Capítulo 53

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Raquel

Sentei na espreguiçadeira comendo churrasco, hoje era só lazer.

Minha irmã e meu cunhado decidiram fazer churrasco, bem do nada.

Terror: Você tá bem meu amor, tá sentindo alguma coisa? - perguntou pela milésima vez no mesmo dia.

Raquel: Tô ótima- disse normal- E acho que você ué tinha que ficar bem, já perdi as contas de quantas vezes perguntou se eu estava bem.

Terror: Pow tô ancioso pro meu muleque nascer, só isso.

Raquel: Eu sei, mas ele vai nascer quando ele achar que deve nascer! - disse seria.

Terror: Tá ok, vou parar de te atormentar- me deu um selinho e saiu.

(...)

Já era de tarde e estavamos no pagofunk agora.

Não queria vir, mas Felipe me encheu o saco então eu vim pra ele parar de me encher a paciência.

Estava sentada, até porque era a única maneira que não me incomodava, Felipe estava andando por nem sei aonde.

Morena: Você tá bem?- Perguntou do nada.

Raquel: Não tô entendendo vocês, toda hora perguntando isso.

Morena: A paranóia do Felipe acaba passando pras outras pessoas- riu.

Neguei com a cabeça e olhei ao redor, quando derrepente meu olhar parou em uma garota beijando o Felipe.

Ele só pode que tá querendo morrer, não acredito que ele estava fazendo isso comigo.

Levantei pra ir logo quebrar ele na porrada, quando levantei senti minhas pernas molharem.

Morena: Meu Deus, vamos pro hospital, tá bem- perguntou curiosa.

Raquel: Tô bem sim.

Fomos andando até a entrada quando senti me pegarem no colo, olhei e vi Felipe.

Raquel: Tem como você me soltar por favor?- Agora queria matar ele, só isso.

Terror: Meu filho vai nascer caralho.

Fomos pro hospital na velocidade da luz, e num silêncio mortal.

Quando chegamos ele veio me pegar de novo.

Raquel: Tira a mão de mim, sei andar.

Terror: Não tô te entendendo, nem quero agora, só quero saber do meu filho.

Não disse nada, fui andando até o hospital, quando comecei a sentir as contrações, a enfermeira veio e me pegou no colo, me levando pra a sala.

Depois de longas horas de dor e sofrimento, meu Caio nasceu, meu pequeno, nem sei explicar o tamanho do amor que eu sinto por ele.

Parece que eu revivi nele, nasci de novo.

Estava dando o primeiro mama dele, quando Felipe entrou ali.

Fechei logo minha cara, tava com nojo dele somente.

Terror: Ele é lindo né, a minha cara.

Raquel: Infelizmente- disse de contragosto.

Terror: Não sei oque aconteceu com você, você poderia me explicar por favor- disse  cínico.

Raquel: Não quero falar disso agora, pra falar a verdade nem depois, só quero que você pegue as minhas coisas que estão na sua casa, e leve pra minha antes de eu sair daqui por favor.

Vidas Cruzadas IIOnde histórias criam vida. Descubra agora