Mentre ci sono ragioni. 52

200 12 3
                                    

POV LAUREN

Camila me protelou um pouco para responder, mas depois de alguns beijos a sua resposta veio.

“Quando formos ao México... Assim que colocarmos os pés lá, iremos nos casar e selar para sempre o nosso amor”. Murmurou e se aconchegou em meus braços.

Concordei prontamente. Apesar de ser um lugar romântico, a Itália não estava em meus pensamentos quando se tratava de casamento. Eu não conseguia ver o romance florescendo pelas ruas de minha terra natal, deve ser por ter passado uma infância não tão boa assim.

Itália não funcionava para mim.

Ficamos conversando sobre outras coisas. Contei sobre as vendas do patrimônio da família. A única coisa que ficaria faltando para vender seria alguns cavalos, os carros e claro, essa casa. Mas tenho certeza que a Ariel resolveria isso rapidinho. Fiquei falando até que percebi a Camila quieta demais em meus braços, estava dormindo.

Alguma coisa estava perturbando a Camila. Não sabia o que era, mas depois daquele pesadelo estranho, precisava descobrir. O que ela queria dizer sobre ter mentido sobre tudo? Essa questão despertou em mim... O que será que significava? Mentir sobre tudo. Mentir sobre tudo. Não conseguia compreender isso e porque implorava o meu perdão durante o pesadelo?

Será que Camila seria tão inescrupulosa que me enganou esse tempo todo? Certo que a moral dela não era nada exemplar, mas será que tinha se rebaixado a esse ponto? E porque tinha ficado desconfortável quando falei sobre a Luna? Será que ela conhecia a minha mãe? Isso explicava o desconforto e também a forma em que olhou para o quadro na sala.

Bem. Poderia ter conhecido, não? Através de Lorena? Ela soube da existência da minha irmã porque descobriu do caso do Shawn. Camila pode muito bem ter pesquisado sobre a família o que levava não apenas a Lorena, como também a Luna, o Heitor e a... Mim.

Não. Definitivamente não. Ela não seria capaz disso. Sei que o caso de Lorena e Shawn era de longa data, se Camila tinha pretensão de me usar, não demoraria tanto tempo para chegar até mim, certo? Por tanto, eu não fui usada.

O meu peito se comprimiu com a ideia de ter sido usada por Camila. Era apenas um equivoco! Uma linha de pensamento que tinha ido por um caminho errado. Ela nunca faria isso comigo, sei que ela tem o dom de usar as pessoas, mas tudo que vivemos e estamos vivendo era intenso demais para ser apenas um uso, um plano.

 
Não. Afastei o pensamento, me negando alimentá-lo. Gosto de pensar como sempre foi: Uma causalidade, obra do destino. Só que tinha algumas lacunas que o meu próprio cérebro estava erguendo, coisas que eu nunca percebi antes ou não quis perceber.

Era gêmea de Lorena... Camila conhecia muito bem a face da minha irmã, então, era impossível não se assimilar ou não ter um mínimo de curiosidade em querer saber por que uma mulher era a cara da amante do seu marido.

 
Não. Eu que fui até a Camila por ter me apaixonada ao vê-la no consultório. Lembro-me por muitas vezes a admirava da janela do quarto do hotel que sempre frequentava. Ela não tinha como saber que eu estava a observando, mesmo que por várias vezes, ficasse na janela do consultório ou simplesmente virasse a poltrona em direção da janela. Não. Ela não me conhecia. Passei um ano em anonimato, apenas a observando até que tive coragem de abordá-la no banheiro do restaurante.

 
Eu que fui até a Camila e entreguei o meu cartão. Por tanto, ela não sabia da minha existência. Era absurdo da minha parte, supor que não passava de um uso de Camila.

Camila podia muito bem ter matado a Lorena ou ter mandado alguém matar. Ela não teria chegado tão longe com toda essa história. Teria? Ao não ser se tivesse algum rabo preso com a minha irmã, assim como eu também tinha.

SECRETOnde histórias criam vida. Descubra agora