RED THREAD

Capítulo 59

[Victor Augusto]

dia da viagem

Tive que dormir mais cedo noite passada pra conseguir acordar nesse horário, peguei meu celular na cômoda e desliguei o alarme. 6:00H em ponto, levantei e fui me banhar pra espantar a preguiça. Coloquei uma calça jeans e um moletom, separei meu fone e minha carteira. Era o básico pra levar, peguei as chaves do carro e fui buscar Babi. Cheguei até sua casa e liguei pra ver se já podia descer.

Call on • Barbara Passos:

Babi: oi, to pronta já só falta calçar meu tênis e secar meu cabelo, perai
Victor: então você não está pronta, meu bem
Babi: eu to sim, pode subir deixei a porta destrancada

call off

Obedeci e entrei em sua casa indo direto até seu quarto, ao entrar encontrei Barbara com metade do cabelo seco e a outra metade ainda molhado. Ela estava com o tênis já em seus pés, porem os cadarços arrastando pelo chão enquanto ela ia do banheiro até a sua cama onde estava varias coisas jogadas. Me aproximei enquanto ela tentava secar os cabelos, ela virou o rosto pra me receber.
Babi: bom dia, desculpe por isso.
Victor: não tem problema, não estamos atrasados — falei e beijei seus lábios rapidamente — ainda — completei e me agachei para amarrar seu tênis.
Babi: você realmente não está chateado por eu ter aceitado ir com a Carol? — perguntou desligando o secador e me olhando nos olhos com a testa franzida.
Victor: Claro que não, linda. Não tem problema algum — falei acariciando suas bochechas. Ela deu um sorriso.
Babi: não achei que ela ficaria tão mal pelo corte do Mob, ela é tão cheia de si, sabe? — disse ligando o secador de novo e voltando sua atenção pro espelho.
Victor: ela provavelmente sente muito mais do que consegue admitir — ela me olhou concordando.
Enfim ela terminou, colocou seu fone e pertences na mochila e caminhou pra fora do quarto, fui logo atras. Trancamos a casa, entramos no carro e seguimos pro local marcado pela faculdade.

Assim que chegamos, Babi retirou o cinto e me olhou sorrindo, retribui e saímos do carro. Tranquei e dei volta pegando sua mão. Caminhamos pra perto do pessoal ja se organizando para ouvir as instruções dos coordenadores. Eles explicaram que sairia 4 ônibus, os cursos de Direito e Administração estariam juntos, Babi sorriu e apertou minha mão quando escutou essa parte, logo Carol chegou nos cumprimentando. Ficamos em pé ali por mais 10 minutos recebendo as instruções e logo em seguida liberados para ocupar os lugares nos ônibus. Babi foi na frente, antes de se sentar com Carol ela me deu um beijo me fazendo a querer segura-la e não deixar que se sentasse longe de mim, mas logo deixei que fosse. Quando ela finalmente se sentou, pisquei pra ela e ela me devolveu com um sorriso. Caralho, eu estou realmente perdido por essa menina. Coloquei meus fones e me encostei na janela, minha dupla ainda não tinha se sentado, até que sou cutucado e forçado a desligar a musica.
Mob: cadê a Babi, cara? — ele me perguntou ainda em pé
Victor: se sentou com a amiga lá tras — falei e apontei pro lugar onde estavam as duas.
Mob: posso? — disse apontando pro banco vazio. Assenti e ele se sentou, respirou fundo e soltou o ar como se fosse seus último suspiro.
Victor: cospe, Mob!
Mob: o que? Não é nada, mano.
Victor: parceiro, minha mulher ta sentada lá trás por que a Carol estava chateada com o corte que VOCÊ deu nela, então pode ir falando — falei guardando meus fones e me virando pra ele. O ônibus deu partida.
Mob: é complicado, eu e Carol temos uma coisa que não sei explicar — disse passando as mãos — tenho medo de magoar ela.
Victor: tenho certeza que ja fez isso ontem — falei rindo.
Mob: eu não quero dar esperança pra ela de que quero algo e no final não dar certo — falou jogando a cabeça pra trás — é difícil, mano, é difícil.
Victor: vivi uma situação parecida, meu único conselho é: viva o agora — falei esfregando seu ombro — dá uma chance, beleza?
Ele concordou, me recostei na poltrona e voltei pros meus fones.