P.O.V - Bill Skarsgård
A festa estava quase acabando, eram quase seis da manhã e estava faltando eu e Suri cumprirmos o desafio idiota que haviam nos proposto, dar uma volta inteira no quarteirão... de cueca e calcinha e sutiã. O primeiro que chegasse, vencia o desafio e ganhava o primeiro ponto.
- Se você não quiser fazer isso, eu entendo... - gritei para Suri em seu ouvido.
Quase não se ouvia nada naquele lugar por conta da música alta e do coro que as pessoas faziam tentando nos incentivar a correr sem roupa.
Antes que eu pudesse receber resposta, vi Suri arrancando a blusa que estava vestindo e ficando apenas com um sutiã de renda vermelho. Eu sabia que ela não iria amarelar, ela não era dessas.O pessoal que antes gritava para corrermos, agora gritava para que Suri continuasse tirando a roupa. Idiotas...
Aquele era um péssimo desafio. Quem era o idiota que havia pensado naquilo? Mas tudo bem. Tirei a minha camiseta e pude ouvir os gritos das garotas que estavam por ali, e pela primeira vez naquela noite, eu ouvi a voz de alguém familiar... era a Becka. Procurei ela pela multidão que nem era tanta assim e encontrei. Meu olhar cruzou com o dela que fez um certinho com a mão como se estivesse me apoiando. Eu sorri pra ela, tirei a minha calça e segui até a rua.
Suri já estava lá, apenas de lingerie vermelha. Sensualidade e inocência eram duas coisas que competiam nela. Alguém faria sinal para que começássemos a correr e assim, após terminar a volta no quarteirão inteiro, iríamos ver quem ganharia o primeiro ponto.- Preparados? O primeiro a bater na mão dele vence... - disse Steve apontando para Mark que estava parado no meio da rua.
Eu olhei para Suri que parecia animada e logo olhei para frente.
- Vamos nessa! - gritou ela.
- Já! - gritou Steve abaixando suas mãos que estavam levantadas.
Eu corri como se fosse uma águia voando, mas Suri não ficou para trás. Ela era rápida e ágil. Estávamos ambos em boas condições físicas, então, seria uma corrida justa.
Eu, pra variar, idiota né, estava descalço. Havia apenas esquecido desse detalhe, eu estava descalço. E de repente, ao virarmos a esquina, vejo algumas coisas brilhantes no chão, mas não acreditei que fosse o que eu estava pensando, apenas olhei pra cima e pedi para que não fosse. Mas era.
Suri ainda estava coladinha ao meu lado e quando viu que eu parei de correr e tive que me sentar na calçada, ela parou também.- Ei! O que houve? - Suri gritou. Ela já tinha parado mas estava meio longe.
- Eu cortei meus pés! - gritei de volta.
Haviam cacos de vidro no meio da estrada, e ao pisar neles, cortei meus pés. Estava saindo sangue, bastante, pra falar a verdade. Consegui ver que a maioria dos cortes eram superficiais, mas havia um que havia sido fundo, o que doía mais ainda.
Suri voltou até mim.- O que houve? - ela perguntou mais próxima mas parada no meio da rua, ela não tinha me ouvido antes.
- Eu só me cortei um pouco. Continua correndo, Suri! Eu deixo você ganhar essa... - falei rindo, mas a dor me fez parar.
- Olha... eu vou te ajudar, tá legal? Tá saindo muito sangue e... - ela dizia e eu pude jurar que vi seu lado esquerdo do corpo clarear.
Foi quando eu olhei pro lado esquerdo da rua e vi o farol de um ônibus, vulgo o que estava iluminando Suri.
Sem pensar na dor que eu estava sentindo nos meus pés e no sangue que escorria, me levantei e corri até o meio da rua onde Suri estava e a empurrei para o outro lado, em um gramado, caindo com ela sob alguns arbustos que nos arranharam um pouco. A tempo, consegui salvar ela de ser atropelada por aquele ônibus...
