Mentre ci sono ragioni. 42

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POV LAUREN

Sei que a morte é um caminho em que todos nós teremos que percorrer. Sei também que á “morte” de Camila era bem planejada e mais falsa que nota de três dólares, porém, uma sensação sufocante subiu do meu estômago até a minha garganta, roubando-me o ar quando o médico injetou algumas seringas com líquidos claros na veia de Camila e os seus olhos se fecharam bem no momento.

A bile explodiu em minha boca, obriguei-me a engolir e registrei em meu cérebro que era apenas água destilada, não tinha nenhum medicamento ali que causasse á morte da minha amada. E que se Camila estivesse de olhos fechados e a respiração nula, era por conta do chá de mandrágora.

Ela não estava morta. Disse a mim mesma, mesmo quando o médico leva o estetoscópio ao peito de Camila, depois consulta o pulso e por último, olha para o relógio e pronuncia:

“Hora da morte: 13h15min”. A voz é alta e faz com que um arrepio percorra em minha espinha.

As pessoas comemoram, algumas parecem emocionadas. Mark e Veronica se levantam e se abraçam, comemorando a morte de Camila. Eu não esboço nenhuma reação, continuo com a minha expressão endurecida, tenho certeza que os meus lábios estão firme em apenas uma linha. Os meus olhos fixam em Camila, o seu rosto estava empalecido e os seus lábios roxeados. Isso me preocupa...

“A justiça foi feita!”. Mark grita e me suspende pelos os braços, assustando-me e me abraçando afobado. Apertou-me tanto em si que precisei de alguns segundos para ter qualquer reação. “Nossos irmãos estão vingados”. Ele disse meio emocionado.

A câmera captou esse nosso pequeno momento forçado. Os meus braços estavam soltos, e eu continuava olhando em direção de Camila. Levantei os meus olhos e olhei para o médico no mesmo momento que ele olhou para mim. Fez um sinal imperceptível com a sobrancelha, e eu soube... Estava tudo como planejado.

Suspirei aliviada.

“Sim. Justiça feita”. Respondi ao Mark e soltei-me dele, até porque achava repulsivo o seu contato e também porque alguns agentes estavam empurrando à maca para fora da sala. O plano deveria continuar. “Adeus Mark”. Disse a ele assim que dei um passo para trás.

Ele me olhou.

“Mas você já vai? Achei que iria sei lá”. Ele moveu as mãos. “Comemorar esse acontecimento”. Mesmo mantendo um sorriso nos lábios, os seus olhos não estava com essa felicidade que ele queria demonstrar.

“Não. Eu tenho voo e não quero me atrasar nem um segundo”. Tirei o meu time do campo. Minhas horas eram cronometradas e eu precisava ir até a funerária. “Adeus”. Voltei a repetir, e antes de sair da sala, dei uma rápida olhada para a Veronica. A mesma me encarou e sorriu.

 
Sorri de volta com sarcasmo. Se ela soubesse que Camila está viva não ficaria com toda essa felicidade. Virei-me e sair aos passos apressados, antes de sair da penitenciária, esbarrei por acaso no Luís que também parecia seguir para o mesmo percurso que eu.

“Por favor, diga-me que ela tomou a porcaria do chá”. Pedi com um rápido movimento dos lábios, nesses corredores tinham câmeras de seguranças.

Luís abaixou a cabeça, fingindo que estava procurando alguma coisa no bolso. “Até á ultima gota. Vá buscar a sua garota”.

 
Impossível não me sentir feliz. Era um misto de felicidade com nervosismo. Eu voltaria a ver a Camila. Minha garota, como disse o Luís. Fui invadida por um bom humor. Acenei com a cabeça e sai da penitenciária para o meu carro. Mandei uma mensagem de texto para a Ariel, era de suma importância ficar atenta aos detalhes.

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