CAPÍTULO 37 (ESPECIAL) PARTE UM | AJUDANDO UM NENÉM

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P.O.V - Suri Kimura

Eu entrei com Bill para dentro de casa. Nós dois estávamos encharcados, mas Bill estava mais. Ele ainda não reagia. O que estava acontecendo? Aliás, o que aconteceu pra ele estar daquele jeito? O coloquei no sofá e pus uma água a esquentar para fazer um chá pra ele.
Levaria ele ao hospital, mas antes, precisava fazê-lo acordar para que trocasse de roupa e tomasse um banho quente, senão, poderia ter uma hipotermia. Estava friozinho e a chuva que caía era gelada. Tentei novamente me aproximar dele e o acordar.

- Bill? Querido? - levantei o seu queixo em minha direção já que ele estava jogado no sofá. - Tu precisa subir e tomar um banho. Acha que consegue? - sorri tentando o incentivar mas ver ele daquela forma partia o meu coração.

O mais estranho era que ele não falava nada. Apenas me olhava com os olhinhos caídos e tentava acenar a cabeça de alguma forma. Não era muito, mas já era um começo, quando eu o encontrei nem isso ele estava fazendo. O ajudei a se levantar e também o levei até a escada. Ele subiu os quatro primeiros degraus com muita dificuldade e quando colocou o pé no quinto, teve um deslize e ia cair, mas eu consegui o segurar a tempo.

- Meu Deus... o que aconteceu contigo, meu bem? - falei o segurando pelas costas na escada. - Vamos tentar de novo, tá bom? Desta vez eu vou te ajudar.

Subimos as escadas muito lentamente. Bill era pesado, ele estava sem forças e eu não era muito musculosa, né.
Conseguimos chegar no quarto e eu o coloquei sentado em um divã que havia lá.

- Desculpa, tá bom? Mas tu precisa de um banho bem quentinho e eu vou ter que te ajudar... tá legal?

Tentei o avisar para que não se assustasse. Tudo o que eu menos queria agora era que ele fizesse movimentos bruscos demais. Seu corpo estava com alguns cortes e eu aposto que aquilo estava doendo pra caramba.
Me agachei em sua frente e ergui seu pé pra mim. Tirei o seu sapato molhado e suas meias que estavam coladas em seus pés que pareciam mais duas pedras de gelo. As cicatrizes dos cortes da corrida naquela festa passada ainda permaneciam ali.
Fui até o banheiro e enchi a banheira com aguá morna, depois iria esquentando um pouco, pra que ele não tivesse nenhum susto. Voltei para o quarto e ele estava atirado no divã ainda. Bill era tão bonito, mesmo estando todo machucado eu ainda me apaixonava por ele à cada momento mais.
Me coloquei na frente dele e suspirei. É difícil despir o cara que tu gosta. Não me julgue! Ainda mais se tratando do Bill. Me agachei novamente ficando de joelhos e comecei a desabotoar a sua calça e abrir o zíper.

- Por favor, Bill... não se assusta, eu estou tirando a sua calça agora, tá bom? - falei tentando ser delicada.

Bill franziu o cenho e quando tirei a sua calça vi que havia um corte na sua perna. Aquilo só poderia ter sido feito por outra pessoa. Quem era o idiota que fez aquilo com o meu Bill? Quando eu o pegar... não vai sobrar nenhum pedaço pra contar história, como diz a minha mãe.
Deixei o Bill com sua cueca boxer e levantei.

- Querido... preciso que você faça um esforcinho e fique sentadinho bonitinho pra que eu possa tirar o seu casaco e a sua blusa... - falei segurando o seu braço. Bill entendia o que eu falava, só não me respondia. Será que era por causa da dor? - Isso... - falei pra ele que se esforçou para ficar com o corpo ereto no divã. - Talvez vá doer um pouquinho, tá bom? Mas eu estou aqui contigo! - sorri acariciando sua mão.

Peguei o zíper do seu casaco e abri, mas o que eu vi foi terrível. Sua blusa além de estar encharcada de água, estava encharcada de sangue. Uma lagrima escorreu automaticamente do meu rosto. O lado positivo era que os cortes eram superficiais, nada era tão grave.
Tirei o casaco e ele não estava confortável. Claro que não, aquilo deveria arder muito. O que vinha a seguir era a parte mais dolorosa e eu sabia que não ia ser legal, nem pra ele, nem pra mim. Peguei na barra da sua blusa e levantei pra cima na intenção de tirá-la e ele gritou me fazendo hesitar.

- Calma, querido... - eu já estava chorando... - Vai ficar tudo bem... - não ia dar pra tirar a blusa dele daquele jeito. Fui até a sua gaveta e peguei uma tesoura. - Eu te dou outra blusa igualzinha depois, tá? - falei pra ele e cortei a frente da blusa e suas mangas. Haviam alguns cortes no abdômen e nos ombros, mas nada grave. - Vem, eu preparei um banho pra ti...

Peguei ele e levei até o banheiro. Sua pele lisinha e seu corpo... eu amava.
Consegui ajudar ele a entrar na banheira e ele se sentou reclamando com suas expressões faciais. Ele fechou os olhos e eu pensei que estava tentando relaxar.

- Eu vou buscar um cházinho pra ti, tá? Já venho... - fui para a cozinha e fiz um chá para tentar mantê-lo calmo. Fiz bem quentinho e coloquei algumas colherinhas de açúcar. Logo, subi novamente até o banheiro. - Aqui está.

Falei e ele pegou o chá. Parecia estar mais atento que antes, mas ainda, além do grito de dor, ele não havia dito nada. Peguei sua mão e comecei a massageá-la.

[...]

E aí? Na nossa última pergunta, deu empate, então faremos dois capítulos 37, a parte um e a parte dois. Esta é a parte um.

Bill nesse capítulo foi cuidado por Suri em casa. No próximo, ele irá para o hospital. E ficará em uma sala que será proibida as visitas. Suri vai tentar entrar sem que ninguém veja.

A) Suri deve tentar se infiltrar sozinha.

ou

B) Suri deve tentar se infiltrar com a ajuda dos amigos.

Um Completo EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora