Nós Dois |• Chris MC

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Quando terminamos de conversar, fui com o Chris para o quarto terminar de chorar tava doendo muito.

- Oh, não faz isso comigo. — me abraçou forte - Não sei agir quando tu chora.

- Só me abraça. — peço.

Ficamos alguns instantes naquela posição, Victor passava a mão nos meus cabelos tentando me acalmar. Assim que consigo me controlar um pouco, enxugo minhas lágrimas.

- Tá melhor?

- Sim. — sorrio sem mostrar os dentes.

- Quer chocolate agora? — confirmo com a cabeça, ele me entrega a sacola com cinco chocolates diferentes. - Eu esqueci do qual tu gosta.

- Eu gosto de chocolate. — rir. - Obrigada. — dou um selinho nele.

Fico ali quietinha comendo meu chocolate recebendo cafuné do meu namorado. Assim que terminei, me levantei para escovar os dentes, Victor também escovou os deles e voltamos para o quarto.

- Tava afim de ir na praia, bora? — perguntou.

- Agora? — franzi o cenho.

- Por que não? — deu um sorriso de lado.

Sorrio de volta me levantando. Não é que eu nunca tinha amanhecido na praia, mas pô, que rolê aleatório do caramba.

- Vamo passar num 24 horas pra comprar comida? — Pergunto pegando minha mochila, tentando colocar um lençol mais grosso, canga não resolve nada.

- Vamo, já tô cheio de fome. — Arregalo os olhos e encaro ele, pô, eu comi muito, mas o Victor comeu metade do panelão de Strogonoff. - Já fez digestão, tô com fome de novo.

- Caceta. — Rir, jogo minha mochila pra ele levar.

Pego o moleton dele no meu guarda roupa, e um par de meias para mim, eu amo frio, mas meu pé fica parecendo de morto.

- Bora. — entrego o moleton para ele, guardo minhas meias na mochila e seguro na mão dele.

Fecho a porta atrás de mim, passo na cozinha pegando os docinhos que eu trouxe embaixo das verduras dentro da gaveta da geladeira.

- Pra onde vocês vão? — dou um salto para trás, olho para Bianca que estava sentada comendo Doritos.

- Praia, e vai assustar seu pai. — coço meu braço por dentro do gesso com um palitinho de churrasco.

- Quando ele voltar com o cigarro, eu dou o susto. — Deu risada.

Nego com a cabeça rindo, beijo o topo da cabeça dela, procuro o resto do povo e não encontro. Guardo meus docinhos na mochila que está nas costas do Victor.

Entramos no elevador, chegando na garagem, Victor e eu ficamos brincando de "nós andamos iguais". Deslizo para dentro do carro rindo, damos partida para o mercado 24 horas.

O trânsito tá livre por conta da hora, queria muito que fosse assim pela manhã, seria meu sonho. Paramos no estacionamento do mercado, desço do carro e vou andando na frente.

- Ei, vou te dar dois tapão nessa tua cabeça. — Segurou na minha mão.- Tu tá surda é?

- Tô, meu ovo. — Respondo entrelaçando nossos dedos.

Fomos para a parte das frutas, pegamos um pacotinho de morgando e outro de uvas, seguimos para o corredor das coisas que importam para uma noite na praia.

Pego vários pacotes de batatinhas, Doritos, salgadinhos. Biscoito não, porque biscoito da sede demais e já basta os docinhos que tá dentro da minha mochila.

- Tu não sabe ser motorista de carrinho do mercado. — Reclamo olhando o Victor.

- Agora não pode mais bater na perna da madame sem querer? — rebateu.

- CINCO VEZES?

Deu de ombros começando a rir da minha reação, ponho umas cinco latinhas de Schweppes e uma de Redbull.

- Rai moço. — cumprimento o caixa.

- Boa noite. — respondeu dando um sorriso.

Assim que passou todas as coisas, pego a sacola mais leve que achei, deixando as outras três para o Victor. Seguimos para o carro, guardamos tudo no banco de trás, passamos para o banco da frente, dando partida dessa vez em direção a praia.

Quando chegamos, desço do carro colocando minha mochila nas costas, fico esperando o Victor no calçadão. Olho para os lados reparando que tá rolando um luau, não tá tão deserto assim.

Não vou saciar a minha fantasia de transar na praia, merda!

- Vem. — esticou a mão para eu pegar, seguro a na mão dele.

Tiro meu chinelo quando chegamos na areia, fomos para um lugar um pouco mais afastado das pessoas.

Peço para o Victor forrar o lençol, já que eu sou impossibilitada de fazer isso, coloco minha mochila na ponta e me sento, coloco meus chinelos na outra ponta.

- Quer um Moranguinho quer? — empurro o morango a contragosto na boca do Victor.

- Queria não. — puxou meu pulso, me dando um selinho. - Tô afim de entrar na água, bora?

- Deve tá gelada, tá suave. — me ajeito no lençol, mordo um pedaço do morango. - Vai lá, tritão.

- Sereia! — me repreendeu.

- Desculpa então, sereia. — Levanto os brancos em redenção.

Victor joga a camisa do mesmo no meu rosto, antes que eu possa reagir, ele sai correndo na direção do mar.  Fico comendo meu Doritos misturado com Nutella.

(..)

Ponho minhas meias, meu moleton. Me aconchego no meio das pernas do Chris, estamos escutando uma música de Ponto de equilíbrio.

Eu fico brisada na letra dessa música, o jeito que ela combina com todos os momentos da vida é inexplicável.

Oh Jah Jah me leve, obrigado aí.
Reggae a vida com amor
Regue a vida com amor.

- O que você tá fazendo? — olho o Chris digitando algo no celular.

- Escrevendo.

- Escrevendo o que? — Tento espiar o celular, mas ele desliga o visor. - Victor, então é por isso que eu tô com dor de cabeça? — Dou um tapa nele.

- O que tem haver? — deu risada.

- Meus chifres crescendo. — dou mais tapas ainda, já que eu só estou com uma mão.

- Sai, louca. — empurrou minha cabeça de leve.

- Então me diz o que você tá fazendo.

- Não, curiosa, sai. — guardou o celular. - Vem pra cá.

- Não quero. — Deito na minha mochila.

Sinto o braço do Chris passando na minha cintura, logo depois sinto sua respiração na minha nuca.

faz uns 3 dias que esse capítulo tá gravando e nada, perdoem. VOTEM E COMENTEMM.