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A aula foi super rápida, passei mais tempo conversando no grupo com os meninos do que prestando atenção no professor. Ainda bem que nessa cadeira eu já passei e estou livre de todas as outras possíveis.

Hoje o dia amanheceu tão lindo, eu dormir e acordei sorrindo.

Mentira, estava querendo falar isso porque escutei essa música aleatória vindo pra faculdade. O dia amanheceu se acabando em água, vim de macaquito para não molhar minhas calças nessas ruas alagadas.

Meu rabo fica 10 centavo 1 real a cada relâmpago, raio e trovão que dá. Hoje tá sinistro.

— Rê, cê vem com a gente? — Allie me chama.

— An? — a encaro. — Não, não. Melhor eu ir pra casa.

— Tá, cuidado ok? Quando chegar avisa. — Ajeitou sua mochila no ombro.

— Você vai colar lá com o Gustavo depois né? — Me levanto pegando minha mochila.

— Sim, vamos com o Marcelo. — saímos da sala conversando.

Levamos uma rachada de vento frio no rosto, Allie espirrou automaticamente. Dei risada da cara de brava que ela fez, chega fica fofa com a ponta do nariz vermelho e esfregando do jeito que ela tá, vai ficar bem mais.

— Acho que vieram te buscar. — Ela diz apontando para algo atrás de mim. Me viro para saber quem é.

— E de surpresa, porque eu não estava fazendo ideia disso. — rir. — Não esquece de ir com os meninos, isso é uma ordem.

— Sim senhora, senhora.— Ironizou fazendo o gesto do exército.

Nego com a cabeça rindo, ao me aproximar do Chris, percebo que ele tira uma foto rápida com um garoto que pede e esse garoto diz que ele vai pra formatura a outras pessoas, e que também quer privacidade nesse momento.

— Não sabia que você vinha. — sorrio olhando ele.

— Não posso deixar minha namorada ir pra casa com medo de trovão né? — passou o polegar na minha bochecha. — Cheguei a cogitar em mandar um Uber te buscar, mas é aquela coisa né: não mande ninguém fazer o que você sabe que faria melhor.

— Esse ditado é assim? — franzi o cenho.

— Eu sei lá. — tombou a cabeça para trás rindo.

— É por isso que eu te amo. — aperto as bochechas dele com meu polegar e o indicador, fazendo ele ficar com um bico para eu dar um selinho.

— Não faz isso, eu não paro mais nunca. — me encarou bem nos olhos.

— Podemos não parar nunca, mas em casa. — solto a bochecha do mesmo rindo. Dou a volta para entrar no carro.

— Não me atiça, Renatinha. — ouço sua risada quando o mesmo desliza para dentro do carro.

— Mas eu não fiz nada. — dou a sonsa.

Nega com a cabeça e já conecta seu celular no som. A melodia do Céu É o Limite começa, eu já estou dançando no ritmo da música.

— FILHA DA PUTA, NUNCA ME PAGOU UM CIGARRO. — Chris canta una  parte verso do Djonga.

— Que nem ela, eu sou preto, com a parte branca
E minha parte branca é a do português safado que estuprou minha ancestral. — Faço a arminha com a mão, levanto para o alto e desço no mesmo jeito.

— A festa da Bia é amanhã né? — concordo com a cabeça. — O que tenho que dar de presente a ela?

— Um Jordan. — falo na lata.

— Puta merda, por que eu?

— Porque você tem dinheiro, eu não. — sorrio.

— Beleza, vou pensar nisso aí.

— Ela usa 36, enfim a hipocresía. — encosto a cabeça na janela.

— Você não fez essa referência. — Gargalhou.

— Desculpa, foi mais forte que eu. — admito rindo.

Descemos do carro, dou a volta para segurar na mão dele, sou surpreendida quando ele passa o braço pelo meu ombro, passo pela cintura do mesmo.

Entramos no elevador, cumprimentamos uma senhora que saiu. Chegamos em casa sendo recebidos pelo Travis.

— Oi bebê de mamãe. — faço carinho no mesmo. — Vida, eu vou tomar banho tá?

— Me chama. — fez um bico triste me olhando.

Estendo a mão para o mesmo o chamando, ele agarra no melhor agrado.

Ao adentrarnos no banheiro, retiro minha roupa de costas para o Victor que solta um:

— Eu nem sofro quando você me dá as costas.

Sinto meu cabelo sendo afastado e logo recebo um beijo na curva do pescoço. Entro no box sendo abraçada pelo Victor que não para de beijar o meu pescoço.

Apoio minhas duas mãos na parede, empinando a minha bunda para o Victor que logo passa sua mão por cima da minha intimidade. Arfo sentindo apenas o seu toque por cima, todo frio que eu estava sentindo, foi queimado pelo fogo que subiu pelo meu corpo.

Me viro para poder olhar nos olhos do Chris que me olha com tanta ternura e desejo, seguro na sua nuca puxando para o beijo. Sinto suas pequenas unhas furarem a polpa da minha bunda, arranho sua nuca, puxo seu lábio para mim.

— Acho que temos algum fetiche em banheiros. — digo sorrindo.

— É, eu não me importo nem um pouco.

E nem eu.

Voltou a me beijar, suas mãos ágeis na minha coxa me puxaram para cima, me fazendo entrelaçar minhas penas na sua cintura. Inclino minha cabeça para trás sentindo seu beijo quente no meu pescoço.

Solto um gemido surpreso quando sinto um dedo me adentrar, Victor faz círculos dentro de mim, me levando a extremidade da loucura só com aquele pequeno movimento.

Eu disse que não iria mais postar no fim de semana, mas como eu só postei um capítulo essa semana, estou postando hoje.
Espero muito que me perdoem por essa demora, eu falei no Instagram o porquê que não postei.

e também como de costume, corto o barato de vocês para o próximo capítulo. Beijinhos.

Nós Dois |• Chris MC Onde histórias criam vida. Descubra agora