Yuri
Talvez eu devesse olhar nos olhos dela e lhe dizer o quanto sou apaixonado. Mas, acho que isso já não é nenhum segredo, ela certamente sabe disso tão perfeitamente quanto eu.
Mas, ainda assim, talvez eu devesse olhar pra ela e dizer quanto sou apaixonado mas...Hoje não! Quero ouvir ela, ouvir o que ela tem a dizer sobre nós e sobre o que eu vi.
Ellen: O que você viu na casa do Enzo não é o que pensa. _Dou uma risada abafado._ Eu sai da sua casa e fui pra casa dele, eu me acabei na vodka e estava sem condições de ir pra casa, dormi lá e minhas roupas estavam sujas e peguei uma dele.
Yuri: E precisava ficar praticamente nua? Com o seu peito totalmente a mostra? _Encaro ela._ Vai falar que não transaram?
Ellen: Não, eu e Enzo não transamos! _Fala firme._ Nós temos uma amizade a anos e isso é forte, não temos malícia! Não rolou nada, a não ser muita bebida e conselhos.
Yuri: E como vou acredita nisso? _Ela cruza os braços._
Ellen: Você pode ir naquela sala e pergunta pra qualquer um, todos vão dar a mesma resposta que é óbvio. _Me encara._ Por favor, acredita em mim. _Fala triste e encaro seu rosto._
Yuri: Tudo bem. _Olho pra lado._ Eu já estava tranquilo com isso, Enzo falou comigo. _Dou risada e ela me olha chocada._
Ellen: Fiz esse discurso todo, atoa? _Coloca a mão na cintura e me joga uma almofada que estava na poltrona._
Yuri: Praticamente. _Me jogo na cama e rimos._
O Enzo realmente tinha falado comigo, mas eu não quero assumir pra mim mesmo que fui um babaca nessa parte. E por que não falei com ela? Vergonha, eu estou com vergonha de como tudo aconteceu aquilo em casa.
O silêncio estava complicado ali, acho que uns dois minutos era de silêncio e suspiros, como que faz pra tirar esse clima todo?
Yuri: Ellen, me desculpa pelo que aconteceu em casa. _Me encosto nos meus cotovelos e encaro ela que estava sentada na poltrona._
Ellen: Isso não é culpa sua, e sim da sua mãe. _Fala olhando pro lado._ Ela pode ser sua mãe, mas eu não vou aceitar o jeito que ela me humilhou aquele dia.
Yuri: E não tem que aceitar mesmo, não é por que é minha mãe que ela tá certa, aquilo foi ridículo. _Me levanto._
Ellen: Sua mãe tá certa. _Olho pra ela assustado e ela me encara._ Eu não me encaixo na perfeição da sua família, com milhões de taças diferente na mesa, talheres e pratos, isso não é pra mim.
Ellen: Não aceito isso nem com a minha mãe, não vai ser com a sua família que vou ser formal desse jeito. _Fala cada vez mais forte de si._ Se você quer realmente ficar comigo, vai me aceitar do jeito que eu sou.
Yuri: Eu quero você desse jeito que você é, pra mim você é perfeita. _Me aproximo dela._ Não quero milhões de etiquetas em casa, só quero conforto e você comigo. _Ela sorri de lado._
Ellen: Se você sente mesmo o que fala..._Ela levanta._ Não falo só de sentimento e sim da confiança, pra mim você é a pessoa mais incrível desse mundo, mas não só por fora, por dentro também. Apenas segura minha mão, e continua comigo independente de qualquer coisa.
Yuri: Já tô segurando sua mão faz tempo. _Me aproximo dela._ Não vai ser a minha mãe que vai afastar a gente, quero ficar com você e é o que importa.
Ela levanta e fica parada na minha frente, olhava bem no fundo dos meus olhos e parecia que não tinha os brilhos de sempre, não são os olhos da Ellen.
Yuri: Que foi? _Acaricio suas bochechas._
Ellen: Só tô com medo de tudo isso. _Fecha os olhos e suspira._
Yuri: Eu também tô, mas a gente vai ficar junto. _Ela sorri sem mostrar os dentes e seguro sua cintura._
Seguro seus cabelos com a minha mão enquanto a outra apertava sua cintura. Coloco meus lábios nos seus que estavam quentes.
Suas mãos passeavam pelas minhas costas por dentro da blusa de frio, eu puxava seus cabelo e me concentrava naquilo tudo pra não acabar fácil e logo. Nosso beijo tinha saudades e era cada vez mais selvagem.
Nossos corpos já estava quentes e querendo algo a mais, meu corpo estava colocado no seu e meu membro estava dando final de vida, eu não queria transar com a Ellen no quarto do Bruno.
Natália: Amorzinho, cadê você? _Diz batendo na porta e paro o beijo na hora._
Ellen: Que que ela tá fazendo aqui? _Fala baixo e puta._
Yuri: Minha irmã trouxe ela. _Sussurro._ Vai pra lá Natália, sai de perto.
Natália: E tá nesse quarto sozinho por que? _Fala sapeca e gira a maçaneta, sorte que tranquei._ Abre aí.
Yuri: Não, desce já estou indo. _Volto atenção pra Ellen._ Não fica brava, culpa não é minha. _Mordo seu lábio._
Esperamos uns leves segundos, escutamos os saltos da Natália distante dizendo que ela já havia saído do corredor pelo menos. E graças a deus ligaram o som, assim da pra falar mais alto.
Ellen: Eu tô com os hormônios a flor da pele, e eu tô afim de transar. _Diz tirando os seus tênis e olhando seriamente pra mim, não lembrava que ela era safada desse jeito._
E eu com toda certeza não iria recusar uma coisas dessas, não dá pra resistir a isso não.
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A Piranha
Teen FictionSe você for pela cabeça dos outros, jamais serás feliz. Siga seu coração, não vá nas conversas dos outros. No mundo em que vivemos, ninguém quer ver o outro feliz!