Ainda tentando entender o que havia acontecido nos últimos segundos, ela me olhava com a cabeça apoiada no chão segurando o meu braço, enquanto eu segurava sua cabeça com uma das mãos e a sua cintura com a outra. Estávamos dessa vez, juntinhos. Literalmente. Eu estava a segurando contra mim e o chão.
Suri ainda permanecia parada, perplexa, olhando fixamente os meus olhos. Eu também a encarava e o azul que eu observava era como se fosse o céu em um dia chuvoso pronto para fazer brotar um arco-íris. Senti sua respiração ofegante quando percebi que meu peito estava colado no seu. Sua cintura era tão pequena e eu senti isso quando deslizei a minha mão pela suas costas a acariciando e logo voltando para o seu quadril.- Obrig.. - ela tentou falar mas não conseguiu terminar.
- Pelo que? - eu perguntei sussurrando.
- Por salvar a minha vida... - ela disse e eu pude ver uma lágrima escorrer no canto do seu olho, indo de encontro aos seus cabelos dourados. - Te devo essa... - terminou sorrindo enquanto seus olhos brilhavam.
- Então eu quero o pagamento agora.
Falei e a beijei. Grudei os nossos lábios que se tocavam suavemente fazendo nossas línguas dançarem em perfeita sintonia. Sua boca era tão macia e tão gostosa que eu poderia ficar naquele beijo pra sempre.
Suri segurava o meu rosto como se não quisesse o soltar nunca mais e passava sua mão sobre o meu cabelo de forma que o meu corpo todo se arrepiava. Eu nem lembrava mais da dor que eu estava sentindo nos pés e dos arranhões que aquele arbusto estava nos fazendo, eu só conseguia me concentrar no quão gostoso era beijar e sentir a pele daquela garota.[...]
minutos antes...
P.O.V - Suri Kimura
Eu estava olhando os olhos de Bill. Fixada, centrada, hipnotizada por aquele cara.
- Obrig.. - eu tentei falar mas a minha voz falhou.
Alguma coisa me deixava inquieta. Não sabia se era pelo fato de quase morrer atropelada por um ônibus ou de ter um cara extremamente sexy apenas de cueca em cima de mim.
- Pelo que? - Bill perguntou sussurrando olhando em meus olhos.
Uma vontade tão grande de chorar brotou no meu coração. Senão fosse Bill me empurrar, eu realmente tinha sofrido aquele acidente.
- Por salvar a minha vida... - eu disse e não pude conter a lágrima escorreu no canto do meu olho. - Te devo essa... - sorri pra ele.
- Então eu quero o pagamento agora.
Ao terminar de falar, Bill se aproxima e me beija lentamente. Ele era tão suave e delicado que eu poderia dizer que aquele era o melhor beijo do mundo. Por que Bill tinha que ser tão sexy, tão provocante e por que ele tinha que ter pego o meu coração de surpresa? Senti a sua mão passear entre minha cintura, meu quadril, minhas costas e meu cabelo. Eu queria aquele passeio sem fim. Me entreguei e retribui tudo aquilo que ele estava me oferecendo, era tão bom ter ele assim coladinho comigo.
- Que bonito... que bonito em... - disse uma voz na frente da moita em que nós estávamos.
Nós nos assustamos e olhamos para o ser. Era o idiota, o besta, o mula, o alienado do Steve e a Jay.
- Que cena mais linda, será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí? - terminou Jay.
Era só o que me faltava. Bill saiu de cima de mim e se deitou no chão fazendo alguns tipos de caretas. Foi quando eles viram os pés dele.
- Meu Deus do céu! Mano... - disse Steve se segurando em Jay e apontando para os pés do Bill.
[...]
nota:
oiii! eu fiz esse capítulo com uma volta no tempo pra mostrar as sensações e os sentimentos do Bill e da Suri igualmente, para que vocês estejam por dentro de tudo.
Espero que tenham gostado! ❤️
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Um Completo Estranho
FanfictionBill Skarsgård Fanfiction© Suri Kimura é uma garota travessa, animada e gaúcha que com origens japonesas não podia estar mais feliz. Tinha a faculdade garantida no país dos seus sonhos, amigos por perto, muito dinheiro e um lar novinho em folha. Ela...