Capítulo 19

545 17 0
                                    

Raquel 😴


Muitos de vocês devem estar achando que eu sou a filinha mimadinha do papai, mais não eu sofri muito nas mãos do meu pai.

Quando eu era mais nova ele abusava de mim, não me deixava ter nenhuma relação com a Mariá.

Eu contei para minha mãe, mas ela não acreditou em mim e isso me deixou muito, mais muito triste.

A única pessoa que poderia me ajudar seria a minha irmã.

Cheguei na casa que eu consegui arrumar, um barraquinho de madeira, o único que eu tinha condições de pagar.

Não tive a sorte que a Mariá teve de arrumar dinheiro antes de vim, se tivesse 200 reais na minha conta agora era muito.

Subi para me arrumar, precisava de um banho, a casa pelo menos tinha um armário, um guarda roupa e uma cama.

Tomei um banho demorado e sai do banheiro me deparando com a Mariá olhando pro nada escorada na porta.

Mariá: Fala logo o que você...- Ela olhou meu corpo, depois veio em direção com uma expressão preocupada- O que aconteceu? Quem fez isso com você.

Raquel: Eu tenho que conversar com você é muito sério...-Ela assentiu- vou colocar uma roupa espera aí.

Fui ao banheiro e coloquei uma roupa qualquer, quando voltei pro quarto Mariá sorria mexendo em sua Barriga e sorrindo.

Ela me olhou e eu sorri de lado.

Raquel: Você vai ter um bebê, aí meu Deus vou ser tia.

Mariá: Ninguém pode saber, eu ainda não contei, o Grego só sabe do Lucas.

Raquel: Você já tem um filho ? - ela assentiu.

Mariá: Vamos conversar logo tenho algumas coisas parar fazer.

Raquel: Eu sei que você não vai acreditar em mim de primeira mas eu preciso te contar. Quando nós éramos mais novas, nosso pai não me deixava conversar com você, você achava que eu não conversava com você porque eu não gostava de você entre outras coisas, mas nosso pai não era isso que você achava que ele era-  ela me olhava atenta- Ele abusava de mim, desde os meus sete anos que eu lembre.

Sua expressão começou a mudar e eu não conseguia entender.

Maria chegou mais perto de mim e me abraçou, fazendo com que eu derramasse algumas lágrimas, nunca me senti tão acolhida por alguém, desta maneira.

Mariá: Eu sabia que tinha algo, porque eu ouvia algumas vezes o choro baixo vindo do seu quarto.

Concordei com a cabeça, aliás não conseguia falar, ela era a única pessoa que sabia disso, então eu me permiti chorar aquilo que eu sempre guardei dentro de mim, desde os meus 7 anos.

Mas agora espero que dê tudo certo, vou recomeçar minha vida e ficar mais perto da minha irmã

Vidas Cruzadas IIOnde histórias criam vida. Descubra agora