Capítulo 6: "obrigada".

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[Bárbara Passos]

Eu estava na área vip, de onde dava pra ver todos que chegavam. Logo entrou alguns caras e por fim Victor Augusto. Ele está me perseguindo, certeza.
Eles subiram até a área vip, continuei dançando até que percebi eles vindo em nossa direção. Merda!
Carol: olha quem apareceu — falou animada e abraçando um dos caras que estavam com ele.
Bak: e aí meninas — disse e logo Cris e Atena o abraçam. Cada um dos meninos seguem o mesmo cumprimento, até que chega a vez do Victor. Ele abraça cada uma das meninas e chegando em minha vez parecia que ele ia recuar, mas logo ele também me abraçou. Senti como se correntes elétricas passassem pelo meu corpo naquele breve instante. Ele foi me soltando e antes de fazer isso por completo disse baixo perto do meu ouvido — mais uma coincidência, baby.
De início, fiquei sem reação, mas voltei pra realidade em seguida. Ele continuou na dele com os meninos, e eu na minha. As vezes sentia seu olhar sobre mim, discretamente. Assim seguiu o resto da noite. Até que Atena me chamou pra ir ao banheiro, deixei Voltan e Cris com o Bak. Estavam sozinhos pois os outros já tinham saído da área vip ja havia algum tempo. Atena no meio do trajeto até ao banheiro encontrou com alguns amigos, como eu estava um pouco apertada segui até o banheiro sozinha.

Nada da Atena vir, resolvi sair de lá e voltar pra onde estavam todos, mas senti uma mão agarrar minha cintura. Estranho e me viro rápido. Era um cara que nunca tinha visto na vida. Ele me puxou pra perto, tentou me beijar. Era nítido que ele estava bêbado. Tentei me soltar, mas em vão. Apesar de ter bastante gente na balada, perto da área dos banheiros haviam poucas pessoas. Eu já estava chorando de raiva e medo, enquanto ainda tentava me desvencilhar de seus braços quando sinto algo me puxar para longe daquele idiota. Era Victor e um dos amigos dele.
Victor: você está bem? — perguntou me colocando para trás de seu corpo.
Eu não conseguia falar, ainda estava chorando. Victor estava visivelmente irado, mas mesmo assim ele me apertou contra seu corpo e me levou até a parte de fora da casa de shows enquanto seu outro amigo ficou para resolver toda a situação com o maluco que me assediou.
Babi: obrigada — falei ainda tentando assimilar aquilo tudo — aquele homem surgiu do nada.
Ele acariciou meus cabelos e sussurrou no meu ouvido — to aqui com vocêpude escutar sua respiração forte — só se acalma.
Ele sorriu e me puxou para mais perto.

Me senti segura em seus braços, o toque dos nossos corpos me passava uma boa sensação, quase como proteção. Logo as meninas me encontram la fora, um pouco assustadas. Provavelmente avisaram o que havia me acontecido. Depois que contei tudo para elas, cansada, pedi para ir embora. Carol e Cris estavam um pouco bêbadas, Atena ainda não tinha aparecido. Victor então se ofereceu para me levar em casa, já que quem me trouxe estavam, claramente, impossibilitadas. Na hora neguei, falei que pegaria um uber, mas depois daquilo tudo que havia me acontecido, era o que eu menos queria. Relutei, mas acabei aceitando a carona.

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