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Antes de voltarmos pra casa, paramos em uma pizzaria, comemos uma lá e pegamos duas para viagem.

— Você ficou bem nas fotos. — Chris me abraça de lado.

— Você nem viu todas as fotos ainda. — rir olhando ele.

— Edai? Você tá nelas, então as fotos estão perfeitas. — deu de ombros e deslizou para dentro do carro.

— Sério, eu quero namorar o relacionamento de vocês. — Bia diz. — Não com vocês, credo. Mas com o namoro de vocês.

— Não entendi. — Chris gargalha.

— Eu compreendi. — digo rindo.

— Eu entendi o meu raciocínio, só isso importa. — Deu de ombros. — Coloca uma música aí pô.

— Pagode. — Chris e eu falamos juntos.

No pagode é
Lá lá ia lá ia lá ia lá ia
Lá lá ia lá ia lá ia lá ia
Lá lá ia lá ia lá ia lá ia. — canto fazendo batuque na mochila.

Abandonado assim que eu me sinto longe de você
Despreparado meu coração dá pulo perto de você
E quanto mais o tempo passa mais aumenta essa vontade
O que posso fazer?. — Chris continua sem tirar os olhos da estrada.

Se quando beijo outra boca lembro sua voz tão rouca me pedindo pra fazer
Carinho gostoso amor venenoso. — Nós três cantamos em conjunto no ritimo da música.

— Porra, essa música é foda. — Bianca diz assim que termina.

— Eu nunca quis tanto que uma banda voltasse que nem quero do Exaltasamba. — digo suspirando, cheia de saudades de Pericão e Thiaguinho junto.

— Icônicos. — Chris diz parando no estacionamento do prédio. — Mas vocês tem cara de quem curtia Restart.

— Demais até, Koba era o meu preferido. — Bianca diz saindo do carro.

— O meu era o thominhas. — saio também segurando minhas sacolas dos meus recebidos.

— E eu vou fingir que eu sei de quem vocês tão falando. — Chris diz rindo entrando no elevador.

— Oi, posso tirar foto com você? — a Keyla que brigou com a Bianca pede pra o Chris.

— Sua sorte é que eu não sou chata. — Bianca diz  pegando o celular dela pra tirar a foto deles dois.

E eu só sei rir. Quando saímos do elevador e entramos em casa, nos separamos com os 4 macho tudo jogado pela sala.

— Que isso, gente? — Bia pergunta jogando o travesseiro na cara do xamã pra despertar o mesmo.

— O que vocês tão fazendo aqui? — Victor pergunta ao Xamã e o Cesar.

— Tava esperando a Renata, você que não era. — Cesar diz se virando no chão.

— Ih, quem cê pensa que é? — Victor pergunta dando um peteleco na testa dele.

— Quer mesmo que eu diga ou você sabe a minha posição? — fez bico o encarando.

— Chega dessa cena de vocês hein, a Globo tá perdendo. — digo dando um tapa na cabeça dos dois.

— Eu tô com fome, mané. — Bianca diz se sentando no chão junto com as duas caixas de pizza.

— Fizeram a boa né. — Pietro se chega perto dela pegando uma fatia.

— Seus urubu do cacete. — Bianca revira os olhos pra eles.

Nego com a cabeça rindo, vou para o quarto colocar as minhas sacolinhas lá em cima da cama. Não faria sentido em guardar tudo e ter que retirar para mostrar aos meus seguimores.

— Ei, tenho que falar um bagulho contigo. — Me viro para olhar o Chris entrando no meu quarto e se sentando na cama.

— É caso de vida ou morte?

— Não, não. — rio.

— Então pode esperar eu tomar banho né? Isso é vida ou morte. — Puxo minha toalha de cima da porta.

— Nesse caso, é morte. Tô morrendo com seu fedor já, cabrita. — pós a mão tapando o nariz.

— Olha só que filhote de um cabrunco. — Dou um tapa de leve no ombro dele rindo.

Sigo para o banheiro chegando a porta atrás de mim, retiro minhas roupas, minha argola e coloco tudo juntinho em cima do balcão.

Entro no box, fecho a portinha de vidro ligando o chuveiro logo em seguida. Deixo a água gelada escorrer pelo meu corpo, retirando toda quentura e enfado que tomou do sol.

Aproveito para lavar meu cabelo rápido, apenas para tirar o suor do couro cabeludo. Desligo o chuveiro, abro a portinha e estico a mão para puxar a toalha.

Me enrolo na mesma saindo do box, pego minhas roupas e minhas argolas em cima do balcão, saio do banheiro indo para o meu quarto, onde o Chris já está bem acomodado deitado na cama.

— Fecha o olho pra eu me trocar. — mando.

— Ué gente. — contestou, mas mesmo assim tapou os olhos colocando o travesseiro no rosto.

Pego uma camiseta toda cinza sem detalhe algum e um short moletom preto. Visto minha calcinha, ponho a roupa e me viro para o Chris.

— Pronto. — me em cima dele retirando o travesseiro de cima do seu rosto.

— Até que foi rápido. — colocou um fio do meu cabelo para trás da minha orelha.

— Então..., o que você queria falar?

— Vai ter uma batalha minha aí, queria que tu fosse comigo. — disse dando um sorriso no final.

— Eu iria mesmo que você não me chamasse. — Inclino minha cabeça para beijar a bochecha do mesmo.

— Intrometida. — debochou.

— É contra quem?

— Mike, vai ser moleza. — deu de ombros.

— Não cante vitória antes do tempo. — advirto.

— Mas o cara é da nova geração, eu já tô nessa caminhada faz tempo.

— Mesmo assim, ele pode ser bom e suas rimas pode ser uma merda. — deito no canto da cama.

— Eu pensei que você era minha namorada. — fez cara de triste.

— E eu sou, mas não vai pensando que eu vou dar grito pra você se sua rima for ruim. — digo rindo.

— Mas não vai ser e para de me agorar. — me puxou para deitar no seu peito.

— Sinto que não é só isso que você tem a dizer. — digo enquanto faço círculos imaginários na sua barriga.

— E não é. — revelou.

Nós Dois |• Chris MC Onde histórias criam vida. Descubra agora