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Já estou andando com esses humanos faz 2 horas e já não aguento mais, o povo pra forçar deboche. Se alguém voltar pra bater neles, eu deixo.
Procurou, vai ter que segurar o b.o.

— Compramos o vual, já deixamos a ART com o tio da gráfica. — Marcelo diz anotando tudo no nosso caderninho. — Bora, anotem também. — mandou os outros copiarem também.

— De hoje só falta o fotógrafo. — falo atravessando a pista em direção a praça  me sentindo a imortal.

— Ó filhote de capivara, cê não é imortal nao. — a Alice diz ofegante perto de mim. 

— Ela só atravessa assim, quando levar um supapo nessas pernas dela e ela voar longe. Ela vai ver só a imortalidade dela indo embora. — Marcelo se senta no banco.

— Pesquisei o número dos fotógrafos, vamos ligar pra todos, anotamos o orçamentos, depois ligamos de volta para confirmar com eles. — Gustavo, o menino que tava junto com nós diz.

Concordamos com a estratégia do mesmo, ligamos para os números que ele nos deu. Chegamos uma conclusão de qual seria, já que ele seria mais em conta e viria já com sua equipe.

— Por hoje deu, tô com fome. — Me levanto.

— Eu vou comer, vamo? — Alice nos chama.

— Se alguém pagar o meu, eu vou. — Marcelo se levanta.

— Cala boca, Marcelo. Só ande. — Gustavo manda.

Eles tem essa intimidade toda é?

Troco olhares com a Alice que tá com a mesma expressão de confusa que eu.

— Aí,  lá vem o Vinícius. — Marcelo diz. — Disfarça e segura na minha mão, Gustavo.

— Tá. — Gustavo finge que tá pegando algo na sua mochila e logo pega na mão do Marcelo entrelaçando os dedos.

Eu e Alice nos prendemos para não rir quando o Vinícius se aproximou e se assustou com as mãos deles entrelaçadas.

— Não sabia que você gostava desse tipo. — Vinícius diz sem nenhuma vergonha na cara.

— Nem eu, passei tanto tempo com lixo. — dou de ombros.

— O lixo é você. — Alerto o Vinícius que me encara.

— Gente, tô com fome. — Alice chama nossa antenção. — Vamos. — me puxou pelo braço junto com o Marcelo e o Gustavo.

Tá, eu posso até tá gostando desses dois. São maneirinhos.

— Amiga, vai ter uma batalha do Chris, você vai? — Marcelo me pergunta enquanto entramos na lanchonete.

—  Eu não sei, ainda vou ver. — ponho uma batatinha na minha boca. — Dependendo de quem vai tá lá, eu vou.

— Seu namorado já não basta? — Gustavo rir.

— Vejo ele sempre né. — dou de ombros e aponto a batatinha que tava na minha mão pra ele. — Não é sempre que você tem oportunidade de trombar com um cantor.

— Garota?! — Alice exclama me olhando. — Tu foi fazer uma trip com a galera do abacaxi e tá falando isso?

— Eu não vi o Felipe Ret, e fiquei muito nervosa depois da foto com o Djonga. — me explico.

— E você tem uma foto com o Djonga. — Gustavo diz como se fosse uma coisa inédita.

— O papo de vocês é legal, mas começa a ficar chato quando eu paro de entender as coisas. — Marcelo diz revirando os olhos.

Rimos dele. Quando acabamos de comer, dividimos a conta — eu paguei a do Marcelo —, saímos da lanchonete e cada um foi para seu lado.

— O que vocês tão fazendo no centro uma hora dessas? — O vidro do carro que a gente tava na frente abaixa.

Marcelo escandaloso da um grito de susto, me assusto com o vidro do carro, me assusto com o grito.

— Vão matar o capeta, ox. — recupero meu fôlego e olho o Jason. — Tá chapando é?

— Chapado eu tô sempre, batatinha. — rio com um dos antebraço apoiado no volante do carro e o outro no banco do passageiro, ficando inclinado para me olhar.

— Não mentiu. — Rir também. — O que cê tá fazendo por aqui?

— Eu tava passeando, comprando uns Jordans que eu precisava. Nada demais. — deu de ombros.

— Nada de mais comprar um Jordan né meu filho? — Marcelo se intromete. — O tal do rico é foda né. Eu fico bolado com essas coisas.

— Querem carona? — Xamã pergunta depois de passar uns dois minutos gargalhando do Marcelo. — A passagem tá cara, governador abaixa nunca.

— Queremos sim. — Marcelo abre a porta do banco de trás, desliza para dentro do carro e fecha a porta.

Dou de ombros, entrando no banco do passageiro. Já que o Marcelo responde por nós dois.

— Você vai pra minha formatura? — pergunto olhando ele.

— Vou, quanto que tá o ingresso? — perguntou dando partida.

— Pra você tá 150. — Marcelo responde.

— Caraio. — riu. — E pra outra pessoa?

— Tá 50. — respondeu.

— Meu amigo vai comprar o dele então. — Xamã dá uma piscadinha olhando para o Marcelo no retrovisor.

Enquanto ainda não chegamos em casa, termino de resolver umas coisas com a diretoria da faculdade. Essas pessoas acha que só por que eu estudo psicologia que eu não sei da droga das leis?

Eu fiz um semestre de direito, até ver que não era pra mim, vou passar isso na cara dele. Não estão estudando o currículo escolar dos alunos direito, não é possível uma coisa dessa.

Aquela diretora e merda, é a mesma coisa. Se comparar, ela ainda é mais merda que a merda.

— Obrigada, meu lobinho. — beijo a bochecha do xamã e saio do carro.

Marcelo sai também e logo o xamã também sai. Quem que chamou ele?

— Olha só Pietro, a diretora daquela jonça disse que eu e a Rê não precisaremos ir amanhã. — Marcelo diz já entrando em casa.

—  Devo ligar pra lá pra confirmar? — Pietro me encara.

— Não confia em mim, Pietro? — Marcelo põe as mãos na cintura.

— Eu deveria? — respondeu arqueando sua sobrancelha.

— Renata, corre aqui. — Bianca grita de algum lugar da casa.

Xamã se senta pelo chão para jogar junto com o Pietro, coloco minha mochila em cima da cadeira perto da parede.

— Onde que tu tá mísera. — grito de volta.

— Varanda.

Sigo até a varanda já me sentando no sofá com as penas apoiadas no colo dela.

— Solta a voz. — falo assim que acho uma posição agradável para mim.

— Como você não tava atendendo e nem chegando o seu email hoje... — começou. — Entraram em contato comigo, e querem fazer uma parceria contigo.

Parceria com quem?


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Nós Dois |• Chris MC Onde histórias criam vida. Descubra agora