ATÉ QUE NÃO FOI TÃO RUIM

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P.O.V - Suri Kimura

   O idiota do Bill tinha me desafiado ficar trancada com o Mark. Tudo bem. Ele só disse que eu deveria ficar trancada, não que eu deveria fazer alguma coisa com ele.
   Ao entrar no quarto, me sento nos pés da cama de Bill para esperar aqueles infinitos dez minutos passarem.

- Está uma noite bonita, não é mesmo? - disse Mark ligando algumas velas que tinham na cômoda do Bill e abrindo as cortinas da janela.

   Elas não estavam lá antes... o idiota queria deixar um clima romântico.

- Desliga isso ai, daqui a pouco vai botar fogo na casa... - falei nem um pouco romântica.

- Relaxa, princesa... - disse se aproximando e sentando ao meu lado.

   Eu me afastei um pouco dele.

- Olha só, vamos só esperar esses dez minutos passarem. Se quiser, podemos conversar - falei sem paciência.

- Sobre o que você quer falar? - ele perguntou se aproximando mais.

   Eu novamente recuei para longe dele.

- Sobre que tal tu ficar longe de mim? - falei na lata.

- Suri, relaxa e aproveita... - disse passando a mão pelas minhas costas.

   Eu fiquei com raiva. Raiva do Mark por não cair na real de que eu não gosto dele! Segurei a mão dele e torci para o lado, o fazendo franzir o cenho de dor.

- Se tu não tirar a tua mão de mim... tu fica sem ela... - avisei e ele sacudiu a cabeça em menção de sim.

   Larguei sua mão e ele a recolheu massageando o braço.

- Caraca... por que você é tão agressiva? Achei que fosse assim só com o Steve porque não gosta dele... - falou sentimental.

- Olha, meu querido... nesse exato momento, eu gosto mais do Steve do que de ti e olha que a porcentagem do meu relacionamento com o Steve é um número negativo... - falei debochando.

- Eu só queria que você relaxasse. Faria uma massagem em você... - disse tentando novamente.

- Tu tá louco pra perder um membro né, Mark? E eu nem estou falando do teu braço... - falei me virando pra ele brava.

- Tá certo, entendi - disse se atirando pra trás na cama. Dessa vez, ele parecia ter entendido mesmo. - Olha só, eu só queria que você se sentisse a vontade... - ele voltou, mas dessa vez, não estava tentando nada, parecia estar apenas desabafando.

- Se tu ficar tentando alguma coisa comigo, eu nunca vou me sentir a vontade - cuspi.

- Uau... - disse suspirando.

- Não me leva a mal, Mark... - percebi que ele estava começando a ficar chateado. - Mas tu não faz o meu tipo... entende?

   Eu tinha que mandar logo a real pro  coitado, não podia o iludir ou fazê-lo acreditar que tinha chance de que algo acontecesse entre nós dois.

- Eu entendo... - disse cabisbaixo. - Você prefere o Bill, não é? - disse e eu me afoguei com o ar.

- O quê? - eu ri muito. Como ele sabia? - Do que tu está falando? - Tentei disfarçar. - Nós somos apenas amig...

  Ele me interrompeu.

- Não banque a engraçadinha comigo, Suri.

- Tu está certo, eu prefiro ele... - cuspi novamente as palavras.

   Ele riu.

- Eu percebi como você olha e fala com ele. Como vocês dois tem tipo uma conexão estranha... achei que poderia ter também, mas entendo que você prefira ele - disse meio que engolindo as palavras.

Um Completo EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora