BRUNO

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QUE?? Ela disse que vai dormir no meu apartamento, isso é golpe baixo.

Olho para ela sem acreditar no que acabou de falar.

—Vamos o nosso carro já chegou. Diz apontado para o carro em nossa frente. —Nanda. A chamo antes que entre no carro. — O que foi? Responde antes de puxar a maçaneta do carro.

—Tem certeza de que quer isso? Pergunto seguro. —É claro. Responde sorrindo. Nanda tira cochilo no meu ombro direito agarradinho em mim enquanto estamos no carro indo para meu apartamento.

Hoje foi difícil de manter o controle, queria estar o tempo todo a consolando, não gosto de ver ela vulnerável, porém perdi a vontade quando a vi com aquele enfermeiro trocando flertes na minha frente fiquei magoado e não sei o porquê? Quando chegamos na rua tento acordá-la, no entanto, não deu certo Amanda tem um sono pesado. Depois de uns minutos Nanda acorda com semblante cansada, pois passou um dia em tanto. Pago pela viajem e entramos na portaria e seguimos para o saguão esperar o elevador.

—Não tem problema de você dormir aqui? Pergunto duvidoso. —Não quero ficar sozinha em casa e minha mãe não precisa ficar sabendo, não é? Diz se divertindo. A porta do elevador se abre deixo Nanda ir primeiro aperto o botão do decimo terceiro andar.

—Só poderei ver meu pai amanhã a tarde depois das aulas, ou seja, temos que acordar cedo para voltamos para o internato. Diz revirando os olhos. Rio com isso. — Sabe loirinha que você tem o sono muito pesado? Digo caçoando dela. —Não tenho é porque estou muito cansada. Retruca se defendendo. Amanda bufa indignada. —Está bem amanhã veremos. Digo para provocá-la e ela me lança um olhar que comprovará o contrário.

O elevador abre no meu andar e seguimos para meu apartamento.

Quando Nanda entra fica maravilhada com organização do meu apartamento. Sorrio em ver ela assim depois do que passou hoje.

—Uaaah não esperava que fosse organizado. Diz surpresa. — Que tal tomar banho agora e depois jantamos? Sugiro a ela. —Pode ser... mas ... hum... tem como me emprestar alguma roupa sua? Pergunta envergonhada. — Não se preocupe vou separar. Fique à vontade. Digo indo para meu quarto vê o que Nanda pode usar. Quando volto com as roupas que separei para ela, vejo que esta entretida no meu escritório barra sala de estar mexendo em algumas coisas em cima da mesa.

—Aqui está Nanda. Digo rouco. O que a faz se assustar como se estivesse vendo ou fazendo algo errado. — Ah obrigada Bruno. agradece sem graça. —O que estava fazendo? Pergunto curioso. — Só olhando seus trabalhos. Diz encostando se na mesa. —Muito obrigado Bruno por hoje, não sei o que faria sem você, me ajudou muito hoje, obrigada por ter estado ao meu lado. Diz com ternura e com muita emoção na voz. A puxo para um abraço caloroso. —Que tal você tomar um banho? Sugiro ainda a abraçando. —Estou fendendo? Pergunta cabulada.

Nego com a cabeça. —Estou brincando com você loirinha. Respondo rindo.

Amanda está no banho o que me deixa nervoso. Não paro de pensar nela no meu quarto, na minha cama...

—Bruno terminei. Diz saindo do banho com o cabelo feito um coque e com minha camiseta branca que ficou muito bem nela. —O que vamos comer? Pergunta se sentado ao meu lado no sofá. O cheiro de banho recém tomando invade os meus sentidos.

Essa garota mexe muito comigo.

—O que gostaria de comer? Pergunto focando do aplicativo de delivery. —Eu gosto de qualquer coisa. Responde pegando seu celular que está em cima da mesa de centro.

Ok o que é qualquer coisa para a Nanda?

—Vou tomar banho, você pede. Entrego meu celular para ela. Vou para o quarto pegar minha roupa de dormir, geralmente eu só durmo de cueca, mas como Nanda está aqui tenho que ser respeitoso.

Pera? Eu deixei o meu celular com ela? Realmente isso é um sinal. Ninguém pega no meu celular. Acho que enlouqueci de amor só pode. Estou vestindo minha roupa no banheiro quando ouço Nanda conversar com alguém. Bom acho que é com as meninas.

