Capítulo 68

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Após sair da clínica, Norma não se sentiu bem por saber que sua amiga estava com Ricardo. Não sabia as reais intenções do engenheiro, isso a angustiava.

— Ah... se caso acontecer algo, ela vai me falar – Norma chamou um táxi e não demorou muito para o automóvel parar em frente à clínica.

Quando sentou no banco do passageiro passou o endereço de Laura que estava em seu celular e começou a sentir um friozinho tomando conta de seu íntimo. Era uma sensação gostosa.

Estava prestes a conhecer a casa da mulher que amava.

— Amava – Norma balançou a cabeça algumas vezes, sorrindo. Estava muito cedo para dizer que aquele sentimento já estava começando a tomar conta de seu coração – Será que tem o tempo certo para amarmos alguém? Será que a sensação de amar chega rapidamente ou ela vem com o tempo... no conhecer... no estar ao lado da pessoa todos os dias? – Começou a se perguntar mentalmente.

Enquanto observava o que se passava fora do automóvel, Norma começou a se lembrar da médica... do sorriso encantador... do jeito de lhe olhar... tocar com as mãos... beijar...

Suspirou longamente e sentiu uma pequena corrente elétrica percorrer todo seu corpo.

Parecia que cada milímetro de seu corpo pertencia a médica.

— Senhora, chegamos – o taxista disse e Norma surpreendeu-se. Foi tão rápido. Será que estava tão perdida em seus pensamentos que não havia dado conta que atravessara boa parte da cidade?

Pagou a viagem e desceu do carro. Ao olhar para casa a sua frente, ela ficou admirada. Era branca e muito grande... o jardim era muito bem cuidado.

— É... ela parece viver muito bem – Aproximou do portão e tocou a campainha.

No momento em que esperava, Norma sentiu os seus batimentos acelerarem... as mãos suarem... Era engraçada a sensação de estar conhecendo um lugar novo.

— Senhorita Norma? – Uma senhora de meia idade surgiu chamando a atenção da advogada.

— Sim – Norma olhou para aquela senhora com curiosidade.

Era uma mulher baixa, branca, com alguns fios já grisalhos. Aparentava ser muito séria.

— Sou Alda, uma das empregadas da casa – A senhora disse após notar o olhar questionador sobre si – Entre! – deu passagem para a ruiva.

Norma sorriu.

— Ela está? – imaginava que sim, mas não custava perguntar.

— Sim, ela me deixou de sobreaviso de que a senhorita viria. Ela está na área da piscina, a sua espera.

— Alda, posso te pedir um favor? – Norma se voltou para a senhora.

— Claro, senhorita.

— Não me chame por senhorita, mas sim por você... fica menos formal – Sorriu ao piscar.

— Bom... – A mulher ficou com um pouco de receio – Será como deseja – resolveu tirar suas armaduras e sorriu gentilmente.

— Assim é melhor – sorriu de volta – Onde fica a piscina?

— Se a se... você – Alda riu – passar por essa lateral, poderá encontra-la.

— Obrigada! – Norma agradeceu e seguiu pelo caminho direcionado.

Ao chegar, se deparou com uma piscina retangular. Laura estava dormindo em uma rede que ligava a parede da casa a um pilar da área.

Como não queria acordar a médica de imediato, Norma se sentou ao lado em uma espreguiçadeira e ficou analisando a namorada.

Recomeço (COMPLETO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora