Trinta e dois

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31 dias se passaram... Ou melhor, dizendo, um mês. E as coisas se apaziguaram. Ao menos, um pouco. A Veronica continuava detida na penitenciária federal e ainda alegava incansavelmente inocência, o seu advogado tentava um habeas corpus, mas por hora, á situação estava difícil para ela, já que o meu advogado levantava todas as barreiras possíveis para isso não acontecer. Por hora, o único que continuava ao lado dela, era o Charles. O marido tonto que gastava rios de dinheiro com as horas extras do advogado. Um imenso idiota, mas um dia, uma hora, eu o tiraria do jogo...

A cidade de Nova York parecia que tinha se acalmado depois dos últimos assassinatos, a imprensa ainda estava em cima da polícia, cobrando o assassino. Porém, a polícia estava com as mãos atadas. Não deram nem um passo para frente, tudo continuava ás cegas. Ninguém sabia de nada, ninguém via nada, e ninguém tinha provas que confirmassem nada. As investigações estavam sem pistas, impossíveis de seguir a diante e sem nenhuma opção, foram obrigados á encerrar alguns casos... O de Halsey e do jovem – que fizeram questão de ressaltar que era usuário de drogas – cujo nome era Tommy informaram que foram por causa de uma cobrança de dívida de drogas, já que encontraram substâncias no organismo de Halsey. Foi um tiro no escuro, eles deduziram, segundo o Mark.

Esses casos, ninguém deu á bola, já que se passava apenas de uma prostituta e um drogado, ao contrário da família rica do Júnior que pressionavam querendo conclusões. Ironicamente, a família de Julieta era de classe média alta e também estava pressionando. Com as perdas dos dados, o Mark estava com á corda no pescoço e sempre tentava despistar ás famílias com desculpas convincentes, mas não era o suficiente. Tudo se tornou impossível depois da morte da perita Carla Torrado. Á coitada teve morte cerebral, os seus órgãos foram doados. Foi uma grande comoção acompanhada de homenagens, e também mais um caso para a polícia resolver sem pistas.

O Mark ficou muito abalado com á morte de Carla Torrado. O observei muito esses dias porque sempre nos encontrávamos em público para conversar. O intuito dos encontros eram á minha curiosidade á cerca de tudo: Das investigações e também sobre á Veronica. Varias vezes, o meu cunhado estava cabisbaixo com enormes olheiras e o aspecto cansado. Ele nutria sentimento oculto pela Carla que nem o mesmo sabia. Uma pena. Isso não me compadecia, mas como eu precisava ainda mantê-lo em meu time, distraia á sua cabeça com pequenas distrações: Sorrisos calorosos e algumas vezes, apaixonados. Olhares insinuantes, toques de mão... Pequenas bobeiras que fazia os olhos do mesmo brilharem consideravelmente. Então, depois das minhas pequenas investidas, ele sempre queria me levar para algum lugar para ficarmos sós, por tanto, eu sempre desviava.

Não por falta de interesse... Eu tinha gostado de foder com o Mark. Mas porque eu sabia que em algum canto, tinha uma Lauren muito ciumenta por aí. Não tinha medo de Lauren, ela conseguia me suprir muito bem... Á questão é que eu gostava de andar no caminho errado, era algo que eu estava querendo manter o foco, por tanto sempre abafava os sintomas do meu corpo, ser uma infiel era fácil demais e até mesmo vicioso. Mas... Eu tinha prometido á Lauren sabia que a mesma ainda não tinha me perdoado completamente, e eu tentava me mostrar um pouco digna.

Falando em Lauren... Estávamos bem. Entre a medida do possível. Ela estava envolvida sobre um assunto de família cujo não queria me informar o que era e ás vezes, sumia. No início, achei que era mentira, que a mesma estava fazendo programas. Tive acesso á sua conta corrente. Como? Hacker. Olhei on-line tudo: O seu saldo, á sua movimentação bancária, transferências, mas ironicamente, nenhum dinheiro entrava, apenas saia. Na maioria das vezes que nos encontrávamos, Lauren estava exausta e falava muito sobre os cotovelos. Tinha me explicado que estava tentando receber uma herança dos seus pais, mas infelizmente, a burocracia estava lhe consumindo o juízo e o tempo. Até tentei ajuda-la, mas á mesma dispensou a minha ajuda informando que estava tudo sob controle. Só era questão de tempo.

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