CAPÍTULO 10 | COCAÍNA

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P.O.V - Suri Kimura

Haviam se passado oito horas desde a última vez que vi Bill. Quando ele viu Lizi de manhã, saiu e não havia chegado ainda. Lizi disse que sentia pena de Bill e lamentava tê-lo abandonado, mas ela não poderia viver como um assassino e que a única louca capaz de fazer aquilo, era eu. E ela estava certa. Mali me ofereceu um lugar na sua casa para que eu ficasse, mas eu decidi ficar aqui com Bill. Primeiro porque eu não desperdiçaria seis meses de aluguel já pagos, segundo porque eu não perderia a aposta que fizemos... tá, talvez não tenhamos feito nenhuma aposta, mas eu sozinha fiz na minha cabeça a aposta de tirá-lo daqui antes que os seis meses passem. E terceiro, porque eu quero realmente descobrir qual motivo levou Bill a matar a irmã.
Eu era louca. Tinha medo de morar com ele por não saber quem ele era mas poderia aguentar e suportar.
Já passavam das seis da tarde e eu fui tomar café. Liguei a cafeteira e passei o café extra-forte que tinha comprado no mercado. Coloquei meus biscoitinhos prediletos na mesa e comecei a comer assistindo televisão.
Minutos depois, alguém abre a porta da frente e entra, era Bill. O mesmo nem olhou para mim, apenas foi direto para o banho.
A chuva estava ficando cada vez mais forte e pesada, mas ainda conseguia ouvir o barulho do chuveiro em que Bill estava tomando banho. De repente, consigo enxergar na minha mente Bill da cintura para cima tomando banho. Ele era atraente e tinha um ótimo corpo. Ah, mas o que era aquilo? Me desvencilhei dos meus pensamentos absurdos e estava começando a limpas as coisas do café.

- Sobrou café preto? - disse Bill chegando na cozinha alguns minutos depois.

- Na cafeteira - falei desligando a televisão e indo mexer no meu celular.

Estava lendo um livro de arte antes de viajar, pretendia continuar minha leitura. A faculdade começava em menos de duas semanas e eu já queria estar me preparando.
Ouço alguma batida, não uma batida de carro ou algo parecido, mas uma batida de música. Claro que era Bill tirando a minha paz. Enquanto tomava café na cozinha, escutava suas músicas de louco. Segui até o quarto e peguei um fone de ouvido, voltei até a cozinha e levantei o objeto na frente dele que ficou me olhando estático.

- Sabe o que é isso aqui? Se chama fone de ouvido, serve pra escutar coisas sem incomodar os outros.

- Ah é? Que interessante! - disse debochando e continuou tomando seu café como se nada tivesse acontecido.

- Por que tu é tão insignificante, Bill Skarsgård? - perguntei olhando pra ele.

Ele não deu bola para a minha pergunta. Abriu a geladeira, pegou um copo e o encheu com água. Tomou um gole e veio na minha direção com o copo na mão.

- Por que trouxe ela aqui? O que ela é sua? O que ela te falou? - perguntou ficando cada vez mais perto de mim e do meu corpo

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- Por que trouxe ela aqui? O que ela é sua? O que ela te falou? - perguntou ficando cada vez mais perto de mim e do meu corpo.

Era a segunda vez que ele fazia aquilo.

- Ei, ei, ei, tu tá perto demais de mim, tchê... - falei me desviando dele e indo para o lado contrário.

Ele se virou para mim como se ainda esperasse uma resposta.

Um Completo EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora