Mentre ci sono ragioni. 40

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POV LAUREN

O clima tinha esfriado consideravelmente, cruzei os meus braços numa busca de aquecê-los mais. Se eu soubesse que o tempo ficaria essa merda, não estaria usando sapatilhas que congelavam os dedos dos meus pés. Cruzei as minhas pernas e balancei o meu pé direito, enquanto, olhava para os patos que estavam na margem, alvoroçados. Algumas pessoas jogavam pedaços de pães, o que era extremamente proibido, porém, isso não me importava nem um pouco.

Á única preocupação que estava se resumindo á minha vida era Camila. Fazia dois dias que eu não tinha mais nenhum contato com ela, e isso estava me deixando muito estressada. Eu queria muito saber como a mesma estava, se precisava de alguma coisa. Também estava ansiosa. Uma parte do meu cérebro tinha resolvido como iria tirá-la de lá. A outra parte, ainda buscava soluções.

Agentes penitenciários precisavam ser subornados. A equipe médica também. Ariel estava tentando descobrir os nomes, infelizmente estava sendo mantido em absoluto sigilo. Mas, eu tinha fé na minha prima que iria conseguir... O que a Ariel não conseguia? Era craque em informática, conseguia invadi qualquer sistema, até mesmo do governo. Bem... Isso a Camila também sabia fazer, mas na falta da minha mulher, tinha que contar com ajuda da minha prima.

Eu tinha que me lembrar de presentear a Ariel. Ela estava sendo o meu braço direito. Tenho absoluta certeza que teria muita dificuldade em fazer tudo isso sozinha. Eram muitos detalhes para serem solucionados. Detalhes não era o meu forte, gostava de resolver tudo sem muito pensar. Porém, se fosse fazer isso, á vida de Camila chegaria ao fim.

Ser paciente e estratégica. Era isso que Camila era. E era isso que eu queria ser. Era por isto, que eu estava aqui nessa noite fria, olhando pessoas sorrindo pateticamente com os inúteis dos patos e esperando o imbecil do Mark.

Era uma estratégia. A fuga do Thor seria hoje. Pelo o que eu soube do menino, os avôs paternos estavam numa espécie de mumificação depois da morte do Shawn e quem estava tomando as rédeas da situação era o Mark, mas não por muito tempo, porque a Veronica tinha pretensão de ficar com o menino. Só por cima do meu cadáver e também do cadáver de Camila... Isso não iria acontecer.

Camila nunca iria me perdoar se a Veronica ficasse com o Thor. E sinceramente, nem eu queria isso. Não sei muito bem o que aquele garoto tinha, mas senti-me afeiçoada por ele. Talvez, fosse o jeitinho parecido com Camila só que com um quê de doçura. Os seus olhos eram amorosos, era capaz de quebrar qualquer coração até do mais empedrado. Por isso que eu digo, esse menino será uma grande arma mortal.  

Bem... Eu tinha marcado com o Mark justamente para que o Thor fugisse de casa sem nenhum problema. O instruir para que não levasse nada, tudo seria comprado. Também o orientei á deixar um bilhete de despedida como se fugir fosse uma decisão unicamente sua. Eu sei que iriam procurar por ele, mas com o bilhete de adeus, não levantaria a suspeita para Camila... Porque por ventura, o Mark pudesse ser óbvio e adivinhar que Camila estava por trás disso. Enfim, Ariel estará esperando o menino numa viela, á alguns metros da casa. Eu não gostava da ideia do Thor sair sozinho nas ruas perigosas de Nova York, mas tinha contratado um segurança para vigiá-lo de longe, sem ser notado.

Se o plano desse certo. E eu saberia que daria, Thor estaria na casa alugada do Brooklyn em duas horas. Eu manteria minha conta no Grand Palace NY em aberta, apenas para dormir, porque passaria mais tempo com o Thor. Era só questão de não levantar suspeita, tudo que menos queria era que alguém interligasse o caso.

“Lorena”. A voz do Mark me despertou. O olhei e pisquei os meus cílios alongados suavemente.

“Mark”. Carreguei a minha voz no sotaque e me levantei. Ele segurou a minha mão e beijou a mesma. Nojo.

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