Ellen
Não julgue uma pessoa pelo o que você vê, se tiver algum pré-conceito a respeito de alguém, guarde pra si mesmo. Não confunda simplicidade com pobreza, e muito menos, valor com humildade.
Não duvide da capacidade de outra pessoa, nunca peça pra lhe provar algo sempre acaba se ferrando com o depois. Olha bem os caminhos que irá cruzar. Cuida da própria vida é valorizar, cuidar da vida dos outros é desperdiçar a sua.
Yuri: Eu quero que você fica tranquila com o que vou falar, e deixa eu falar tudo. _Acaricia minha bochecha e abre a porta do quarto._
Ellen: Fala logo. _Cruzo os braços e me encosto na parede._
Não deixo de analisar seu quarto, era perfeito eu amo quarto preto e totalmente escuro. Sua cama era enorme e estava com um lindo lençol cinza, na frente um painel com televisão e a visão da área externa da casa, que estava fechado com as cortinas enorme.
Do lado uma porta pequena que deve ser o banheiro, e do lado dessa porta deu closet totalmente aberto e mostrando suas roupas perfeitas.
Saiu do eu transe ao ver o Yuri me dando uma latinha de cerveja que acaba de tirar do seu frigobar.
Yuri: Natália é minha ex. _Dou uma risada abafada e abro a latinha._
Ellen: E o que ela tá fazendo aqui? _Pergunto colocando a latinha na boca e Yuri senta na cama._
Yuri: Minha mãe chamou ela pra vim, e ela vai ficar uma semana aqui. _Ergo a sobrancelha e ia abri a boca pra falar, mas ele continua._ Minha mãe tá fazendo isso pra te provocar, até ver aonde você consegue ir.
Ellen: Se a intenção da sua mãe era me deixar puta, ela conseguiu. _Sento no chão ainda encostada na parede._
Yuri: Também fiquei, não aguento vê a Natália na minha frente e a minha mãe sempre idolatrou ela. _Olho pro teto._
Ellen: O que aconteceu? _Ele me olha._ Entre vocês dois, o que aconteceu?
Yuri: Quer mesmo saber? _Assenti e ele senta no chão bem na minha frente, porém distante e encostado na cama._
Yuri: Natália foi a minha primeira namorada, no caso a que eu perdi a virgindade e fiquei firme. _Não vou chegar a conclusão nenhuma agora, vou esperar._ Ela não era virgem, mas tinha mentido pra mim só pra conseguir o que queria.
Yuri: A gente namorou por cinco anos, quando eu cheguei em casa e peguei ela na cama com o namorado da Francine. _Viro a latinha na boca novamente._ Eu sabia que isso poderia acontecer, dela me trair, mas eu estava tão apaixonado que isso poderia ser impossível.
Ellen: E você? Fez o que? _Olho atenta pra ele._
Yuri: Na hora fingi que não vi nada e fui no quarto da Francine, ela dormia profundamente e nem sabia que o namorado estava transando no quarto do lado. _Ele respira._ A gente terminou faz dois anos, faz ela não supera e fala que isso nunca acabou entre a gente.
Ellen: E por isso ela te chama de amor? Por que acha que vocês ainda tem algo? _Me levanto._
Yuri: Sim, confia em mim Ellen. _Ele levanta._ Essa mulher já significo muito pra mim, hoje não sei nem quem é só quero distância. _Se aproxima._
Ellen: Eu confio em você, mas não é fácil pra mim saber que sua ex tá na sua casa, e que ainda você perdeu a virgindade. _Olho pro lado._
Yuri: Não vou ficar aqui em casa essa semana, já falei que vou sair. _Se aproxima mais._ E eu não largo sua sentada pra de ninguém, tu é foda. _Por que essas baboseiras me deixa com vergonha e excitada?_
Ellen: Tá bom, mas se eu desconfia de alguma coisa não vai ter deus que vai tirar isso de mim. _Olho pra ele e ele olha pra minha boca._
Yuri: Eu sei que não vai. _Coloca sua mão na minha bochecha._ Eu te amo.
Ellen: Também te amo. _Beijo seus lábios._ Agora vamos descer, precisam de você. _Revira os olhos._ Antes vamos tirar uma foto!
Não vou mentir que dá um medo dele está com uma pessoa do passado dele aqui na casa, mas eu confio no Yuri e eu preciso confiar, e eu já peguei ranço dessa menina.
Yuri: Olha só, vou te apresentar pra minha mãe, e eu acho que isso não vai ser agradável. _Ele para no pé da escada e olha pra moça do outro lado da sala._
Ellen: Vamo acabar logo com isso. _Pego na mão dele._
No caminho já percebia seu luxo de longe, seu vestido vermelho e acessórios de ouro, sua maquiagem era pesada mais não deixava de se mostrar uma pessoa rica. Ela é loira e tem um corpo bem bonito.
Quando ela vê a gente se aproximando pede licença pra alguns convidados que estava em sua volta, e vem na nossa direção com a sua taça na mão.
Leila: Então essa é a sua namorada? _Pergunta me olhando de cima a baixo._
Ellen: Eu mesma, prazer Ellen. _Estico minha mão e ela só olha revirando os olhos, passo minha mão no meu vestido totalmente sem graça._
Leila: Tanto faz. _Olha pro filho._ Até que ela é..._Olha de volta pra mim._ Rústica.
Ela sai e olho pro teto respirando fundo, custava ela ser simpática igual ao marido? Cara, nem parecem da mesma família.
Yuri: Olha, desculpa por isso. _Ele para na minha frente e segura minha cintura._ Minha mãe é assim, só pensa em dinheiro.
Ellen: Ela tá me tratando assim por que eu moro em uma favela? Por que não tenho dinheiro igual vocês? _Ele respira fundo._
Yuri: Sim, é por isso sim. Minha mãe julga as pessoas assim, pra ela é melhor status e dinheiro.
Ellen: Eu vou pegar mais bebida. _Saiu de perto dele e vou pra cozinha._
Odeio passar por esse tipo de situação, normalmente não é comum, mas imagina por uma pessoa que tem que passar por isso direto? Não ofereço isso nem pro meu pior inimigo.
Chego na cozinha e coloco um shot de vodka e viro na minha boca, eu tava tão constrangida e ao mesmo tempo com raiva que nem senti a vodka descendo pela minha garganta.
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A Piranha
Teen FictionSe você for pela cabeça dos outros, jamais serás feliz. Siga seu coração, não vá nas conversas dos outros. No mundo em que vivemos, ninguém quer ver o outro feliz!