Mentre ci sono ragioni. 49

277 17 5
                                    

POV CAMILA

Uma aspirina com café preto amargo. Foi o suficiente para fazer a minha cabeça parar de doer. O ferimento do Zayn mesmo não sendo grave, não deixou de ser estressante. A cirurgia foi simples e o mesmo já estava no quarto. Estava o olhando por um bom tempo, esperando a anestesia passar.

Eu estava furiosa com a Lauren! O trato era o seguinte: Eu não mexia com Ariel. Ela não mexia com o Zayn. Mas parece que a mesma tinha burlado o sistema, assim como eu fiz e usou o Thor para conseguir e sair totalmente ilesa.

Era isso que me deixava irritada!

O meu filho estava se mostrando bem malvadinho para a sua idade. É aquele ditado: Filho de peixe, peixinho é. Uma parte de mim, estava muito orgulhosa por saber que o Thor seria brilhante futuramente. Provavelmente, seguiria os meus passos ou seria até mesmo melhor que eu. Mas isso não significa que eu o queria tramando contra mim. Era até um absurdo!

Com toda certeza do mundo que as coisas não ficariam assim. Uma guerra se iniciou. Quem seria dos nossos bichinhos de estimação que iriam morrer primeiro? Zayn ou Ariel?

 
Eu deveria ter mais tato com o Zayn. Ele é o meu irmão... Mas, estaria sendo hipócrita se dissesse que esse joguinho que tinha se iniciado com a Lauren não estivesse me excitando, porque eu ficava com uma enorme vontade de matar. Depois que assassinei o Mark, não tinha matado mais ninguém e querendo ou não, isso se torna um hábito, um ciclo vicioso.

 
O meu celular vibrou.

Diverti-me com as mensagens de Lauren. Fiz questão de ignorá-la porque sabia que ela detestava. O seu pequeno surto me fez rir gostosamente. Respondi friamente, mas no fundo, estava pegando fogo. O meu desejo era que ela viesse mesmo atrás de mim e me arrastasse pelos cabelos.

 
“O que é tão engraçado?”. A voz muito grossa do Zayn me fez erguer os olhos. Ele estava um pouco grogue, mas me olhava fixamente.

 
“Nada demais, apenas Lauren sendo a Lauren”. Dei de ombros, e guardei o meu celular na bolsa. Ele tinha torcido a boca quando falei o nome dela. “Como você se sente?”.

 
“Como acha que me sinto depois de ter levado uma flechada?”. Perguntou-me com mal humor. Levou a mão na direção da flechada e fez uma caretinha quando tocou por cima da cirurgia. “O que vai fazer em relação à Lauren?”.

 
“Nada”. Respondi achando graça. “Quem lhe deu a flechada não foi a Lauren e sim, o Thor”. Dei de ombros.

“Que seja Lauren ou Thor, mas sabemos muito bem que ele foi influenciado por ela”. Zayn disse o óbvio. “Faça alguma coisa, isso não pode ficar assim”.

“Eu não vou fazer nada, foi um acidente”. Dei de ombros e me encostei na poltrona. As minhas costas estava começando a incomodar. Eu não passaria a noite no hospital, era só o tempo de Lauren vir me buscar, a conhecendo da forma que eu conhecia, não iria demorar muito.

“Como não vai fazer? Eu poderia ter morrido!”. Gritou, mas fez uma caretinha de dor pelo esforço. “Droga!”.

“Supere isso, Zayn. O máximo que irei fazer quando chegar em casa é conversar com os dois. Mas como eu disse, foi um acidente”. Batuquei as unhas na poltrona, ignorando o olhar fulminante do meu irmão.

 
“Quem diria a minha própria família contra mim”. Resmungou, olhando para o teto. “Minha única irmã, o meu único sobrinho...”. Então, se calou, dando-se conta de uma coisa. Olhou-me novamente. “Espera, antes de eu ser flechado, me recordo que você me disse que a Graziela era a sua filha? Que história é essa, Camila?”.

SECRETOnde histórias criam vida. Descubra agora