Vinte e cinco

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“Essa é a pior hora: Vê-la ir embora dos meus braços...”. Lauren murmurou contra os meus lábios. Estavam abraçadas na porta de sua casa e os nossos lábios estavam encostados depois de um beijo longo.

Acariciei as suas costas que estavam protegidas por uma fina camisola. Rocei os meus lábios nos dela, e depois dei uma leve mordidinha no seu lábio inferior. Eu tinha que ir embora, não podia mais me prolongar. Já tinha passado á noite com a Lauren, não sei que desculpa iria inventar para o meu marido. Eu esperava que o Shawn tivesse passado á noite apagado de tão bêbado que estava, mas... Vai saber. A minha noite tinha sido interessante, porque além de um orgasmo maravilhoso, ainda discutimos alguns pontos que estava em aberto.

“Tenho que ir. O dia já amanheceu... Quero acordar o Thor para á escola. Ainda tenho uma cobrinha dentro da minha casa que preciso lidar”. Respondi em me afastar.

Lauren encostou o seu corpo no batente da porta. Olhando-me com um quê de malícia, os seus lábios curvaram em um sorriso. Eu amo essa expressão dela! Fica muito tentadora. Deliciosamente malvada.

“Já estou de saco cheio dessa Veronica, e nem a conheço. Ainda bem que você vai resolver essa questão, se não... Eu mesma o faria e não seria nem um pouco gentil”.

Eu ri. “Eu tenho certeza que não. O que fará hoje?”. Perguntei á olhando.

“Caçar”. Ela olhou para fora e mirou o horizonte. “Estou com uma enorme vontade de comer faisão”.

“Ah, coitados dos faisões. São tão bonitinhos, pra que matá-los?”. Fiz um biquinho.

“Você seria uma garotinha muito boazinha se compadecesse assim dos humanos também”. Lauren ironizou.

“Gosto de ser uma menina má. Ganho muitas coisas assim...”. Dei uma olhada no corpo dela.

Lauren deu uma risadinha e me puxou para os seus braços, dando-me um beijo de despedida. Depois disso, eu fui embora. Hoje seria um dia muito importante, era o dia que iria me livrar de Veronica, não á queria em minha casa e tinha receio que ela abrisse á boca para o Thor, conhecendo a sua índole não iria demorar muito para acontecer. Ainda estou surpresa que não tenha o feito.

Entrei em minha casa sorrateiramente. O relógio apontava quase sete da manhã. Subi as escadas em passos lentos, sem fazer nenhum barulho. Eu era ótima nisso, em me movimentar em silêncio, por tanto, escutei vozes exaltadas vindo do meu quarto. Voz de Shawn e Veronica que pareciam que estavam discutindo. Aproximei-me e parei bem próximo á porta que estava aberta, as imagens dos dois refletiam no espelho do corredor.

Veronica estava alterada e estava á um ponto de esfregar o dedo no rosto do meu marido. Enquanto, o Shawn estava cético, sua expressão não estava das melhores, segurava o celular.

“Eu não aguento mais!”. Veronica gritou, depois bufou.

“O que você não aguenta mais, Veronica?”. Shawn perguntou com o seu tom irônico, começou a discar quase com violência para o celular.

“Isso!”. Veronica deu uma tapa no celular dele que voou para longe. Shawn a olhou com tanta raiva que achei que iria esmurra-la, por tanto, não fez. “Não consigo entender essa doença que você tem por ela á ponto de ficar enlouquecido por não saber onde ela está!”.

“Não é doença, é amor. Eu a amo! Ela é minha esposa!”. Shawn gritou e foi buscar o seu celular. “Tenho mais do que direito de ficar assim e você não tem porque me questionar”.

Veronica deu uma risada furiosa. “Amor? Você não a ama! Nunca a amou, não sei o que acontece em sua cabeça, talvez, seja o comodismo, ou uma obsessão que você tem pela a Camila, mas amor não!”. Sugou o ar com força pela boca. “Um homem que ama não trai a esposa com o primeiro rabo de saia que ver pela frente”.

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