se todos já nascem predestinados a encontrarem sua alma gêmea, qual a razão pra tantos desafios? A vida de Bárbara Passos e Victor Augusto sempre foi uma caixinha de surpresas, mas nenhum deles esperavam por tudo isso. Ambos serão testado pelo desti...
Saímos do hospital aliviados pelo estado de saúde de nosso novo amigo. Amanhã prometemos voltar e acompanhar ele até que tenha alta. No carro com a Babi, deixei que ela dirigisse enquanto eu mexia no celular aproveitando parar avisar meus pais. Viajei um pouco nos meus pensamentos quando That Way começou a tocar na rádio ligada. Me atentei na letra da música.
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Victor: amigos não se olham dessa maneira — falei baixo. Babi: o que disse? — perguntou me olhando de relance, ainda atenta ao trânsito. Victor: viu que a Dra. Patricia se referiu a nós como um casal hoje antes de entrarmos na uti? Babi: chamou? — concordei. Ela fez uma pausa — talvez seja porque estávamos muito juntos. Victor: talvez não seja só por isso — falei baixo, mas sei que ela escutou pois sua respiração tornou-se falha. Não toquei no assunto depois disso, prometi a Bárbara que respeitaria seu espaço, mas esse espaço me tortura cada dia mais. Ela se despediu com um abraço, disse que estava cansada e que provavelmente já iria dormir. Esse era o modo Barbara de dizer: não me manda mensagem pois não vou responder. Pela manhã Bárbara me ligou perguntando em qual horário iríamos visitar o senhor Antônio, avisei que só poderei ir a tarde. To cheio de trabalhos da faculdade, vou tentar adiantar uma parte deles e assim que terminar buscarei ela. Passei a manhã inteira com a mente longe, não tinha um pingo de concentração. Peguei as chaves e resolvi ir até a casa de Bárbara. Ela apareceu na porta, de pijama, como sempre. Babi: pensei que estivesse ocupado — disse escorada na porta. Victor: mente ta longe. Ela abriu espaço permitindo que eu entrasse, subimos pro seu quarto e logo ela foi tomar um banho pra podermos seguir pro hospital. Eu estava distraído quando Bárbara saiu apenas de toalha do banheiro, com seu cabelo preso.
Era a primeira vez que a via com o cabelo desse jeito, já me perdi milhões de vezes na beleza dela, e mesmo assim ela arruma jeitos de me impressionar ainda mais. Babi: o que ta olhando? — disse sem graça. Ela se virou pra pegar uma calça jeans, quando virou de volta eu ainda a olhava vidrado. Não nego, torci pra aquela toalha cair. Babi: você ta me deixando sem graça, Victor — ela realmente estava ficando vermelha. Ficava ainda mais gata assim. Victor: ninguém manda sair assim do banheiro, posso imaginar cada parte do seu corpo por baixo dessa toalha — falei com um sorriso malicioso em meu rosto. Foda-se, já chega de esperar. Se ela não se decide logo, vou provoca-la até que admita o que sente por mim de verdade.
Ela estava sem graça ainda procurando qual roupa usar. Me aproximei, aproveitei seu pescoço livre sem nenhuma mexa de cabelo, acariciei sua pele. Senti ela se arrepiando, continuei acariciando até chegar em seus braços. Segurando suas mãos por trás, distribuí alguns beijos em sua nuca. Notei o quanto ela gostou pelo tom de sua voz logo após. Babi: Victor... — disse quase como um sussurro — isso é covardia. Victor: você sabe exatamente o que é covardia, Bárbara — falei me referindo ao tempo de espera.