Quando nos encontramos ( Livro #1 )

NICHOLAS II

—Acordaa criatura!!! Berra Roberto no meu ouvindo. —O que? Pergunto sonolento e confuso. — Estamos atrasando. Avisa Roberto apontando para o relógio em cima na mesa de estudos. Solto um palavrão ao notar que realmente estou atrasado. Me arrumo rápido e lembro que hoje começo a estudar no segundo ano. Depois do café da manhã nos três seguimos andando lado a lado pelo corredor do segundo ano, isso me faz me lembrar do ano passado.

—Aaa é o NBR esta de volta mesmo!!! Gritam histericamente algumas garotas no corredor enquanto a gente anda na direção da sala. —Oi Nick. Diz sedutora a garota loira passando a mão no meu bíceps. Tiro sua mão de cima com grosseria. —Vou deixar claro garota eu namoro e não faça isso novamente. Digo olhando nos seus olhos. Ela sai bufando alto para a sua sala.

—E aí caras. Diz nos cumprimentando Gael junto com Alex e Max. São alguns amigos nossos do ano passado, andávamos juntos as vezes. — É verdade mesmo os dois estão no segundo ano? Pergunta Max. —Não está nos vendo aqui. Responde Roberto com grosseria. —Sim amigão eles estão de volta. Responde Bruno a eles.

Me sinto estranho estar aqui, sinto que está faltando algo...

—As meninas. Digo pensativo. —O que tem elas? Pergunta Roberto. —Quem são essas meninas? Pergunta Alex. — Elas são gostosas? Pergunta Gael maliciosamente.

—São as namoradas do Roberto e Nick. Responde Bruno. Os meninos riem disso como se fosse uma piada. —Pelo menos elas são gostosas? Pergunta novamente Gael.

Roberto dá um leve tapa nas costas de Gael e o encara com raiva. Gael deu conta do recado.

Sabia que tinha algo de estranho, no café da manhã elas não apareceram o que deu espaço para outras pessoas se sentarem na mesa conosco.

—Vou procurar pela Milla. Diz Roberto já indo a procura dela. —Bruno guarda um lugar para mim no fundo da sala, volto antes do sinal soar, tenho que ver a Bia.

Enquanto corro pelos corredores a procura dela envio mensagens perguntando a onde está. Sinto um pressentimento ruim sobre o sumiço da Bia. Já passei em todos lugares possíveis que a Beatriz poderia estar e não a vi em nenhum deles.

Pensa Nick... O único lugar que poderia estar é no laboratório de Química, pois seria a duas primeiras aulas do dia. Corro indo em direção ao laboratório.

Quando chego no laboratório, acho estranho não ter alunos lá dentro. Sei que ainda não soou o sinal mais muitos alunos chegam antes para garantir lugar. Ando um pouco até chegar perto da janela que fica próxima a porta para dar uma olhada. Fico paralisado com que vejo.

Isso não pode estar acontecendo o professor de química... o corpo do professor está empresando no da Bia a alisando onde é possível enquanto ela tenta apagar a lousa.

—Que porra é essa? Entro gritando agitado. Vou na direção do professor e o esmurro. Bia solta de susto, olho para ela e vejo que está muito abalada. — Você é um educador e não deveria ficar alisando suas alunas seu cretino. Digo enfurecido. — Do que está falando? Só estou ajudando-a apagar a parte que não alcançou da lousa. Responde o professor cinicamente para nós.

—Eu vi tudo não adianta negar, vamos Bia. Digo pegado na mão dela e a tirando dali o mais rápido possível.

Estamos andando para a diretoria quando...

Beatriz solta minha mão e se ajoelha aos prantos. Eu ajoelho ao lado dela a consolando.

— Flor, ficará tudo bem. Digo afagando seus cabelos com carinho. — Estou aqui com você, não tenha medo, já passou, ele não ficará impune. 

Bia está trêmula, estou ficando preocupado, não sei o que fazer. —Nick, por favor me abrace. Diz com a voz embargada, por causa do choro. Faço o que me manda, porém ela continua trêmula e chorando em silêncio. Ficamos um tempo assim, até se acalmar, o que eu mais quero é procurar pelo professor e dar uma surra nele por ser um cretino, como pode agir dessa forma com uma estudante? 

— Nick, obrigada. Diz pegando na minha mão cabisbaixa. Doou um beijo carinhoso na sua testa.

— Podemos  ir agora na diretoria? Pergunto inseguro. Não sei se ela está, preparada para se abrir, mas não custa nada tentar. Bia me olha com tristeza  e meneia confirmado com um sorriso triste.