Capítulo 24 (Revisado)

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E pessoal! Com a quarentena tenho mais tempo para escrever para vocês rsrs, entao estou eu novamente. Capítulo de hoje é na visão de Eduardo, espero que se apaixonem pelo bonitão Assim como eu estou! E a música de hoje é em homenagem ao nosso possível casal!

*Eduardo:

Paralisado.

É o estado em que eu fico quando a vejo pela primeira vez. Ela estava lá, completamente vulnerável, tão assustada... Mesmo sem a conhecer senti uma vontade incontrolável de cuidar dela. Tira-la daquele pesadelo, justamente por isso fiz aquilo tudo para protege-la.

Desde então não consigo tira-la da cabeça. Seu cheiro, seu abraço, seu sorriso... A forma como seus olhos conseguem enxergar minha alma...

E agora ver ela diante de mim, sorrindo para mim, me desarmou completamente.

—Você de novo? –Digo passando a mão pelo cabelo, mania que tenho desde muito pequeno.

—Virei sua fã, não tenho mais o que fazer. A não ser apreciar o seu trabalho. –Diz com tom de brincadeira

—Obrigado por ter gostado... –Dou um meio sorriso disfarçando a timidez —Quer comer alguma coisa? –Vendo que ela está  titubeante continuo. —Eu não tenho dinheiro na quantia do seu marido mas eu tenho meus trocados...

—Não... não precisa. —Ela cruza os braços na tentativa de conter sua timidez, mal sabe ela que suas bochechas coradas a entrega—Eu só preciso de alguém pra conversar... você tem um minuto?

—Claro!–Digo surpreso. —Vamos tem um parque ótimo por aqui.

****

—Como você veio parar aqui? –Ela pergunta. Escoro minhas costas na enorme árvore. Estamos sentados na grama, apenas olhando o vai e vem das pessoas.

—Um sonho. –Começo e olho para ela para ter certeza que me escutava. —Sai do interior da Paraíba pra lutar pelo meu sonho de ser músico... Eu ganhei uma bolsa para ter aula na XMusic, a maior empresa caça talentos do Brasil. Eu tentei no Rio, mas, a única que tinha vaga era aqui em Porto Alegre. –Suspiro lembrando da frustração. —Só que quando eu cheguei aqui eu tive que me virar pra pagar aluguel essas coisas, então consegui arrumar o emprego no cinema. Porém eu comecei a chegar atrasado e tudo mais. desfecho da história fui reprovado por faltas e não pude voltar para casa pois não tenho dinheiro.

—Você toca na rua desde então?–Pergunta e eu assinto.

—Tenho a esperança de encontrar com o René Xavier, dono da XMusic e poder mostrar meu talento.

—Você toca apenas violão?

—Não...–Sorrio. —Violão, cavaquinho, guitarra, baixo, Sanfona, piano e pifano.—Ela me encara de boca aberta. —Mais e você? Como veio parar em Porto Alegre?

—Faculdade de Medicina. –Ela sorri para mim e sinto uma espécie de facada em meu peito. Me pergunto se ela tem ideia do quanto é linda.

—Ah estou diante de uma doutora?–Ela gargalha.

—Nada tão impressionante como seu dom. –A neve fininha começa a cair lentamente em flocos. O parque já não está mais tão movimentado quanto minutos atrás. —Acho melhor ir para casa, vai cair uma geada muito pesada a moça do tempo falou.  –Acho que ficou perceptível minha cara triste tanto que ela fala: —Todos os dias você toca no mesmo lugar? –Assinto. —Então amanhã virei assistir seu mini show novamente.

Ela se despede de mim e quando já está em uma distância considerável meu lado bom senso vem a tona. Corro até ela que para ao escutar meu chamado.

—Eu te levo em casa, –Digo meio ofegante. —É perigoso andar por aí sozinha essa hora da noite, está ficando tarde...

—É melhor você também ir para casa, já está frio. –Sorrio triste sem querer dizer minha situação. —O que houve?

—Não é nada...

—Eduardo... –Me repreende e a neve começa a aumentar.

—Eu fui despejado, não tenho onde ficar, estou na rua. –Ela me olha surpresa.

—Ok, então aceito sua compania até em casa.

***

—Você poderia dormir aqui por hoje, está nevando Eduardo.–Débora Diz. Bebo mais um gole do meu café e dou de ombros.

—Não é a primeira vez que dormirei na rua, estou acostumado. –Me levanto da cadeira. —Obrigado pelo café e pelo convite mas não posso aceitar, vocês mal me conhecem, podem até imaginar que se eu aceitar farei alguma coisa de ruim com as duas.

—Você me salvou, por favor deixe-me retribuir com alguma coisa... –Alexia pede.

Relutante aceito o oferecido com a condição que eu iria embora assim que amanhecesse e que arrumaria um lugar para ficar o mais rápido possível.

***

O Príncipe Do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora