Capítulo 42

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Ellen

Já estava no meu quinto shot de tequila e menos de duas horas, e ainda tomando meu copo de energético e vodka. Pra mim mais nada parava no lugar, tudo girava.

Francine: Amiga, não acha melhor parar? _Pergunta meio alto por conta da música._

Ellen: Eu não, já falei que só vou sair daqui carregada. _Digo parando de dança e olhando pra ela._ Preciso ir no banheiro, já volto. _Digo com a voz meio torta._

Confiro de meu celular está no bolso, vai que no meio do caminho alguém me sequestra, e se fazer isso não sei nem se faz diferença se tô com celular, os sequestradores vão jogar ele no meio da rua e passar com o carro por cima.

Desço da escadinha que tinha até a porta do banheiro com um pouco de dificuldade, a fila estava enorme então encosto na parede e espero aquela fila enorme de mulheres falantes diminuir.

As vezes quando bebo demais me sinto uma demente. Olho pra frente e o shorts do Yuri que era refletivo me chama atenção, fico mais tranquila por saber que ele ia me ajudar.

Porém, algo me entriga demais, que era uma morena do seu lado. Até aí tudo bem, nessa balada todo mundo dava encima dele e dos meninos. Tudo girava e eu apertava os olhos tentando enxergar.

Ele beijo ela! O meu namorado, que daqui a pouco mais ser ex, na verdade nem sei o que a gente é, tá beijando outra na minha frente. Eu tô bêbada, mais não cega.

Xxx: Moça, tá tudo bem? _Uma moça da fila me pergunta e olho pra ela sem acreditar o que estava na minha frente._

Ellen: Estou, tô sim. _Sorrio fraco e passo minha mão na testa, que no momento pingava de suor._

Desencosto da parede quase caindo e tiro aquele salto que no momento era a pior coisa, tirando o fato que ele estava na minha frente com outra.

Subo aquelas escadas com o ódio e tristeza em mim, parece que naquele momento todo álcool tinha ido embora do meu corpo.

Francine: O que foi? Tá chorando por que? _Eu estou chorando?_

Ellen: Que? _Passo a mão no meu rosto e realmente estava chorando._ Seu irmão é um canalha, tava aos beijos com uma mulher na porta do banheiro. _Dou risada._ Eu vou embora.

Viro pra descer a escada novamente e quase caiu, aonde o Enzo tenta me segurar mais solto meu braço com toda rapidez.

Ellen: Me solta. _Dou um grito._ Não rela em mim e mito menos vem atrás.

Desço aquela escada torcendo meu pé várias vezes, mas me dá um alívio assim que chego fora da balada. O ar gelado batia no meu corpo e me deixava mais relaxa.

Ellen: Que merda, que merda e que merda. _Bato várias v vezes na parede e percebo que ainda chorava._ Você não vai chorar por macho Ellen, não vai. 

Pego meu celular no bolso e abro o Uber. Minha cabeça girava e eu não enxergava nada na minha frente, e pra piorar meus olhos enchendo de lágrima atrapalhando a visão.

Ellen: Aí que droga. _Digo limpando meu rosto e respirando fundo._ Se concentra.

Yuri: Ellen? Que que foi? _Só o que me faltava._ Tá chorando por que amor? _CINICO._

Ellen: Não sei, acho que é efeito da cachaça. _Viro pra ele._ Volta pra dentro e da atenção pra sua amiga, vocês pareciam bem próximos.

Yuri: Tá falando do que, louca? _Pergunta rindo e colocando as mãos dentro do bolso da sua bermuda._

Ellen: Agora eu sou louca? Você estava aos beijos com sei lá quem e eu vi, infelizmente eu vi. _Falo alto._ Você acha que sou o que? Estava prometendo mil e uma coisas no carro até aqui, pra chegar e você beijar outra?

Yuri: Ellen, calma. _Fala desesperado._ Você viu coisa errada, juro que não é isso. _Tenta pegar na minha mão mais vou pra trás._

Ellen: Eu estou bêbada Yuri, não estou cega e nem louca. _Respiro fundo e as lágrimas escorriam loucamente ainda._

Yuri: Justamente por está bêbada que a gente tem que esperar isso passar. _Começo a rir._ Vamo pra casa, descansa e depois a gente conversa.

Ellen: Eu não vou pra casa, vou pegar meu Uber e ir pra minha mãe. _Pego meu celular e o mesmo tinha acabado a bateria._ Que caralho.

Yuri: Ellen, por favor. _Se aproxima de mim._ Vamos conversar.

Ellen: Eu não vou conversa. _Falo baixo e começo chorar mais que antes._ Eu me entreguei pra você, eu enfrentei a sua família que me odeia, passei por cima do meu orgulho pra isso? Pra no fim você beijar outra e depois vim com papo de que a culpa é da bebida?

Yuri: Eu não beijei ninguém, eu amo você e não ia fazer nada disso. _Se aproxima de mim e segura meu rosto._ Por favor, eu te amo e não quero ver você assim.

Ellen: Não quer? _Olho pra ele e ele nega._ Então pensasse antes de fazer. Melhor a gente da um tempo, isso não vai dar certo por agora.

Yuri: Não, pra que isso? _Se afasta de mim e vejo Enzo sair de dentro da balada atrás da gente._ Eu não fiz nada, eu não beijei ninguém além de você.

Ellen: Beijo sim, beijo que eu vi. _Grito chorando desesperada._ Segue a sua vida Yuri, que a minha viu tentar colocar em ordem.

Yuri: Vamos conversar, você tá alterada demais pra isso. _Vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto._

Ellen: Não quero Yuri, isso tá mais do que claro que você ficou com outra e quer outra. _Falo firme tentando não chorar._ Me leva embora daqui. _Olho pro Enzo._

Yuri: Ellen, não..._Ele segura minha mão e chorava._

Ellen: Tchau Yuri. _Solto minha mão e acompanho o Enzo até seu carro._

Enzo abre a porta de trás só carro e me ajuda a ficar deitada. Deito ali e começo a chorar sem pensar em casa nem ninguém, só queria chorar. E acabo pegando no sono ali mesmo no carro em movimento.

A PiranhaOnde histórias criam vida. Descubra agora