A Piranha

Capítulo 17

Ellen

Depois que sai do quarto do Yuri voltei pro meu, Bruno não tava lá, o que eu dei graças a deus, assim não ia fazer milhões de pergunta e ainda ia saber quando estava mentindo.

Como íamos pegar uma balada, tomei um banho e desmaiei naquela cama deliciosa sem me preocupar com nada.

Eu acordo com o Bruno batendo na minha bunda e gritando que nem um louco. Fico enrolando na cama até ele ir tomar e fico mexendo no meu celular.

Bruno: Que roupa tu vai? _Pergunta saindo do banheiro e jogo o celular na cama._

Ellen: Aí amigo, nem sei viu. _Me levanto e vou até minha mala._

Abro a mesma e sento no chão vendo as milhões de opções de roupa que eu trouxe, agora eu não me entendo! Quando eu estava arrumando minha mala, essas roupas eram perfeitas pra qualquer hora, agora que tô vendo não gosto, enfim a hipocrisia.

Bruno: Coloca essa calça que você ama, e o cropped. _Diz olhando minhas roupas enquanto penteava seus cabelos encima da minha cama._ Consegue dançar assim, não consegue?

Ellen: Sim, mais sempre vou com ela nas festas. _Olho pra ele._

Bruno: Foda-se, tu tem máquina de lavar em casa pra isso. _Dou risada._ Eu vou com a mesma de sempre, eles que lutem. _Levanta e faz um quadradinho do nada._

Ellen: Tu é perfeito garoto! _Dou risada e me levanto com as minhas maquiagens indo pro banheiro._

Nunca vi um espelho maior que esse, dá pra ver até o que eu não desejo, mentira eu me desejo tudo e mais um pouco.

Bruno: Vai falar o que rolou com Yuri hoje? _Ele senta na atrás de mim, e começa a se maquiar também._

Ellen: Uai, o mesmo de sempre, beijos e distanciamento. _Ele ri._ Que foi, louco?

Bruno: Ellenzinha, eu vi você saindo do quarto. _Olho assustada pra ele, e ele ri mais ainda._ E aí, o que rolou?

Ellen: Que inferno, tentei ser discreta pra evitar esse FBI, atoa isso foi né. _Olho pra ele e ele assenti._ A gente transou.

Bruno: O QUE? _Ele grita todo feliz._ Não acredito que tirou essa teia de aranha, arrasou querida. _Ele da um tapinha na minha coxa._ Mais e aí, é grande? _Pergunta se concentrando no reboco que passava na sua casa._

Ellen: Não vou falar do tamanho do pau do moleque que tô ficando, tá ficando louco? _Volto a fazer minhas coisas._

Bruno: Eu falo dos meus pra você, por que você não pode também?

Ellen: Você fala por que você quer, não porque eu peço!

Eu e Bruno sempre fomos assim quando é festa, e eu amo de verdade, cada vez mais eu amo esse filha da puta.

Nós arrumamos na maior lentidão do mundo, até o pessoal gritar falando que faltava a gente. Coloco um salto e pego o celular, Bruno fecha a porta e vem atrás de mim.

Enzo: É tanto reboco que nem reconheci vocês. _Fala assim que chegamos na sala e bato no braço dele._

Serena: Como vocês enrolaram demais, já pedimos os Ubers. _Hoje queríamos beber, então ninguém ia dirigir como diz o ditado: se beber, não dirige._

Bruno: Vou ter que fazer o que eu sempre faço? _Pergunta feliz e Serena concorda._

Bruno nunca teve vergonha na cara, o que ele tem vontade, faz e não tá nem aí o que vai acontecer. Normalmente quando saímos de Uber, o Bruno que paga, mais como pagava a gente não faz ideia. Não é atoa que todos os crush dele é motorista.

•••

Chegamos na balada e nem precisamos ficar na fila, Francine e Yuri eram amigos do segurança da porta do camarote, então entramos sem problema algum.

Serena: Hoje os meninos não vão beber, deixa as meninas. _Ela fala um pouco alto por conta das meninas, e coloca vodka no seu copo._

Noah: A só por que você quer. _Fala com tédio._

Enzo: Vão curtir, a gente vai beber também. _Pega um copo._ Porém pouco, pra cuidar de vocês.

A gente tinha combinado de todos beberem, e no fim sai geral carregado. Mais eu gostei da ideia de deixar a gente beber e curti,  e no próximo role eles que vão beber até cair.

O clima tá ótimo pra todo mundo, e bebida a gente tem pra vida toda. Geral quer curtir e deixa que tudo aconteça.

Enzo: O Yuri não tá disfarçando os olhares pra você. _Enzo fala no pé do meu ouvido por conta da música alta._ A Francine vai perceber.

Ellen: Conversa com ele, se eu chegar ela vai desconfiar. _Levo o meu copo com vodka e energético até a boca._

Enzo: Se quiserem ficar avisa pra mim, dou um jeito pra vocês. _Ele pisca pra mim e sai._

Vou pra frente do camarote aonde tinha uns ferros pra separação dos andares, e começo a dançar o funk que tocava com as meninas.

Confesso que o Yuri estava muito vidrado em mim, e as vezes dançava pra provocar ou algo do tipo, mais se a Francine vê isso não vai dar nada bom.

•••

O clima já estava perfeito pra todo mundo, e todas nós meninas estávamos alteradas demais, eu ainda tô tranquila mais um pouco animada.

Yuri: Você já tá animada demais, não acha melhor parar? _Diz sentando do meu lado no sofá que tinha ali._

Ellen: Eu tô bem tranquila. _Dou risada._ Eu vou no banheiro.

Pego minha bolsa encima da mesinha e vou pro banheiro. Me encosto na pia e vejo minha maquiagem toda borrada, limpo tudo que estava borrada e me incomodava. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, o que já me tornei uma pessoa mais sã até.

Ellen: Aí que susto. _Dou um pulo logo que a porta do banheiro se abre._ Tá fazendo o que aqui? _Me viro pra porta._

Yuri: Só queria ver você. _Fecha a porta e vem na minha direção._

Ellen: E não tava me vendo lá fora? _Coloco minhas mãos na pia._

Yuri: Não quis dizer isso. _Da um sorriso de lado._

Mordo meu lábio e ele se aproxima mais de mim. Suas mãos pousam na minha cintura e coloco minha mão na sua nuca. Yuri me coloca encima da pia e cruzo minhas pernas na sua cintura.

Nossa beijo tinha desejo, tinha um gosto de álcool e ao mesmo tempo um pouco de menta, acredito que do seu chiclete que estava antes de entrar aqui.

Xxx: Que porra é essa?