Me aproximo da porta de entrada da mansão com um sorriso triunfante. Minha mente escolhe ignorar todos os barulhos existentes-Balas, Gritos, gemidos de dor e bombas. -A vizinhança do desgraçado vai ficar furiosa.Meto o pé na porta de vidro fazendo a mesma se esbagaçar. Dentro da casa tudo está silencioso. A sala está parcialmente escura. Caminho lentamente com meu fuzil preparado para atirar. Entro na cozinha correndo os olhos por todos os cantos.
Vejo a ponta de uma sapatilha aparecendo por trás do balcão de mármore. Sem fazer barulho puxo a mulher pelos cabelos e arrasto.
-Por favor! Não faz nada comigo! Eu tenho uma família para sustentar senhor... -Súplica chorando. Sorrio de lado e ergo uma sobrancelha.
-Onde está o seu chefe vadia? -Rosno encostando a mulher jovem na bancada.
-Eu... Eu não sei! -Gagueja chorando. Furioso dou um tapa em seu rosto que faz a mesma cair no chão.
-CADÊ ELE? DIGA LOGO SUA PUTA! -Grito e um tiro passa zubindo no meu ouvido e atingir a porta de vidro da varanda, o vidro se espalha em cacos por toda a cozinha.
-Não se atreva a tocar na minha ajudante seu miserável! -Olho pelo canto do olho vendo o viadinho segurar uma submetralhadora.
Levanto a mulher pelo pescoço. Apertando até ela ficar sem ar.
-Eu mandei você soltar ela!-Grita e vem na minha direção me atingindo com a base da arma. Me sentindo grogue solto o pescoço da mulher. -Corre Cinthia! Se esconde! -Passo a mão na base da orelha quando sinto o sangue brotar.
Aproveitando a distração do Eduardo eu lhe acerto um soco no queixo e uma joelhada no estômago. Ele cai em meio aos cacos. Pego um dos cacos de vidro no chão.
-Levanta seu viado, e lute como homem. -Digo.-Eu vou matar você, mas não precisa ter medo, eu não vou atirar na sua cabeça para não estragar seu velório, você vai se arrepender por ter me feito de palhaço na frente de todos. -Gargalho.
Vejo seus olhos mudarem de cor. Levanta-se. Tira o pó de vidro e eu o chamo com a mão.
-Eu sou um Santoro, ninguém está acima de mim, e eu, só temo a Deus e mais ninguém! -Limpa o sangue da boca.
-Vem seu filho da puta, vou te ensinar a ser homem! -Com as mãos em punhos ele se aproxima. Tento golpea-lo porém ele se abaixa me deixando furioso. Quando se levanta acerta um chute na minha mão. O caco de vidro cai cortando minha pele. Rosno.
Vejo ele chutar meu fuzil para longe.
Sorri Me deixando ainda mais furioso. Tento acertar outro soco mas ele desvia. Me dá uma rasteira e eu caio batendo a cabeça no chão.
-Belo jeito de ensinar a ser homem Montalverne... -Trinco o maxilar de ódio. Ele vai morrer!
***
*Eduardo:
Levanto Daniel pela camisa e jogo com toda a minha força em cima da minha mesa de vidro. Tadinha não merecia ser quebrada desse jeito.
Sem me preocupar com os cacos eu pulo em cima do seu corpo e começo a diferir socos. Ele solta sua mão e me dá um soco na boca do estômago.
Em um momento de fragilidade ele se levanta, e então quem começa a apanhar sou eu.
Na minha cabeça passa um filme de quantas vezes eu treinei para um momento como esse. A voz do meu pai dizendo os ensinamentos da máfia, está presente como um eterno replay. Vejo o rosto de Alexia sorrindo e depois a cena do acidente quando o socorrista fazia massagem cardíaca na mesma. Um ódio descomunal surge dentro de mim e como se eu tivesse ganhado a força de 10 homens eu me levanto com Daniel e tudo.
Jogo seu corpo no chão. Ele se levanta rapidamente, mas eu acerto um chute na altura do seu peito. -Nunca achei que usaria capoeira desse jeito-Acerto outro chute na base do seu queixo e para nocautea-lo, giro e com toda a minha força chuto o pé da sua orelha. Ele cai apagado.
Corro até a varanda.
-Fernando! -Grito. Ele aparece correndo segundos depois. Para no meio do caminho e me olha assustado.
-Não! -Sinto uma Mão no meu pescoço e o cano de uma arma sendo encostada na minha tempora.
-Te peguei!-Engulo em seco. Tento me soltar. -Nenhuma gracinha ou você morre!
Fernando se aproxima lentamente enquanto eu sou arrastado para a cozinha novamente.
-Solta ele Daniel, suas contas são comigo!-O delegado fala.
-Minhas contas são com os dois! Você roubou minha ruiva!-Esfrega o cano da arma na minha cabeça. -Você vai pagar caro por ter tirado minha mulher de mim! É sua culpa! Tudo sua culpa!-Diz totalmente descontrolado e tremendo- Ela vai morrer por sua culpa seu viado! Todo mundo vai morrer por sua culpa! -Gargalha. -Eu vou adorar assistir o enterro de cada um de vocês. -Esfrega a arma mais forte na minha tempora. -Segura na mão de Deus... -arma o gatilho. Ele enlouqueceu.
-Não Daniel! Não faz isso! -Fernando pede.
-Segura na mão de Deus... -Aperta meu pescoço ainda mais. Pelo reflexo de uma parte da geladeira vejo um cara de preto se aproximar por trás de Daniel. Olho para Fernando e ele me diz com o olhar que vai ficar tudo bem. Fecho meus olhos. -Segura na mão de Deus e vai... -Cantarola e um barulho de tiro é ouvido.
***
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O Príncipe Do Tráfico
Ficção Adolescente-O alemão é meu! E ninguém vai ser capaz de tira-lo de mim! +18 escrito por uma -18, contraditório não? Capa: @atelieCGS