Capítulo 7

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Ellen

Eu preciso parar de falar as coisas, por que isso leva contra mim e faço o contrário depois, odeio isso.

Era pra mim ter ficado com o Yuri? Não, mas não resisti. Porra, se coloquem no meu lugar: bigodinho fininho, magrinho, tem uma lábia boa e sabe conversa, eu vou fazer o que? Beijar!

Bruno: Hum, voltou da ficada de mãos dadas, dona Ellen! _Diz me zombando assim que entramos no carro._

Ellen: Que ficada, querido? _Olho pra trás._

Bruno: Vai dizer que não ficou com o bonitão? _Ergue a sobrancelha._

Ellen: Claro que não, eu em. _Viro pra frente._

Enzo: Para de graça, tá estampado na sua cara que ficou. _Olha pra mim de relance, e volta sua atenção pro trânsito._

Ellen: Aí, vão procurar o que fazer. _Deito o banco e ali eu fico quase dormindo._

Enzo me deixa na porta de casa, e dou graças a Deus por que não ia precisar andar. Eu tô morta de cansaço, meu corpo tá todo queimado e eu morrendo de sono.

Entro em casa e meu pai estava na cozinha, comendo algo, só me resta a dúvida: com que dinheiro ele comprou isso?

Ellen: Já cheguei. _Digo indo em sua direção._

Paulo: E tava aonde? Já tava indo atrás. _Fala comendo um pastel maior que ele._

Ellen: Sai com meus amigos, eu te avisei. _Encosto no sofá._ E não vem pagar de preocupado, tu não é disso não. _Ele revira os olhos._

Paulo: Não deu pra comprar um pra você. _Diz se referindo ao pastel._ Então comprei uma bolacha. _Sorri._

É isso que não gosto, eu faço um esforço danado pra tentar trazer uma comida pra dentro de casa pra ele, e quando ele consegue isso sei lá como, só pensa nele.

Ellen: Eu vou dormir, boa noite! _Sorrio de lado e vou pro meu quarto._

Tiro minha roupa colocando direto no cesto pra lavar, corro pro banheiro pra tirar foda essa areia do meu corpo e dormir tranquila. Ligo o chuveiro e fico decepcionada ou perceber que o chuveiro queimo, quando acho que não piora, acontece isso.

Tomo um banho correndo, por que tava morrendo de frio com o meu corpo totalmente quente do sol. Meus dentes faziam um barulho de tanto que eu batia o queixo, minha alma não estava mais ali.

Saiu do banho correndo, passo um creme no meu corpo todo e coloco uma roupa quentinha. Deixo meu celular carregando, desligo a luz e me jogo naquela cama quentinha.

Dia Seguinte...

Acordo tremendo de frio, dormi com a merda da janela aberta. Pego o celular e faltava cinco minutos pro despertador tocar, aproveito pra levantar e tentar tomar aquele maldito banho.

Eu poderia tomar banho de canequinha? Sim! Eu poderia ir tomar banho no banheiro do meu pai? Sim também. Porém, percebo que a energia tinha acabado, o fogão não consigo ligar sem energia, e o chuveiro do meu pai também deve estar frio. Pelo menos celular carregou.

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