Mentre ci sono ragioni. 43

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POV CAMILA

A discussão com Lauren no celular me deixou muito agitada. Minha vontade era de ir até ela, batê-la e depois fodê-la até que a mesma esquecesse o seu nome. Eu estava queimando de ciúmes e de muita raiva, fazia muito tempo que eu não me sentia incomodar por sentimentos. Mas, Lauren como sempre, despertando coisas em mim que me deixava vulnerável. Lembrando-me que ainda tinha um coração batendo dentro do meu peito.

Céus. Eu a amo. Muito. Descontroladamente. Imensuravelmente. E esse amor que me deixava assim, com vontade de metralhar a cabeça da Ariel que ousava estar perto do que era meu.

Não suporto cogitar a hipótese de Lauren se entregando para Ariel. Porém, o meu gênio me impedia de ser coerente. Sendo sincera comigo mesma, coerência e racionalidade eram algo que me faltava um pouco e eu perdia completamente ao se tratar de Lauren.

Depois de dá uma resposta afoita, desliguei com ódio. Joguei o celular no para-brisa sem me importar se era emprestado. O mesmo voou com violência no vidro que trincou.

“Puta que pariu Camila!”. Zayn resmungou, até o dado momento. Ele não tinha aberto a boca para nada, tinha assistido a minha briga infantil com a Lauren em silêncio. “Tenha um pouco de consideração com o meu carro”.

Lancei um olhar mortal para ele.

“Não tenho consideração por humano, imagina por merda de carro”. Retruquei com mau humor.

“Certo”. Zayn ponderou. “Você precisa urgentemente de um tratamento especial antes que destrua o meu carro ou até mesmo, eu”.

Fiquei calada e olhei pela janela. Controlei a minha vontade de tomar o volante e de ir atrás de Lauren. Querendo ou não, eu era vaidosa. Jamais que iria aparecer nesse estado lastimável. Aparecia como uma fénix — renascida das cinzas, só que muito mais gostosa e bela.

O silêncio no carro foi reconfortante. Eu não queria conversar, e o Zayn me conhecia muito bem para tentar puxar assunto e me estressar mais. Ele era o meu irmão mais velho, apenas dois anos. Nossa infância não tinha sido um sonho americano. Cada um para um lado. Mas depois nos reencontramos na adolescência. Bem, éramos irmãos e nos amávamos. Ele se tornou o meu porto seguro, acompanhou minha trajetória por um bom tempo até que... Coisas aconteceram, e o mesmo foi expulso de casa.

Foi uma fase difícil. Tanto para mim, como para ele. Ambos estávamos envolvidos em nossas próprias questões. Perdemos o contato por um tempo até que o reencontrei depois de uns anos de casamento com o Shawn. Eu tinha contrato um detetive para acha-lo. E a forma que o encontrei, foi deprimente.

O meu irmão. O meu porto seguro, estava se prostituindo... Para homens, para mulheres em troca de drogas. Ele estava destruído, o seu corpo que sempre foi muito bonito e musculoso, era apenas ossudo, seu aspecto era horrível... Tinha uma aparência doentia, a pele manchada e pálida. Achei que o mesmo estivesse doente, mas era o efeito colateral das drogas. Não pensei duas vezes em tirá-lo do mundo promiscuo.

Depois de meses de desintoxicação numa clínica de reabilitação, a sua aparência mudou completamente. O seu corpo foi ganhando massa corporal e o seu rosto voltou a ser lindo, como sempre. Depois que tive certeza — e claro de ameaça-lo de morte se voltasse a usar drogas. O tirei da clínica e paguei o curso de detetive.

Zayn sempre teve os sentidos muito aguçados. Ele sempre descobria tudo as outras pessoas quando éramos adolescentes. Tinha talento, precisava ser usado. Dei-lhe uma nova vida. Paguei o seu curso. E nunca cobrei nenhum tostão, até porque sua dívida comigo era paga de outras formas.

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