ROBERTO

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Estou sentado em um banco de madeira que fica no jardim do internato lendo um livro que fala sobre o avanço da tecnologia, quando  vejo Camilla passar na minha frente. Percebo que ela não notou minha presença.

Chamo por ela, mas  não me ouve. Tento alcança lá e consigo, pego delicadamente o seu pulso esquerdo assim a fazendo virar para mim. Ela leva um susto, mas depois fica aliviada e sorrir para mim.

Noto em seu pulso uma pulseira que é a cara de Camilla, tem muitos pingentes de sóis e contém seu nome gravado em uma parte da pulseira.

— Camilla Sol? Perguntei confuso.

— Sim. Corrigindo é Camilla Sol Medeiros. — é o nome da minha mãe. Diz Camilla tristonha.

— Sua mãe? Pergunto mais confuso do que estava antes.

Milla se afasta de mim para sentar se no banco ao qual me encontrava antes me junto a ela

— O nome da minha mãe é Maria Sol. Ro eu sou adotada. Diz ainda mais tristonha.

— Quer fala sobre isso? Pergunto delicadamente. Pego uma de suas mãos para reconforta lá.

— Bem a história é longa. Diz rindo mais seu riso é triste.

— Minha mãe Maria Sol foi muito amiga da minha mãe Elisa, elas faziam projeto social juntas, pois Elisa sempre foi muito envolvida em projetos sociais desde de jovem.

— Quando elas se conheceram Elisa já estava gravida de Beatriz e minha mãe Maria Sol estava gravida de mim, entre elas o tempo de gravidez era pouco. Minha mãe vivia dizendo que não suportaria me dar à luz, ela estava muito doente. — Acho que já sabia que morreria, ela pediu para que Elisa me adotasse como filha, pois não tinha nenhuma família. —Beatriz nasceu primeiro, os médicos diziam para minha mãe que depois que eu nascesse ela não sobreviveria, ela estava muito frágil. Três dias depois do meu nascimento ela faleceu. Diz Camilla angustiada.

— Graças a minha mãe Elisa tenho uma boa vida. Não sei muito sobre o meu pai, a única coisa que sei é que a maior parte do sofrimento da minha mãe foi culpa dele. — Elisa criou uma ONG que se chama o sol de amanhã em homenagem a minha mãe.

— Sabe Ro tem dias que é muito difícil prosseguir sem ela. Diz com lágrimas no rosto.

Me aproximo dela e lhe dou um abraço caloroso, afago seus cabelos e digo que tudo vai ficar bem. Ficamos um tempo assim, até ela se afastar do meu abraço e baixar a cabeça envergonhada.

Levanto seu rosto delicadamente para que possa olhar para mim.

— Desculpa Ro. Diz envergonhada.

— Sem problemas  Sol. Digo com doçura. E afagando seus cabelos loiros.

Ela cora e me dá um sorriso que mostra suas covinhas. Isso me encanta muito.

— Sol a sua história é linda. — Eu quero que todos os seus dias sejam brilhantes.

Pego sua mão e lhe dou um beijo na palma.

A história de Camilla me encantou, não sei o que está acontecendo comigo, mas sei de uma coisa não quero me afastar desta garota. 

Quando nos encontramos ( Livro #1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora