Já haviam se passado quase três meses que Suri e eu estávamos morando juntos. Nós já nos dávamos bem, mas ainda tínhamos aqueles perrengues de vez enquanto. A temporada de férias de inverno estava chegando e eu ainda estava pensando no que eu iria fazer aquele ano. Nós anteriores, eu sempre ia com meus pais a uma cabana para aproveitar a neve e a floresta ou saia com alguns amigos que eu tinha lá na Suécia. Mas este ano, eu estava sozinho, com exceção de Mark e Steve, que toparam fazer qualquer coisa comigo porque também não tinham nada planejado. Eu pensei em fazermos algum tour por Las Vegas. Algumas baladas, alguns shows, alguns cassinos e bares talvez... mas não rolou. Steve estava quase desistindo de aproveitar as férias comigo e com o Mark para ir conhecer os pais de Jay, mas felizmente, eles adiaram a visita. Parece que o relacionamento dos dois estava realmente ficando sério. Eu não era contra... era até a favor. Os dois eram tão parecidos que as vezes ficava difícil distinguir qual puxou a quem. Suri andava estressada e atarefada demais por conta da faculdade. Eu tentava ajudar as vezes, mas não dava muito certo, porque eu não entendia nada de arte. Eu a admirava por ser tão talentosa com os desenhos, as pinturas e todas as ilustrações que ela fazia. Ela tinha desenhado um retrato meu, e eu havia guardado em uma caixa onde eu escondia os meus bens mais valiosos.
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Ela já tinha seus planos para o inverno. Iria visitar os pais que ligavam umas três vezes por semana pra checar se ela estava bem. Ela estava na sala estudando enquanto eu estava no meu quarto, apenas pensando no que eu poderia fazer, quando ouço o telefone tocar. Pego na cômoda ao lado da cama e o atendo.
- Alô?
- Bill? Querido? - disse a voz feminina do outro lado da minha.
- Ah... o que você quer? - perguntei ríspido.
Eu já sabia quem era. Era minha mãe My.
- Calma, meu bem... eu só quero falar com você! - disse ela.
Permaneci tranquilo até ouvir tudo o que ela tinha pra me dizer e depois, fiquei horrorizado. Desliguei o telefone e me sentei na cama. Coloquei as mãos nos olhos e tentei tirar algum pingo de consciência de dentro de mim. Mas falhei.
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