—Hoje vou dormir no apartamento do Bruno. Pelo jeito que disse a imagino sorrindo com o que disse. —Vocês imaginam que aqui é organizado? Rio com isso. —Sabe o que está me incomodando? Pergunta para elas no telefone. —Queria saber se... ele já trouxe outras garotas aqui?

Abro a porta do banheiro e saio. Amanda leva um susto e olha para mim assustada.

—Você é a primeira. Respondo passando a toalha no meu cabelo. Os lábios de Nanda se curvam em um sorriso largo e logo em seguida encerra a ligação com as meninas.

—Pedi pizza, pode ser? Diz mostrando meu celular, —Ah relaxa está bem? Só fiz o pedido, não olhei nada. Diz se defendendo. Pego me celular de sua mão e me sento ao seu lado e ligo a Tv.

Meia hora depois a pizza chega Amanda e eu arrumamos a mesa para comermos confortavelmente. —Duas pizzas? Pergunto. — Sim, pode não parecer mais só uma não me enche. Diz cortando um pedaço de pizza colocando no seu prato. —Prefere suco ou refrigerante? Pergunto com a porta da geladeira aberta para pegar o que escolher. —Refrigerante, por favor. Responde com a boca cheia. Rio desse lado descontraído dela.

—Por que estava bravo comigo no hospital? Pergunta sem olhar para mim, bebendo seu refrigerante. —Bravo, eu? Faço de desentendido. —Claro que estava ficou assim depois que eu conversei com aquele residente. Aliás estou achando que ficou com ciúmes. Diz com seu tom zombeteiro e me provocando.

Certo não gostei. Porém não admitirei isso.

—Por que ficaria? Respondo com indiferença. Amanda bufa acho que não gostou.

Depois que comermos, lavamos a louça como um casal recém casados a diferença é que Nanda não trocou nenhuma palavra comigo. Mostro para ela o quarto de visitas é onde iria dormir nesta noite. Estou na minha cama refletindo sobre o que sinto sobre a garota que está do outro lado do corredor. Por que a deixei dormir aqui? Sua presença está me matando e já é quase de madrugada, gostaria de saber se estar dormindo. Porque o sono hoje não vem me visitar.

TOC... TOC...

—Bruno está dormindo? Pergunta baixo. —Não. Respondo rouco. — Posso entrar? Pergunta. — Venha cá loirinha. Respondo tentado soar calmo. Arrumo minha postura na cama. Mentira sinto minha pulsação rápida. O que está acontecendo?

Amanda entra e se senta próximo a mim na cama. Noto que esta inquieta parece que quer dizer algo. Meu coração acelera mais do que antes, tenho medo de que ouça os meus batimentos acelerados.

—Bruno eu preciso perguntar isso, senão conseguirei dormir direito. —Você sente alguma coisa por mim? Pergunta olhando nos meus olhos ferozmente.

Essa pergunta me pegou. Trocamos olhares que nos dão a resposta, porém não é o suficiente.

Me aproximo mais dela, não sei o que estou fazendo, deixo meus sentimentos tomarem conta de mim. Agarro Nanda pela cintura e passo delicadamente a mão em seu rosto trazendo para mais perto do meu, noto seu olhar cair para meus lábios sem perder tempo ela me beija. Primeiro seu beijo é desesperado mais cheio de amor. Nanda fica de joelhos na cama e fico na mesma postura, agarro seu corpo para ficar mais colado ao meu, sem perder tempo ela entrelaça suas pernas no meu corpo, isso me deixa mais faminto e enlouquecido, paro de beija-la e a olho com muito desejo e percebo que também está sentido o mesmo, pois me olha da mesma forma.

Delicadamente deito ela na cama para que eu possa desfrutar melhor, Nanda colocar seus braços cruzados no meu pescoço, assim me fazendo fica mais perto e me beija com muito mais fervor. Amanda pega na barra da minha camiseta tentando tira-la, não isso não está certo, caio na real, não posso fazer isso com ela. Me levanto de cima dela rapidamente.

Coloco as mãos na cabeça.

O que estou fazendo?

—Então é isso, quer dizer que meu sentimento não é recíproco? Diz magoada e como os olhos cheios de lagrimas. — Obrigada Bruno. Diz se levantando e saindo do meu quarto.

—DROGAA?!!!!!! Soco o travesseiro com raiva. O que eu fiz? Legal Bruno parabéns magoou a garota que você gosta. Pelo visto a noite será péssima e muito longa.

Quando nos encontramos ( Livro #1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora