Quando nos encontramos ( Livro #1 )

BEATRIZ

Todos os dias muitas mulheres são assediadas de diversas formas e eu nunca pensei que um dia seria e muito menos dessa forma. Tudo ocorreu de forma rápida, estava como sempre na sala aguardando os alunos chegar e a aula dar início. Quando o professor me pediu para apagar a lousa então fui de bom grado e comecei apagar a lousa, mas sentia que o professor estava me olhando de forma lasciva.

Faltava só uma parte da lousa que precisava ser apagada e nesse momento ele se levantou ficou por trás de mim e começou a alisar meu braço e foi descendo e alisando outras partes do meu corpo. Na hora eu gelei foi tudo tão rápido, Nick entrando dando o soco no professor, me tirando ás pressas de lá e não tive tempo de analisar o ocorrido.

Quando a ficha caiu entrei em estado de colapso, porque assedio é coisa séria e nesse momento se passaram tantas coisas na minha cabeça, o que teria acontecido se Nick não tivesse chegando a tempo? Parada no corredor com Nick ao meu lado me consolado foi o que me ajudou a amenizar o estado que fiquei e ir para a diretoria relatar o ocorrido.

Meus pais foram chamados para a reunião de urgência que foi marcada, estavam presentes todos do conselho do internato, psicólogas, conselho da educação da cidade e a polícia. Relatei ocorrido para eles e disse que talvez tivesse mais meninas do internato que foram assediadas pelo o professor.

Enquanto dava meu depoimento foi difícil de conter as lagrimas e pensar que muitas garotas passaram por essa situação e nunca tiveram a coragem de contar .Só tomei coragem por dois motivos. Primeiro Nick me tirou de lá e se ele não tivesse me socorrido não contaria o que o professor tinha feito comigo. Segundo Nick me encorajou a dizer antes de irmos para a diretoria.

Nick também deu seu depoimento à polícia e eles asseguram que o professor será julgado pelo ministério da educação. Quando tiverem depoimentos das outras vítimas, pois algumas fizeram um boletim anônimo contra ele e os policiais tentaram entrar em contato com essas vítimas. O professor ficará preso numa prisão provisória até o dia do julgamento.

Agora eu tenho que ir duas vezes por semana por dois meses conversar com a psicóloga do internato, para não ter problemas psicológicos. Assegurei aos meus pais que ficarei bem, eles não queriam que eu ficasse aqui, mas os convenci disse que não deixaria Milla sozinha o que é verdade e se tivesse muito difícil de ficar aqui depois do que eu passei não pensaria duas vezes e voltaria para casa.

Agora deitada na minha cama o que foi difícil, pois ninguém quis me deixar sozinha. Tento pensar em uma maneira de outras garotas também denunciarem o assédio feito pelo o professor ou qualquer outra pessoa.