AMANDA

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Minha noite foi péssima não dormi de preocupação com medo das fotos serem vazadas, o plano de Suzi foi golpe baixo. Bia e eu sofríamos de complexo de inferioridade quando éramos crianças até os 13 anos de idade, Milla por outro lado sempre se aceitou seu eu natural. Como eu morei por muito tempo no litoral, temos muitas fotos juntas na praia na época que sofríamos de autoestima baixa. Bia já era amiga de Suzi, em alguns fins de semana minhas primas vinham para minha casa para passar o fim de semana e Suzi vinha junto as vezes, minha mãe adorava tirar fotos nossas, mesmo a gente não gostando de tirar fotos, éramos obrigadas.

Beatriz e eu nos achamos muito feia e sem graça, por fora sorrimos muito, mas por dentro estávamos como cacos de vidros. Nos duas começamos a fazer tratamento psicológico, antes que se desenvolvesse a depressão precoce. Aos poucos fomos melhorando, Bia teve uma melhora surpreendente e se tornou essa pessoa maravilhosa que é.

Eu fiz o tratamento e fiquei melhor, mas meu trauma era grande, pois sofri tantas ofensas sobre meu corpo gordinho na infância que estava difícil de superar. As pessoas diziam que era uma pena o meu rosto ser tão bonito e meu corpo ser uma bola gigante. Tantas ofensas me fizeram me tornar uma pessoa introvertida, por muito tempo fiz regimes absurdos para chegar a um corpo magro, minha mãe me aconselhava a parar com isso e que eu era linda o suficiente, mas nunca dei ouvidos. Fique muito doente por causa dos regimes rigorosos que fazia. E novamente comecei a fazer tratamento e com a minha família do meu lado me apoiando eu consegui passa desta fase.

O meu objetivo agora é me privar de pessoas toxicas na minha vida. Então tudo que der para fazer sozinha, seja na escola ou fora eu opto por fazer sozinha. Tenho sérios problemas em fazer amizade hoje em dia, tenho medo de não ser aceita pelos meus amigos. Na minha vida atual aceitei meu corpo violão, superei as ofensas que passei na infância, mas tem momentos que volto atrás.

Voltando a falar do plano de Suzi, é publicar nas redes sociais fotos nossas na praia, de quando sofríamos de baixa autoestima e o obvio que cortaria ela mesma da foto, o objetivo de Suzi é machucar Bia, pois sabe muito bem que Beatriz não suporta que mexam com as pessoas que ela ama.

Suzi sabe muito bem que foi uma fase muito difícil para nós duas, mas para ela o que importa é machucar os outros por cima de sua própria dor.

—Aqui está você! Grita Camilla entrando no quarto.

— Que susto garota. Pego o travesseiro da minha cama e jogo nela. — Voltou por quê? Pergunto e volto para penteadeira.

— Para levar você desde cedo está encarando o espelho pensativa. Diz Milla

— É? nem tinha percebido. Pego as minhas coisas e me levanto, e me ajunto a Cami.

Camilla me para, diz com firmeza.

— Nanda, não importa o que aconteça estaremos juntas nessa. Milla me abraça e saímos do quarto.

Minha primeira aula é artes, o meu maior talento é o desenho sou muito boa nisso. Estou sentada na sala de aula desenhando pássaros saindo de gaiolas. Quando na sala entra três pessoas dando altas risadas, eu reconheço uma delas, é a do Bruno. Sinto ele passar por mim me olhando, tento fingir que estou concentrada no desenho, mas não acho que deu muito certo.

Escuto Bruno pedindo a seus amigos para dar uma saída, ele anda na minha direção e pega a cadeira do meu lado, arrasta a cadeira para ficar mais próximo de mim.

— Amanda a Bia me contou tudo. Diz com voz passiva.

— Contou o que? Pergunto. — Sobre o que aconteceu ontem e o plano da Suzi. Diz com a voz calma e olhando nos meus olhos.

— Eu não queria me envolver, mas não resistir loirinha eu quero te ajudar. Diz Bruno e me lança uma piscada.

— Valeu não precisa, já que não quer se envolver, então não se meta. Digo sendo direita.

— Sabia que não seria fácil. Diz e lança um sorriso de aquecer o coração. Mas o encanto acaba quando a paquera de Bruno chega.

— Gatinho! Diz dengosa. Abraça ele pelo pescoço e tenta dá um beijo nele, mas Bruno se esquiva dela.

— Bom deixarei vocês a sós. Me levanto mais Bruno pega na minha mão me fazendo para e olhar para ele.

— Loirinha não irei desistir tão facilmente. Me lança um olhar provocador e depois solta minha mão se levanta e sai junto com sua paquera.

Neste momento quero é matar a Beatriz boca grande fica contando as coisas alheias para os outros urgh que saco. Essa garota morre hoje! 

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Quando nos encontramos ( Livro #1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora